quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Até breve.


Enquanto escutava uma canção...

"Quando o segundo sol chegar, para re-alinhar as órbitas dos planetas. Derrubando com assombro exemplar, o que os astrônomos diriam se tratar de um outro cometa..."

Peguei-me pensando no quão verdade seria aquilo.
E é verdade.

Não necessitamos apenas de um único sol para colocar as coisas em ordem.
Sempre haverá um segundo.

Estarei no aguardo, sentado na janela esperando tal momento.

Enquanto isso. Que se apaguem as luzes e se fechem as cortinas, pois o meu espetáculo está se encerrando. Um dia voltará!

Um beijo.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Cativa-me


Cativa-me!

Pois é isso o que estou precisando no momento.

Preciso de luz.

Da luz das estrelas, da lua, do sol.

Faltam-me sorrisos, gestos, palavras.

Onde está a esperança?

Voou!

Levou sua fragilidade para outro campo.

No aguardo fiquei. Ficarei.

Esperanças vão e vem o tempo inteiro.

Mas a minha, aquela de estimação que ficava no parapeito da minha janela.

Aquela, se não foi por completo, está indo.

Então, faz favor. Cativa-me!

Traz de volta o meu sorriso, a minha esperança.

Se não puderes fazer isso, que traga de volta a minha inspiração.

De qualquer sorte, essa ainda não foi de vez.

Mas está querendo ir também.

Vocês imaginam não é?

Inspirações vão e vem também, o tempo inteiro.

Mas aquela inspiração, a que eu guardava no meu armário em uma caixinha com todos os meus segredos.

Aquela, se ainda não se foi, está indo, aos poucos, por completo.

Então, pelo amor de Deus, faz favor. Cativa-me!

Será que terei que sentar e, ao ver um filme um pouco mais melodramático, chorar?

Espero que não, pois espero que saiba me cativar.

Tenho esperança que consiga.

Aliás, não tenho mais, ela voou, lembra?

E quando toca no rádio as canções de antigamente. Ah! Oro. Choro.

Rezo mais do que o de costume.

Impressionante como tem sido constante os vazamentos em minhas orações.

É falta da esperança, da inspiração.

Não consigo, então vazo.

Peço que elas voltem, peço que me acolham novamente.

Em silêncio sempre. Não quero expor-me.

Mas vazo, em oração, em silêncio, mas essencialmente em coração!

Nele ainda falta uma parte, um pedaço, será a esperança?

Falta-me ela, isso eu sei, ela voou pra longe.

Mas será apenas essa a falta?

Não, a inspiração eu também sei que sumiu da caixinha.

Mas falta mais, pelo menos sinto que sim, ainda há um vazio.

Esperança, inspiração, mas o que será que falta mais nesse peito encharcado?

Olhando ao redor, meus sonhos ainda estão no travesseiro. Minha música ainda está nos meus instrumentos. Minha fé ainda no guerreiro.

Ajuda-me!

Leia-me, interprete-me e no fim, faz favor, diz o que é que me falta.

Então cativa-me!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Esforço Duo


Éramos um só a nossa maneira.
Cada um de nós vivia a sua intensidade.
Passávamos em frente, um ao outro, e não poderíamos imaginar onde iríamos chegar.

E de repente cruzamo-nos sem querer.
Cruzamos os dedos caminhando em um caminho cheio de nós.
Não desatamos os dedos, mas, já os nós, esses foram sendo transformados em laços.

Nos laçamos em conjunto.
Amarramo-nos um no outro como se não existisse mais essa distinção.
Por fim, o nó no singular, passara a ser o nós.

Foi como um esforço duo. Único.

Andávamos por ai, por ali, por acolá.
Apenas andávamos e sempre parávamos no mesmo lugar.
Era onde a gente sempre se entrelaçava em amar.

Entrelaço, entre laços.
Num esforço duo para desatar o nó.
Nós enfim, nosso amor.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Basta uma onda.


Olha!

É o mar.
Em seu constante movimento de ir e vir.

Hipnotiza.
Faz sonhar.
Orar.
Chorar.
Sorrir.
Lembrar.

