quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Até breve.


Enquanto escutava uma canção...

"Quando o segundo sol chegar, para re-alinhar as órbitas dos planetas. Derrubando com assombro exemplar, o que os astrônomos diriam se tratar de um outro cometa..."

Peguei-me pensando no quão verdade seria aquilo.
E é verdade.

Não necessitamos apenas de um único sol para colocar as coisas em ordem.
Sempre haverá um segundo.

Estarei no aguardo, sentado na janela esperando tal momento.

Enquanto isso. Que se apaguem as luzes e se fechem as cortinas, pois o meu espetáculo está se encerrando. Um dia voltará!

Um beijo.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Cativa-me


Cativa-me!

Pois é isso o que estou precisando no momento.

Preciso de luz.

Da luz das estrelas, da lua, do sol.

Faltam-me sorrisos, gestos, palavras.

Onde está a esperança?

Voou!

Levou sua fragilidade para outro campo.

No aguardo fiquei. Ficarei.

Esperanças vão e vem o tempo inteiro.

Mas a minha, aquela de estimação que ficava no parapeito da minha janela.

Aquela, se não foi por completo, está indo.

Então, faz favor. Cativa-me!

Traz de volta o meu sorriso, a minha esperança.

Se não puderes fazer isso, que traga de volta a minha inspiração.

De qualquer sorte, essa ainda não foi de vez.

Mas está querendo ir também.

Vocês imaginam não é?

Inspirações vão e vem também, o tempo inteiro.

Mas aquela inspiração, a que eu guardava no meu armário em uma caixinha com todos os meus segredos.

Aquela, se ainda não se foi, está indo, aos poucos, por completo.

Então, pelo amor de Deus, faz favor. Cativa-me!

Será que terei que sentar e, ao ver um filme um pouco mais melodramático, chorar?

Espero que não, pois espero que saiba me cativar.

Tenho esperança que consiga.

Aliás, não tenho mais, ela voou, lembra?

E quando toca no rádio as canções de antigamente. Ah! Oro. Choro.

Rezo mais do que o de costume.

Impressionante como tem sido constante os vazamentos em minhas orações.

É falta da esperança, da inspiração.

Não consigo, então vazo.

Peço que elas voltem, peço que me acolham novamente.

Em silêncio sempre. Não quero expor-me.

Mas vazo, em oração, em silêncio, mas essencialmente em coração!

Nele ainda falta uma parte, um pedaço, será a esperança?

Falta-me ela, isso eu sei, ela voou pra longe.

Mas será apenas essa a falta?

Não, a inspiração eu também sei que sumiu da caixinha.

Mas falta mais, pelo menos sinto que sim, ainda há um vazio.

Esperança, inspiração, mas o que será que falta mais nesse peito encharcado?

Olhando ao redor, meus sonhos ainda estão no travesseiro. Minha música ainda está nos meus instrumentos. Minha fé ainda no guerreiro.

Ajuda-me!

Leia-me, interprete-me e no fim, faz favor, diz o que é que me falta.

Então cativa-me!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Esforço Duo


Éramos um só a nossa maneira.
Cada um de nós vivia a sua intensidade.
Passávamos em frente, um ao outro, e não poderíamos imaginar onde iríamos chegar.

E de repente cruzamo-nos sem querer.
Cruzamos os dedos caminhando em um caminho cheio de nós.
Não desatamos os dedos, mas, já os nós, esses foram sendo transformados em laços.

Nos laçamos em conjunto.
Amarramo-nos um no outro como se não existisse mais essa distinção.
Por fim, o nó no singular, passara a ser o nós.

Foi como um esforço duo. Único.

Andávamos por ai, por ali, por acolá.
Apenas andávamos e sempre parávamos no mesmo lugar.
Era onde a gente sempre se entrelaçava em amar.

Entrelaço, entre laços.
Num esforço duo para desatar o nó.
Nós enfim, nosso amor.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Basta uma onda.


Olha!

É o mar.
Em seu constante movimento de ir e vir.

Hipnotiza.
Faz sonhar.
Orar.
Chorar.
Sorrir.
Lembrar.

Sim!
Nele nos perdemos, nos achamos.
Por fim, nele, nos chamamos.

Nos dedicamos tanto que quando menos esperamos ele volta a nos derrubar.
Ou a nos levantar.

Aquele que nos perdemos em sua horizontalidade.
Mas que quando o olhamos deciframo-nos internamente.

Pois quando sorrimos, sempre queremos ir em direção a ele.

E quando choramos, o sentimos escorrer em nossos rostos até chegar ao nosso lábio.

Queremos sempre contar as sete ondas para um ano melhor.
Sempre mergulhar de cabeça para lavar a alma.

Mas sempre que o vemos atormentado, fugimos.

