terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Sonhos reais 2.

E no entardecer, antes do cair do sol, recorri ao mar para esperar-te.
As ondas que iam e vinham emitiam-me os sons mais puros do mundo.
No sol se pondo a certeza de que você estava por chegar.
Sentei-me e pude sentir o teu calor se aproximar.
Ao olhar para trás, estava você, exuberante. Uma forma que nem a sombra conseguia ser igual!
Sua pele brilhava como ouro. Suas pernas hipnotizavam as pessoas.
E conforme subia ainda mais o olhar, mais deslumbrado eu ficava.
E pensar que conhecíamos-nos apenas à distância.
Nem parecia.
Seu cheiro, agora real, era o mesmo que eu sentia quando conversávamos.
Seus olhos brilhavam igualmente aos das fotos que me enviara.
E as bochechas rosadas pareciam ter sido desenhadas.
No teu abraço senti todo o conforto do mundo e um calor mais quente que o calor do sol.
E ao tentar olhar-te nos olhos percebi o quão tímida era! Tive que erguer-te pelo queixo para que nossos lábios se encontrassem sem que dissessem ao menos uma palavra sequer.
E sem que nossos lábios deixassem de se tocar, caminhamos em direção ao mar.
Era para contemplarmos o sol e no fim do seu expediente foi ele quem nos contemplou.
Aquelas águas que pareciam geladas agora estavam fervendo.
E o balanço do mar parecia ter sido ensaiado pelos nossos corpos.
Na ponta dos teus dedos cravejando as unhas às minhas costas percebi que estávamos entregues a algo sublime.
Sentíamos a cada respiração forçada no ouvido uma necessidade extrema de nunca deixar aquele momento terminar.
E o sol já parecia querer atrasar a sua saída, enquanto a lua, pobrezinha, do outro lado parecia gritar para que ele partisse logo.
Até ela queria nos testemunhar! E conseguiu.
Os últimos suspiros foram banhados com a luz do luar que pairava sobre as nossas cabeças.
Até que, com um único movimento, roubaste um pedaço do meu lábio inferior e levaste consigo uma grande parte do meu pulsante e apaixonado coração!
E agora esperamos ansiosos e encabulados novamente por tal momento!

Sonhos reais.

"Era mais ou menos meia noite quando ela resolveu chegar. Na verdade era uma confusão, pois parecia ser dia e eu tinha certeza que era noite. Ela veio linda, refletida sob a luz do sol. Por vezes até pensei ser ela o astro maior de tamanha quentura no olhar. Me transmitia, ainda que a distancia, um desejo contínuo, uma vontade de não levantar. Fiquei por minutos deitado, imobilizado por tamanha beleza aguardando a sua aproximação.
O primeiro toque foi suave, aquele corpo de pele macia e delicada encostou no meu. Uma explosão de sentimentos, horas luxúria outras vezes paixão.
Desejo que a cada toque dos lábios ansiavam pelo desfecho final. E sem que eu percebesse nossos corpos estavam despidos das suas armaduras.
Estávamos prontos para amarmo-nos. Um sorriso delicado ao postar-se sobre mim. Um olhar penetrante acompanhado de uma mordida nos lábios. Os dedos das mãos cruzaram-se e podíamos sentir no nosso mais íntimo os toques magestrais do amor.
Aquela explosão de sentimentos perdurou por infinitas horas. A cada instante nossos corpos se grudavam mais. Eram nossos líquidos que se preocupavam em nos deixar sempre unidos. e por fim, aquele beijo. Aquela boca rosada de lábios grossos e um suspiro. Nossos momentos estavam terminando. Foi ai que ela levantou-se, em meio a madrugada, e partiu. Deixou-me a procurar novamente o sol. 
Hoje, esperarei-a novamente."

sábado, 28 de janeiro de 2012

Carta de despedida.