Sim!
Nele nos perdemos, nos achamos.
Por fim, nele, nos chamamos.

Nos dedicamos tanto que quando menos esperamos ele volta a nos derrubar.
Ou a nos levantar.

Aquele que nos perdemos em sua horizontalidade.
Mas que quando o olhamos deciframo-nos internamente.

Pois quando sorrimos, sempre queremos ir em direção a ele.

E quando choramos, o sentimos escorrer em nossos rostos até chegar ao nosso lábio.

Queremos sempre contar as sete ondas para um ano melhor.
Sempre mergulhar de cabeça para lavar a alma.

Mas sempre que o vemos atormentado, fugimos.

Espera, esse é o mar ou o meu peito?

Doce confusão. Ou melhor, salgada!

Pois quando estamos dispostos a sorrir, porém ainda frágeis, basta uma onda, por menor que seja, para nos derrubar.

Em compensação, quando estamos no nosso ápice, a maior delas nos joga nas alturas.

E seguimos assim, nesse constante movimento de, ir e vir.

Mas espera, esse não é o mar?
Que seja, o mar, o meu peito, que seja o que for.

Pois em apenas uma onda eu posso me decifrar, eu posso te decifrar.
Em uma única onda, nós podemos sempre voltar.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Sonho.


Acordei essa madrugada novamente assustado.
Era mais um acidente de carro. O quinto na mesma semana.
Fiquei paralisado na cama lembrando das cenas tão reais.

Nos primeiros acidentes que havia sonhado, eu não aparecia, ao menos não me enxergava.
Mas nesses últimos cinco, lá estava eu, sempre envolvido.

O choque era terrível. Mas em todos os quatro primeiros eu conseguia me recuperar bem do sonho.
Porém, este último, se tornara terrível na minha mente.

Passei o dia então assim, alheio de tudo. Parecendo querer despedir-me de todos.
Uma sensação de que algo estava para acontecer.

Liguei e conversei com todas as pessoas que me faziam falta e que de certa forma eu tinha algum respeito e carinho.

E foi antes de sair de casa, que abracei meus pais pela última vez. Dei um beijo forte na minha avó e abracei como quem não voltaria mais a minha irmã.

Meus sobrinhos estavam deitadinhos, dormindo, pareciam dois anjinhos, mas ao escutarem o barulho do carro, correram e me deram um abraço forte cada um.

E a tal da sensação de despedida parecia estar dilacerando meu peito.

Ao ver o portão da garagem se fechar vieram as primeiras lágrimas, e o resto do caminho todo da rua até a beira da estrada foi assim.

Quando cruzei a estrada com o carro, e entrei na via principal, senti um aperto forte no peito, uma dor enorme.

Uma luz alta vinha em minha direção na pista oposta, eu piscava os faróis do meu carro como se quisesse avisar algo.

"Vai bater, vai bater!" - Entoaram no acostamento da pista alguns passantes.

A luz que se aproximava cada vez mais, se afastara com o tempo, e o breu foi tomando conta da minha vista.
Apaguei!

Abri o olho no meio da madrugada paralisado, não conseguia me mexer, apenas enxergava um chão embaixo de mim, e a sensação de que a gravidade estava me jogando de cara nele.

Tentava falar, não saia voz, tentava movimentar os braços, os dedos, mas não os sentia.

A respiração estava cada vez mais forte, o suor escorria no rosto e pingava no chão e nada, ninguém chegava.

Aos poucos fui tentando me acalmar e a luz forte que havia visto segundos antes voltara a aparecer na mente.

Fui ficando cego novamente, e apaguei outra vez.

Acordei enfim em uma cama, cercado daquelas pessoas as quais havia me despedido horas antes, algumas não reconheci logo, mas sabia que as conhecia, outras pareciam mais velhas, mas havia de ser a minha visão ainda embaçada pela luz forte.

Minutos depois, com muitas lágrimas nos olhos, entra pela porta aquela quem eu costumava abraçar sempre que sentia dor, ela carregava uma criança no colo, e me dizia que nunca havia rezado tanto por alguém.