Espera, esse é o mar ou o meu peito?

Doce confusão. Ou melhor, salgada!

Pois quando estamos dispostos a sorrir, porém ainda frágeis, basta uma onda, por menor que seja, para nos derrubar.

Em compensação, quando estamos no nosso ápice, a maior delas nos joga nas alturas.

E seguimos assim, nesse constante movimento de, ir e vir.

Mas espera, esse não é o mar?
Que seja, o mar, o meu peito, que seja o que for.

Pois em apenas uma onda eu posso me decifrar, eu posso te decifrar.
Em uma única onda, nós podemos sempre voltar.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Sonho.


Acordei essa madrugada novamente assustado.
Era mais um acidente de carro. O quinto na mesma semana.
Fiquei paralisado na cama lembrando das cenas tão reais.

Nos primeiros acidentes que havia sonhado, eu não aparecia, ao menos não me enxergava.
Mas nesses últimos cinco, lá estava eu, sempre envolvido.

O choque era terrível. Mas em todos os quatro primeiros eu conseguia me recuperar bem do sonho.
Porém, este último, se tornara terrível na minha mente.

Passei o dia então assim, alheio de tudo. Parecendo querer despedir-me de todos.
Uma sensação de que algo estava para acontecer.

Liguei e conversei com todas as pessoas que me faziam falta e que de certa forma eu tinha algum respeito e carinho.

E foi antes de sair de casa, que abracei meus pais pela última vez. Dei um beijo forte na minha avó e abracei como quem não voltaria mais a minha irmã.

Meus sobrinhos estavam deitadinhos, dormindo, pareciam dois anjinhos, mas ao escutarem o barulho do carro, correram e me deram um abraço forte cada um.

E a tal da sensação de despedida parecia estar dilacerando meu peito.

Ao ver o portão da garagem se fechar vieram as primeiras lágrimas, e o resto do caminho todo da rua até a beira da estrada foi assim.

Quando cruzei a estrada com o carro, e entrei na via principal, senti um aperto forte no peito, uma dor enorme.

Uma luz alta vinha em minha direção na pista oposta, eu piscava os faróis do meu carro como se quisesse avisar algo.

"Vai bater, vai bater!" - Entoaram no acostamento da pista alguns passantes.

A luz que se aproximava cada vez mais, se afastara com o tempo, e o breu foi tomando conta da minha vista.
Apaguei!

Abri o olho no meio da madrugada paralisado, não conseguia me mexer, apenas enxergava um chão embaixo de mim, e a sensação de que a gravidade estava me jogando de cara nele.

Tentava falar, não saia voz, tentava movimentar os braços, os dedos, mas não os sentia.

A respiração estava cada vez mais forte, o suor escorria no rosto e pingava no chão e nada, ninguém chegava.

Aos poucos fui tentando me acalmar e a luz forte que havia visto segundos antes voltara a aparecer na mente.

Fui ficando cego novamente, e apaguei outra vez.

Acordei enfim em uma cama, cercado daquelas pessoas as quais havia me despedido horas antes, algumas não reconheci logo, mas sabia que as conhecia, outras pareciam mais velhas, mas havia de ser a minha visão ainda embaçada pela luz forte.

Minutos depois, com muitas lágrimas nos olhos, entra pela porta aquela quem eu costumava abraçar sempre que sentia dor, ela carregava uma criança no colo, e me dizia que nunca havia rezado tanto por alguém.

"Sua filha! Conheça-a. Abra o olho e a ame como a gente sempre se amou!" - Me disse minha ex-atual-futura namorada.

Como assim? Uma filha? Mas eu havia saido de casa há poucos instantes e não sabíamos nem se era verdade.

Então descobri, que a tal luz havia me cegado por um ano, e que por minha sorte havia um anjo chamado Mary Anna para me salvar no meio da estrada deserta, ela, de cabelos cacheados e olhos gateados havia segurado a minha mão e me mantido acordado até o socorro chegar.

E era ela, a neném que era carregada e que ao me ver sorria intensamente.

Que venha ao meu colo minha anjinha. Te aguardo.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

De mim para você...com carinho!


É como quando a gente começa a andar de bicicleta.
Aquela emoção de que não existem mais mãos nos segurando, de que estamos livres.

É como vamos dar o primeiro beijo no primeiro amor da vida.
Aquela sensação de algo novo explodindo no peito, de que é um grande passo.

E quando a gente começa a lembrar, olhar para trás, e ver que tudo o que fizemos nada mais é do que aprendizado, começamos a ter certeza de que temos muita coisa a aprender pela frente.

Se caímos, levantaremos.
Se erramos, acertaremos.

