sábado, 5 de fevereiro de 2011

Canção da vida.


Ainda não encontrei os acordes perfeitos.
Soam dissonantes quando juntos.

Se perdem nas escalas.
Suas pausas são irregulares.

Mesmo assim é uma canção que todos escutam.
Alguns deixam ela passar despercebida.

Mas não eu.
Está na minha cabeça.

Falta conseguir colocá-la no papel.
É uma canção única.

Reunir as idéias.
Formatar novas escalas.
Criar novos versos.

Centralizar ao tema.
Otimizar acordes.
Até mesmo criá-los se possível.

Tempo.
Pausa.
Escala.
Acorde.
Notas.

Tudo precisa de harmonia.
Pois é o que falta.

E na canção que quero criar não falta mais nada.
Então busco a harmonia.

Busco nos olhares, nos ventos, no mar, nas flores, no universo.
Certas vezes acredito encontrá-la no olhar alheio.

É quando o peito explode.
O ar falta.
O corpo inteiro treme.

Então acredito encontrá-la.
Mas após algum tempo, ela se vai.
Então volto a busca incansável pela harmonia perfeita.

Me sento.
Escrevo.
Choro.
Espero.
Mas não chega.
Então, já que não chega, volta!
E se não volta, aparece.
Se não aparecer, esquece.

E a canção segue desafinada!
Segue sem fim e nada!


E em silêncio a canto novamente.
E volto. Pois sempre volta.
No pensamento.


Calo-me.

Um comentário:

PAPOS E SUPAPOS

Mi Papos y Su papos!

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