"Sua filha! Conheça-a. Abra o olho e a ame como a gente sempre se amou!" - Me disse minha ex-atual-futura namorada.

Como assim? Uma filha? Mas eu havia saido de casa há poucos instantes e não sabíamos nem se era verdade.

Então descobri, que a tal luz havia me cegado por um ano, e que por minha sorte havia um anjo chamado Mary Anna para me salvar no meio da estrada deserta, ela, de cabelos cacheados e olhos gateados havia segurado a minha mão e me mantido acordado até o socorro chegar.

E era ela, a neném que era carregada e que ao me ver sorria intensamente.

Que venha ao meu colo minha anjinha. Te aguardo.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

De mim para você...com carinho!


É como quando a gente começa a andar de bicicleta.
Aquela emoção de que não existem mais mãos nos segurando, de que estamos livres.

É como vamos dar o primeiro beijo no primeiro amor da vida.
Aquela sensação de algo novo explodindo no peito, de que é um grande passo.

E quando a gente começa a lembrar, olhar para trás, e ver que tudo o que fizemos nada mais é do que aprendizado, começamos a ter certeza de que temos muita coisa a aprender pela frente.

Se caímos, levantaremos.
Se erramos, acertaremos.

É um passo após o outro, mesmo que estejamos correndo, é sempre um pé depois do outro.
E se no caminho há pedras, elas estarão sempre lá. Não somos nós que as colocamos, ou nós quem as tiramos, mas sim, nós quem sempre iremos tropeçar.

Não adianta querer pulá-las, ou querer passar por cima delas, não podemos lutar contra elas.
O máximo que podemos fazer é levantar depois da queda.

E sempre haverão motivos para nos levantarmos. Sempre haverá alguém de braços abertos nos esperando do outro lado da pedra.

Que seja um pai, uma mãe, ou até mesmo um mero desconhecido, são nesses braços que nos acolhem que nos apoiamos e nos levantamos.

Pois viver é isso, é saber superar tudo, é saber se apoiar nos braços de outras pessoas.
Então, curta, relaxe, sorria, cante, viva!

Pois se por acaso você tropeçar, estarei cá para te ajudar a se erguer novamente, sempre!

Saudades!



sábado, 4 de dezembro de 2010

Voando...


O pensamento se pegou distante.
Longe de tudo o que vinha acontecendo.
Era um tom de felicidade.

Como se ali estivessem tudo o que precisava.
Era como o amor.
Limpo, claro e iluminado.

E como o amor faz falta nesses momentos solitários.
Era como se os anjos ali estivessem, sentados tocando as suas harpas.
Mágico.

O pensamento voava entre as nuvens e avistava lá dentre elas uma casinha.
Um casebre cheio de pertences nossos.
Era entrar nele e se deparar com momentos, com risadas.

Balas furtadas para toda a eternidade, sorrisos ganhos com toda a sinceridade.
A plenitude de um fantástico pôr de sol com um jazz ao fundo.
Fogo saindo de nós e sendo jogado às alturas.
Fugas de tudo e de todos.
Nosso som era mais melódico, havia mais contato dele com o mar.
Eram nossos gritos de "verdade" entoando o descobrir do te amar demais.
Dias trancados num escritório de paixão ardente.
Idas aos lugares mais cheios como se fôssemos os únicos lá dentro.
São todos os versos escritos nos nossos avessos.

E como eram doces os momentos.
Agora se eternizam na saudade, na vontade de em breve os abraçar novamente.

É! Incondicional.

Voarei mais alto, cada vez mais, pois agora enfim, aprendi a voar de verdade.
Te ensinarei inclusive como se faz, para que nos próximos vôos você possa me acompanhar.

Feliz!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Sentado no aeroporto...


E cá estou eu.
Em trânsito.
Com o pensamento lá na frente e o olhar lá atrás.

Sentindo um aperto no peito, mas a certeza de que coisas boas virão.

É nessa hora que nos perguntamos até onde errar. E eu me respondo, errar até acertar.
Arrisque.