É um passo após o outro, mesmo que estejamos correndo, é sempre um pé depois do outro.
E se no caminho há pedras, elas estarão sempre lá. Não somos nós que as colocamos, ou nós quem as tiramos, mas sim, nós quem sempre iremos tropeçar.

Não adianta querer pulá-las, ou querer passar por cima delas, não podemos lutar contra elas.
O máximo que podemos fazer é levantar depois da queda.

E sempre haverão motivos para nos levantarmos. Sempre haverá alguém de braços abertos nos esperando do outro lado da pedra.

Que seja um pai, uma mãe, ou até mesmo um mero desconhecido, são nesses braços que nos acolhem que nos apoiamos e nos levantamos.

Pois viver é isso, é saber superar tudo, é saber se apoiar nos braços de outras pessoas.
Então, curta, relaxe, sorria, cante, viva!

Pois se por acaso você tropeçar, estarei cá para te ajudar a se erguer novamente, sempre!

Saudades!



sábado, 4 de dezembro de 2010

Voando...


O pensamento se pegou distante.
Longe de tudo o que vinha acontecendo.
Era um tom de felicidade.

Como se ali estivessem tudo o que precisava.
Era como o amor.
Limpo, claro e iluminado.

E como o amor faz falta nesses momentos solitários.
Era como se os anjos ali estivessem, sentados tocando as suas harpas.
Mágico.

O pensamento voava entre as nuvens e avistava lá dentre elas uma casinha.
Um casebre cheio de pertences nossos.
Era entrar nele e se deparar com momentos, com risadas.

Balas furtadas para toda a eternidade, sorrisos ganhos com toda a sinceridade.
A plenitude de um fantástico pôr de sol com um jazz ao fundo.
Fogo saindo de nós e sendo jogado às alturas.
Fugas de tudo e de todos.
Nosso som era mais melódico, havia mais contato dele com o mar.
Eram nossos gritos de "verdade" entoando o descobrir do te amar demais.
Dias trancados num escritório de paixão ardente.
Idas aos lugares mais cheios como se fôssemos os únicos lá dentro.
São todos os versos escritos nos nossos avessos.

E como eram doces os momentos.
Agora se eternizam na saudade, na vontade de em breve os abraçar novamente.

É! Incondicional.

Voarei mais alto, cada vez mais, pois agora enfim, aprendi a voar de verdade.
Te ensinarei inclusive como se faz, para que nos próximos vôos você possa me acompanhar.

Feliz!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Sentado no aeroporto...


E cá estou eu.
Em trânsito.
Com o pensamento lá na frente e o olhar lá atrás.

Sentindo um aperto no peito, mas a certeza de que coisas boas virão.

É nessa hora que nos perguntamos até onde errar. E eu me respondo, errar até acertar.
Arrisque.

Risque da vida os medos, as incertezas, inseguranças.
Passe uma borracha onde não deveriam haver borrões.

E depois refaça o desenho.

Pinte-o com as cores mais vivas que puderes.
Pinte-o com as cores do amor.
E estas são as que você enxergar o amor. Até no preto conseguirás vê-lo.
Basta acreditar.

Pois é sempre no breu que nosso amor nos faz brilhar.

Cintilamos.

E cada vez mais incandescente é o nosso amor, mesmo distante.
Amor indecente. Desvairado.

Amor na essência do amor.

Então que brilhemos enquanto sós, pois enquanto juntos, somos união!

Chegarei em breve no destino, e tenho certeza de que estarás lá a me esperar!
E quem espera sempre alcança.

Viva. Pois vivo em nós o nosso nó, o nosso laço, e em breve, a nossa aliança.

Breve. Que venham Otto e/ou Mary Ana.
Que venha nosso rebanho de felicidade.

Amo-te.

Apitou. Tenho que ir. Já voltarei em breve.
Cuida-te, que cuido distante de ti.

Te amarei incondicionalmente, sempre!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Sem fim não há título (5ªparte)

E cada vez mais o jovem soldado sentia a partida da Lila.
Cada instante separado daquela brilhante pérola tornara-se um mártir.
Até que, por conta do destino, os dois voltam a se encontrar. O medo constante do "não mais ter" mexia com o jovem guerreiro que voltou a lutar pelos seus objetivos.
Superou as adversidades. Superou mares. Afrontou a saudade.

Era uma segunda-feira quando a jovem Lila resolveu que não era mais a hora de se manter distante.
O peito havia chamado a atenção da bela donzela, a sensação da perda que se tornara iminente ao se aproximar a data da partida acabou por corroer a razão da jovem Lila e isso a fez desejá-lo.

O jovem, enquanto isso, havia decidido que ao encontrar a Lila na mesma segunda-feira não iria mais agir, iria apenas aguardar.

Fora sim o destino, ao vê-los descontentes com a situação, resolveu pregar uma peça no jovem casal, a peça mais bela, que não haveria de ser escrita por ninguém, nem pelo melhor dos autores.

Tornou o dia completo de desejo, sinceridade e amor, e transformou esses sentimentos em um único ser, um elo.

A história, então, passara de um fim questionado para um recomeço incomparável, onde brilharia em um novo cântico o novo sentimento.

Era a vez de surgir um novo personagem no conto, nomeada de Mary Ana, com seus cabelos cacheados e os olhos que se fechavam ao sorrir, fora ela a responsável pelo renascimento do tal amor que havia se escondido entre o jovem casal.

Após a chegada da pequenina, os olhos do casal voltavam a brilhar novamente, o desejo parecia nunca tê-los deixado, o amor estava novamente repleto.

Pareciam novos amantes, com novos olhares e novas descobertas.
Com adrenalina renovada.

"Façamos tudo por enquanto em sigilo, não precisamos de olhares indiscretos sobre nós."
Dizia a bela Lila.
"E quando voltares, retomaremos o que é nosso de direito, o que ninguém nos conseguirá fazer esquecer."

Os olhos brilhavam ao jovem guerreiro enquanto pronunciava tais palavras.

Enquanto do outro lado os olhos do jovem guerreiro quedaram-se úmidos, o sorriso cada vez mais bobo surgia sempre mais e mais forte e com a certeza do sim.

"Eu volto em breve minha princesa, volto para você, volto para vocês, para que o nós esteja novamente completo."
E acariciando o ventre da jovem Lila, o guerreiro chorava, orava, irradiava amor.

O beijo do "até logo", o olhar saudoso antes da partida e o abraço do "não vá agora" foram os últimos instantes de amor do jovem casal naquele dia, porém ficara mais certo do que o sempre que não seriam os últimos.

"Lila, aguarda-me que voltarei o mais breve para que no nosso próprio refúgio, nosso próprio ninho, possamos enfim nos amar à eternidade."

Amo-te!


terça-feira, 30 de novembro de 2010

Nosso melhor verso


Era para ser apenas mais um dia, não seria um dia comum por decisões tomadas anteriormente, mas seria apenas mais um dia.

Mas ao sentir a tua presença, todo o planejamento anterior foi por água abaixo.

Desmoronou-se.

Fomo-nos entregando ao viver e conseqüentemente vivemos mais.

Entregamo-nos ao amar e também nos amamos mais.

Mas algo faltava.

E enquanto a água corria dentre os corpos, enquanto ferviam nossos olhares, surge algo emblemático.

Seus olhos me acariciavam e me levavam ao apogeu.

E sem muito entender acabei por compreender por gestos.

Tocamos-nos e pude sentir algo novo, que sobressaía.

Era a dona de uma lágrima, que se tornaria cântico aos meus ouvidos.

Lágrimas de alegria por vir fazer parte das nossas vidas.

Era ela, de cabelos cacheados e olhos gateados.

Era assim quando surgiste para mim em primeiro plano.

Não era mais um sonho. Tornara-se uma estrela que brilhava cada instante mais forte.

Era uma realidade.

Quando surgira na imaginação não havia tamanha perfeição.

Senti, então, após breves momentos no nosso refúgio, o nó na garganta.

O choro tentando soltar-se, e o grito da mesma forma, calando-se.

Não haveria reação, mas era eu.

Ajoelhei-me, mirei a minha mais nova proeza e chorei.

Transformei em melodia o nosso amor. A mais bela delas.

Nossa prosa se tornara verso e que não mais seria o nosso avesso, mas sim o complemento final da poesia.

E que poesia linda dariam as nossas histórias.

Poesia que terás nome de verso de cântico, verso onde o Mar e a Ana se unem e se tornam um só.

O melhor verso já construído e que não necessita de palavras para expressá-lo.

Necessita apenas de uma onomatopéia.

E quando esse pranto for escutado a quilômetros de distância, estarei pronto com todo o meu instinto para defendê-lo.

Então que venha dos céus a força que precisamos.

Que venha do nosso amor tudo o que precisaremos.

Pois o que mais queríamos está por vir, está a nos olhar, e que nos fará brilhar mais.

Aguardo-te ansioso.

Amo-te como jamais amei alguém.

Viva! Pois nos teus braços viverei. Nos teus braços, por fim, depois de anos, descansarei.

Obrigado sol meu, por fazer-me brilhar em meio a tantas nuvens e tempestades.

domingo, 28 de novembro de 2010

Sem que ninguém saiba, serei felicidade!


E sem que ninguém saiba serei novamente a felicidade.
Serei sorrisos distantes de tudo.
Serei lembranças de ótimos momentos.