Risque da vida os medos, as incertezas, inseguranças.
Passe uma borracha onde não deveriam haver borrões.

E depois refaça o desenho.

Pinte-o com as cores mais vivas que puderes.
Pinte-o com as cores do amor.
E estas são as que você enxergar o amor. Até no preto conseguirás vê-lo.
Basta acreditar.

Pois é sempre no breu que nosso amor nos faz brilhar.

Cintilamos.

E cada vez mais incandescente é o nosso amor, mesmo distante.
Amor indecente. Desvairado.

Amor na essência do amor.

Então que brilhemos enquanto sós, pois enquanto juntos, somos união!

Chegarei em breve no destino, e tenho certeza de que estarás lá a me esperar!
E quem espera sempre alcança.

Viva. Pois vivo em nós o nosso nó, o nosso laço, e em breve, a nossa aliança.

Breve. Que venham Otto e/ou Mary Ana.
Que venha nosso rebanho de felicidade.

Amo-te.

Apitou. Tenho que ir. Já voltarei em breve.
Cuida-te, que cuido distante de ti.

Te amarei incondicionalmente, sempre!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Sem fim não há título (5ªparte)

E cada vez mais o jovem soldado sentia a partida da Lila.
Cada instante separado daquela brilhante pérola tornara-se um mártir.
Até que, por conta do destino, os dois voltam a se encontrar. O medo constante do "não mais ter" mexia com o jovem guerreiro que voltou a lutar pelos seus objetivos.
Superou as adversidades. Superou mares. Afrontou a saudade.

Era uma segunda-feira quando a jovem Lila resolveu que não era mais a hora de se manter distante.
O peito havia chamado a atenção da bela donzela, a sensação da perda que se tornara iminente ao se aproximar a data da partida acabou por corroer a razão da jovem Lila e isso a fez desejá-lo.

O jovem, enquanto isso, havia decidido que ao encontrar a Lila na mesma segunda-feira não iria mais agir, iria apenas aguardar.

Fora sim o destino, ao vê-los descontentes com a situação, resolveu pregar uma peça no jovem casal, a peça mais bela, que não haveria de ser escrita por ninguém, nem pelo melhor dos autores.

Tornou o dia completo de desejo, sinceridade e amor, e transformou esses sentimentos em um único ser, um elo.

A história, então, passara de um fim questionado para um recomeço incomparável, onde brilharia em um novo cântico o novo sentimento.

Era a vez de surgir um novo personagem no conto, nomeada de Mary Ana, com seus cabelos cacheados e os olhos que se fechavam ao sorrir, fora ela a responsável pelo renascimento do tal amor que havia se escondido entre o jovem casal.

Após a chegada da pequenina, os olhos do casal voltavam a brilhar novamente, o desejo parecia nunca tê-los deixado, o amor estava novamente repleto.

Pareciam novos amantes, com novos olhares e novas descobertas.
Com adrenalina renovada.

"Façamos tudo por enquanto em sigilo, não precisamos de olhares indiscretos sobre nós."
Dizia a bela Lila.
"E quando voltares, retomaremos o que é nosso de direito, o que ninguém nos conseguirá fazer esquecer."

Os olhos brilhavam ao jovem guerreiro enquanto pronunciava tais palavras.

Enquanto do outro lado os olhos do jovem guerreiro quedaram-se úmidos, o sorriso cada vez mais bobo surgia sempre mais e mais forte e com a certeza do sim.

"Eu volto em breve minha princesa, volto para você, volto para vocês, para que o nós esteja novamente completo."
E acariciando o ventre da jovem Lila, o guerreiro chorava, orava, irradiava amor.

O beijo do "até logo", o olhar saudoso antes da partida e o abraço do "não vá agora" foram os últimos instantes de amor do jovem casal naquele dia, porém ficara mais certo do que o sempre que não seriam os últimos.

"Lila, aguarda-me que voltarei o mais breve para que no nosso próprio refúgio, nosso próprio ninho, possamos enfim nos amar à eternidade."

Amo-te!


PAPOS E SUPAPOS

Mi Papos y Su papos!

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