Sem que ninguém descubra serei alegria.
Serei mais um rosto pintado em meio a multidão.
Serei mais um a carregar a bandeira branca da paz.

Sem que ninguém me note estarei amando.
Serei mais um bravo em meio ao cotidiano de brigas.
Serei eu, mas serei por nós todos.

E quando eu tiver que retomar o que é meu, o que é nosso, farei com bravura.
E quando necessitar que eu suba com blindagem no peito, subirei de peito aberto.
E se não houverem mais munições para reconquistar o nosso monumento, entrarei com sorrisos estampados na face.

E ao ver-te aplaudindo meus atos heróicos, terei certeza de que é o caminho certo o qual eu subo.
Então guia-me para cima, guia-me aos céus, guia-me onde os anjos mais velhos cantam mais alto.

Guia-me com os teus agrados, aplausos e carinhos. Pois são eles que me dão força para trazer a tona novamente o nosso amor.

Então, enfim, quando a paz retornar aos nossos ares, quando pudermos sair em caminhada pelas ruas sem medo do que poderá acontecer, serei eu, novamente a felicidade!

(homenagem aos bravos guerreiros do Rio de Janeiro, VIVA O RIO!)

sábado, 27 de novembro de 2010

Cadê o sorriso?


E cadê o sorriso?
Horas vai, horas volta.

Mas não se preocupe, ele volta sempre!
Está dando um pouco de espaço para as lágrimas.
Que vão e vêm da mesma forma.

Rolam pelo peito de maneira que ninguém entende.
Sangra o peito, escorre o líquido salgado na face, e mesmo assim já volta o sorriso.

E ainda me pergunto, onde está o sorriso?
Horas aparece, horas desaparece.

Mas, por favor, não se preocupe, ele vai voltar!
Está dando espaço para que outras pessoas sorriam.
Que saiam e voltem da mesma forma.

Rola pelo peito a alegria que dá um teor gélido no estômago.
Escorre no peito um desejo vibrante de voltar, e ele volta!

E a pergunta não cala, onde está o diabo do sorriso?
Que horas está e horas não.

Então não, por favor, não chora a partida!
Pois ela está dando o direito de ir e vir do sorriso.
Vou e volto sangrando e sorrindo, mas volto!

Vive o peito a bater forte em te ver.
Grita em silêncio o tamanho do amor por ti, que sempre volta,

Sempre estará!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Em tom de despedida

Sim, sou Nery, como todos os Nerys que vocês virão um dia a conhecer.

Um Nery que não gosta de injustiças, um Nery que luta pelo que quer e que tem orgulho da família que está por trás.

Sim, sou também um Catão, um eterno boêmio, na essência.

Um Catão que adora artes, um Catão que é visionário. Que se doa para poder ajudar a todos sempre que possível, e quase sempre que impossível também.

Por fim, sou Flávio, um cara que mescla o Catão e o Nery com algumas pitadas de emoção e aventura.

Malabarista a depender da ocasião. Ator sem formação. Palhaço de coração. Cantor de chuveiro. Músico meia boca. Boleiro mesmo sem tanta bola assim. Amigo segundo Mia (um dia eu acabo acreditando e fico convencido!). Motorista sem habilitação. Vendedor sem tato para tal, porém esforçado.

Sou essencialmente isso tudo o que vocês conhecem.

Mas sou também um pouco do que vocês não conhecem, ou melhor, um pouco do que poucos conhecem.

Sou um eterno apaixonado. Amante a moda antiga. Talvez um último dos românticos.

Sou amante de leitura, literatura, amante da arte de escrever.

Sou o avesso do verso.

O meu melhor ângulo.

Sou assim.

Mas não seria se não existissem vocês.

Família, que são os que estão comigo aonde vou, que me apóiam que se orgulham por eu ser quem sou. Meu porto seguro, ou melhor, minha ilha segura.

Meu pai, meu herói.

Minha mãe, minha heroína.

Minha irmã, minha melhor amiga, minha maior cúmplice.

Minhas avós e meus avôs, paixões.

Meus “dindos”, minha dádiva.

Não seria assim, se não fossem vocês.

Amigos, bravos, alcoviteiros, cúmplices, boleiros, baladeiros, irmãos que não de sangue, mas sim, todos irmãos.

Não seria assim, se não fossem vocês.

E pessoas que se enquadram nos dois últimos trechos. Pessoas que aprendi a admirar, e que eu sei que aprenderam o mesmo em relação a mim.

Amigos, pela sinceridade, apoio e cumplicidade dos últimos tempos.

Sogros, que colocaria foto na carteira.

Tios e tias, um grande carinho.

Cunhadas, respeito e admiração.

Posso dizer que uma nova família.

Não seria assim, se não fossem vocês.

E agora, direcionando um pouco mais a conversa.

Se não existisse em uma época recente, você.

Pois quando precisei, quando derramei a primeira lágrima, quando te vi derrubá-la comigo, percebi que seria sempre assim, nós dois no nosso melhor ângulo. Você o avesso do meu verso e eu o avesso do seu.

Pois quando criei as minhas asas e achei que aprenderia a batê-las só, descobri que não seria bem assim. Descobri que teria que ter um impulso extra. E este, foi você.

Mostrou-me uma realidade fora da síndrome de Peter Pan. Deu-me oportunidade de amar uma menina mulher muito mais mulher do que menina.

E como Bravos lutamos para ter o direito a ficarmos juntos.

E quanta coisa escutamos e mesmo discordando concordamos para não criar conflitos.

Hoje, somos egoístas, não nos importa o que nos digam, somos nós quem decidimos, e decidimos a pouco, crescer.

Derrubamos juntos as últimas lágrimas, ao menos desse tempo, ao menos dessas reticências que acrescentamos em nossa estória.

Então, sol meu, cresça, brilha, pois assim que eu irei sempre te enxergar e me orgulhar.

Viva, pois em breve irei voltar para brilharmos juntos novamente se for o que quiser ou o que o cara lá de cima quiser. Amo você.

Não seria assim, se eu não fosse você.

E para lembramo-nos de dias alegres

“Venha de manhã molhar os pés na primeira onda, abra os braços devagar e se entregue ao vento, pois o sol virá avisar que de noite ele será lua, para poder te iluminar, Ana, céu e mar. E quando o sol e o vento se encontrarem novamente, será o dia do casamento, a luz apagada no farol será o sinal, só não precisamos da chuva, então Ana, aproveita o carinho do mundo, os quatro elementos de tudo e deita diante do mar, pois apaixonado irei enviar-te as conchas mais belas, os tesouros de barcos e velas que o tempo voltará a entregar. Então não chora assim meu sol, estarei sempre perto, quando quiser é só chamar viu, quando quiser é só pensar, que eu venho pra te escutar, que eu venho pra te acalmar, prometo.”

Pois é, a vida é assim, pelo menos o pouco que aprendi dela até hoje, justa sempre, escrita nas entrelinhas e ainda por cima em linhas tortas. Não só a minha, a de todos nós.

Todos têm desejos, segredos, uns as expõe como acabei de fazê-lo, outros se omitem e pensam.

Sem mais delongas, obrigado Deus!

Pois se não fosse Você, não seria assim!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Enquanto só



Ontem...

"...Se esse sol não vier, o amanhã é pouco pra dizer que é só ilusão, a escuridão..."

Frio intenso.
Angústia.
Medo.

"...Se essa cor não vier, preto e branco é todo universo de habitação, pra se perder, se achar e se entender, e reviver..."

Aquela noite foi assim.
Por horas perfeita.
Mas ao escutar aquela canção...

Tremedeiras.

Enquanto retornava à casa olhava o mar.
A composição perfeita com a lua.

E no som...

"...Eu só queria ter você no coração, sem ter toda essa tristeza, em que pese ser amor, nunca temos a certeza de que estamos só..."

Como respirar? Fundo!
Sustentar as lágrimas que pareciam querer rolar como em uma queda do Iguaçu.

Força pra continuar.

"...toda dor pesa a fé, de que um dia o tempo feche essa cicatrização, sem dar vazão..."

Os sorrisos foram voltando.
A paz veio com o adormecer.

"...mas a paz é tão certa, quanto a alegria de saber lidar com a solidão e perceber, na realidade crer, pra renascer..."

E ao amanhecer apenas um suspiro.

"...eu não queria emudecer com a razão e emitir tanta frieza, se pudesse ser mais são, ia ver toda beleza, de que enquanto sós, somos união..."

E volta tudo ao início.

(Inspirado em Enquanto Sós - Maglore)

domingo, 21 de novembro de 2010

Sem fim não há título (4ªparte)

E a jovem Lila se foi.
Se pôs em direção oposta à todos os planejamentos.

O jovem guerreiro estava ferido novamente, mas prometia mudar.
Prometera em tons serenos que era a hora de ir.

Partira num dia 03 do último mês de um ano com muitas turbulências.

Quem sabe mais a frente eles não se reencontrariam novamente?
Mas por enquanto, ficam as lembranças, as cartas, os desejos, as imagens que lhes foram entregues por admiradores daquele romance.

Segue adiante com o sol um pouco mais fraco, porém tendencioso a brilhar novamente em breve.

E no dia anterior a partida, as juras, o carinho e a gratidão estavam a todos os instantes presentes.

E como no dia em que se encontraram após o jovem guerreiro ter ficado ferido, num fatídico 8 de Março, lágrimas foram derrubadas.
Lágrimas que buscavam explicações. E enquanto lágrimas eram derrubadas por Lila, internamente o jovem guerreiro, tentando-se manter forte, vazava.

E como não ouvir o peito bradar em direção a lua?
Se há a vontade de escutar a voz, ambos se privam, ambos tentam de todos os modos o distanciamento.

Mas para o jovem guerreiro não é tão simples assim. Escolhera Lila para ser a sua eterna amante, e ele, mesmo de partida, irá aguardar o pranto do retorno, para que enfim possa por um título nessa história.

"Fica com Deus Lila, vencerei mais uma batalha, a última, e voltarei para casa, sem ferimentos, para amar-te eternamente!"



sábado, 20 de novembro de 2010

A história do jovem que aprendeu a amar

Há muito tempo atrás, nascia em um pequenino vilarejo, um garoto o qual já vinha com o destino escrito pelas estrelas.

Deixara um rastro de brilho que chamara a atenção a quilômetros de distância.

Já escutara sobre essa história? Creio que não.

Era um garoto que, ao nascer, trouxe paz ao casebre onde vivera com a sua familia.

Com o tempo, o moleque descobria aos poucos o gosto pela arte.
Vivia aos cantos com um galho seco, de um limoeiro que havia no quintal, rabiscando todos os espaços de terra que haviam na escassez da grama da sua casa.

Começou a crescer e desvendar que todos os sons que escutaria poderiam um dia vir a ser música de verdade.
Feito! Foi nessa época que descobriu o canto dos pássaros e começou a socializar com os pequeninos voadores através de assobios.

Vivia caminhando assobiando apenas esperando o primeiro pássaro que fosse corajoso o suficiente a desafiá-lo no assobio.

Certa vez uma Maritaca passou na sua vida, o desafiou e por fim o venceu. No dia em que ela partira, após a vitória concretizada, aquele, já pré adolescente na época, se pegava aos prantos pela derrota no assobio.

Fora obrigado a buscar novos desafios para a vida.

Ao entrar na adolescência descobriu a mente alheia, com o tempo foi aprendendo a lidar com ela e foi deixando sua marca em várias das mentes que cruzavam o seu caminho.
Porém haviam sentimentos novos no ar.

Confusão, amor, desejo, raiva.

Coisas que aquele jovem, que chegara no vilarejo à trazer paz, não haveria visto se não tivesse sido forçado a sair de onde foi criado.

O garoto cresceu, e com ele as confusões psicológicas também, o que era amor anteriormente deixara de ser, o que era desejo passava com o tempo, e a raiva, a qual havia toda tendência para crescer, o jovem resolveu tratar principalmente dela.

Manteve sempre o diálogo contra a raiva, e conseguiu garantir que não se permitiria machucar-se por tal sentimento egoísta.

Descobriu que contra a raiva alheia o melhor remédio seria a honestidade e o perdão.
Seria esse o único método de não deixar a raiva entrar.

Mas e o tal do amor?

Esse era o grande desafio daquele jovem. O tal do amor fazia com que ele doasse muito de si em troca de quase nada dos outros. Ele tentara mudar isso por muitos anos.
Sofria! O peito quase sempre doía.

Até que um dia, um novo amor surgiu. Um amor diferente de todos os outros. Um amor onde a raiva passara longe. Um amor sincero. De olhares nos olhos.

Esse amor transformara aquele rude jovem em suas vestimentas desinteressadas, em um nobre senhor da "gran'fina" sociedade.

Era a hora de lutar por tal amor com unhas e dentes, era a hora de mostrar ao amor que amor igual não teria.

Mostrou todas as suas qualidades e habilidades. Sua arte de riscar, sua arte de cantar e tocar, sua arte de fazer sorrir.

Mostrou que onde há o amor, não há espaço para a raiva. Que onde já teve amor, amor terá sempre que buscar.

Descobriu ele então que, mesmo em lados opostos, tanto lua quanto sol são capazes de iluminar. Mar e rio são capazes de se misturar. Avesso e verso são sempre o mesmo lado.

Aprendeu a ver no seu melhor ângulo o avesso do verso e vice-versa.

E como em todos os amores, surgiram pontos na estrada. Tentaram impor pontos finais, mas sempre sobraram reticências ao invés de o fim da história.

Por fim, aquele pequenino do pequeno vilarejo que ficou para trás, aprendeu que o melhor caminho para o amor não terminar, é o de recomeçar, então para o casebre antigo e o vilarejo de infância o jovem se retirou.

Aguardará o amor o convocar novamente para poder voltar e enfim voltar a amar...


Citações introdutórias.

Boa noite,

Primeiramente eu venho corrigir um erro cometido propositadamente no título deste blog.
Seria sopapo e não supapo.
Mas levando-se em consideração que a nossa cultura falada nos permite em muitas ocasiões trocar os sons das letras as quais falamos em muitas palavras, resolvi então, dar espaço a todos aqueles que em alguma palavra o fazem.

No meu caso todo sopapo é um bom supapo!

Bom, este é um blog que foi criado primeiramente para que eu possa enfim colocar um ponto final em todos os outros blogs que eu já criei. Será este aqui agora o detentor dos meus direitos autorais, e não mais existirão os que me acompanharam por tanto tempo anteriormente.

É uma forma de decretar fim a todos os outros textos e começar uma nova história, bem como vem sendo feito na minha vida.

Então, desde já agradeço toda a atenção e todas as visitas.

Que saiam daqui esperançosos com o futuro, chorosos com o presente e saudosos com o passado!
Mas, de preferência, que saiam sempre sorrindo.

Atenciosamente,

O autor.

domingo, 7 de novembro de 2010

Sonho!

E lá estava aquele jovem guerreiro.
Dessa vez parecia abatido. Cabisbaixo.
Olhares perdidos nos ares.

Donde haveria de estar a sua bravura?

E os olhos se umedeciam cada vez que tentava lembrar de algo.
A sua voz se emudecia cada hora que tentava gritar socorro!

Era angustiante vê-lo sem forças à reação.

E como em um último suspiro após um ferimento letal, o guerreiro se ergue.
Diz-se mais vivo do que antes.

Sorri. Ergue sua voz aos céus e, espantosamente, grita mais alto que o mais alto grito já escutado.

Foram capazes de escutá-lo do outro lado do continente, quiçá do mundo.
E ao escutarem tamanho brado, travaram as respirações.

Sim! O jovem guerreiro estava novamente vivo!

- Viva! - Gritava o povo ao vê-lo chegando montado em seu belo corcel negro.

Imponente. Extravagante.

O jovem guerreiro que olhava à todos com ar de inferioridade decidiu que era hora de reerguer as chamas da sua vida novamente.

Lutou bravamente contra o seu maior inimigo. O seu próprio medo.
Decidiu que era a hora de sair das sombras e crescer.

Não mais precisaria de um porto seguro, nem de outro alguém dando ordens.
Seria ele o general dos seus próprios caminhos.
Daria ordens a ele mesmo e apenas escutaria os conselhos alheios como sabedoria que reconheceu ter herdado ao longo da sua jornada.

E herdar era a sua maior sabedoria. Herdara momentos, palavras que ficariam guardadas eternamente.

Agora é hora de ensinar. Agora é hora de lutar.

E lá se foi o jovem guerreiro. Partiu em direção ao seu destino. E quem quiser acompanhá-lo, que vá, pois como recado ele deixou que não irá parar e muito menos irá voltar.

Como últimas palavras, pelo menos nas entrelinhas, ele deixou aqui.

"Que o brilho do sol seja eterno."


sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Capitu

Era tu quem me trazia a falsa sensação de felicidade,
Ah! Capitu.

És de tamanha necessidade, Capitu, que sem tu a vontade de pular para o abismo é maior e maior.
E com tu, Capitu, entrar no precipício é sempre algo muito mais possível do que a possibilidade de tropeçar e cair nele.

Pra quem te teve, hoje sofre.
Pra quem quer te ter, sofre igualmente.

E pra quem precisa te ter, torna-se uma tormenta.

Porque tudo hoje, no mundo, Capitu, gira ao seu redor!

Não importa a nacionalidade, sem tu, Capitu, tudo é tão mais difícil de alcançar.
Sorrir sem tu, Capitu, só para Bravos!

Mas que bravos são esses que, desabam de ante-mão, diante do teu poder.
Então Capitu, não sei se mando a tu tomar no cu ou se busco em tu a solução dos meus problemas.

Invejo a todos que mesmo sem tu, Capitu, conseguem expelir alegria, irradiar magia...gostaria de entendê-los.

Pois quando a vejo, Capitu, passar de mão em mão, sair de máquinas à mãos de outros homens, mas não parar na minha, a vontade é te rasgar de ponta a ponta inúmeras vezes.

Ah Capitu. Alivia a minha dor...que é por tu!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Saudade de casa!

Saudade que canto.
Saudade do recanto.
Do refúgio da minha mente.
De onde não há mentiras.

Saudoso o meu canto.
Saudoso o meu pranto.
De onde cantava pra gente.
De onde haviam mais vidas.

Saudade daquela cidade.
Saudade daquele recanto.
Que fica no meio ambiente.

Que fica no mesmo ambiente,
no canto da casa da gente!




PAPOS E SUPAPOS

Mi Papos y Su papos!

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