Eu tive carro, grana e até um pouco de fama. Tinha até a certeza de que teria você comigo sempre.
Tinha amigos de verdade ao meu lado todos os dias. Meu celular em instante nenhum parava de tocar.
Mas como o mundo, a nossa vida não para de girar também.
E numa dessas voltas que o globo dá, despenquei dos céus à terra e voltei a realidade novamente.
Perdi carro, grana e, bom, a fama eu não perdi por completo, mas ela ficou um pouco deturbada.
E a certeza que eu tinha de ter você comigo para sempre, essa sim desceu pelo ralo junto com todas as outras "maravilhas" que eu tinha.
Os bons amigos que não paravam de me ligar foram perdendo meu número, sendo assaltados, deixando suas agendas e celulares caírem em rios, mar e até mesmo em privadas e com isso, deixaram que a nossa amizade ficasse esquecida por tempos até que por mera coincidência eu pudesse os encontrar por culpa do acaso nas estradas da vida.
Passei por baixos e altos, mas muito mais baixos do que altos, ao longo desse pouco tempo de vida. Senti a alegria da vitória e a certeza da derrota queimando a pele como quando seguramos uma panela quente sem se atentar com a quentura da mesma.
Nos altos aprendi que sempre devemos saber cair e andei treinando bastante para aprender ao menos a habilidade de pensar que não me machuquei após a queda.
Nos baixos eu descobri, aos poucos que, se dependermos dos outros, continuaremos lá embaixo. Doce ilusão de que aquela pessoa que te abraçava e te chamava de irmão irá te estender a mão para te erguer novamente.
Mas nem tudo se perde quando mergulhamos de cabeça lá naquele poço do fundo do quintal, nessas horas aparecem pessoas as quais você não imaginaria que apareceriam e te tiram de lá. Diretamente ou indiretamente, ambos os casos existem.
Existem as pessoas que te enxergam no momento em que está caindo e correm para te puxar e as pessoas nas quais você se inspira para levantar.
Eu, por exemplo, além das pessoas que estão comigo hoje, me ajudando a reerguer-me, me inspirei muito lendo e escutando canções. Senti que se a superação realmente existe eu teria que fazer dela meu sobrenome e levantar-me com a cabeça erguida para voltar onde já estive e mostrar que sou muito melhor do que as coisas que eu tive ou terei.
Hoje, sentado em frente ao mar, lembro-me de tantas pessoas que passaram, de todas aquelas que ficaram e também de todas aquelas que por vontade própria simplesmente partiram, penso em tudo o que passei e sinto a necessidade de dizer a todos que estou feliz.
Posso não ter nada, posso ser até um incompetente como me chamaram a pouco tempo, mas tenho o melhor que qualquer um pode ter e muitos não se atentam. Tenho a vida!
Tenho o poder de moldá-la à minha maneira. Tenho o poder de sorrir no pior dos momentos e de chorar no mais feliz deles.
Tenho o controle de olhar para todos e dizer que, mesmo aos que não querem ouvir, sou feliz assim do jeito que sou e estou.
Tenho meus defeitos, vira e mexe cometo falhas, mas sou capaz de me redimir, sou capaz de assumir as minhas falhas e consertá-las. E graças a, seja lá quem for o seu Deus ou o meu Deus, eu sei que só dependo de mim para seguir adiante.
Então, espero sinceramente e educadamente que vocês consigam o mesmo que eu, até os que não esperam mais nada de mim ou os que esperam hostilidade, espero que vocês consigam no fim de tudo apenas viver a vida em harmonia e acima de tudo, sorrir em paz!
Um grande abraço a todos! Espero ver vocês sorrindo novamente!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Grito!

Gritar é proibido?
Já que o proibido é o mais gostoso, então vos grito!
Grito aos cantos todos do mundo um só canto!
Aquele onde cito nosso recanto.
Grito!
Quero que todos saibam do teu existir.
E gritar por gritar, pois é a melhor forma de expelir.
De não enclausurar os sentidos, as emoções.
Então, grito!
Liberto a voz com o mais alto tom.
Destemido.
Já como um dom.
Grito.
Respiro fundo.
De ar eu encho os pulmões.
Olho o horizonte mais distante.
E liberto o grito mais tocante.
E você? Grita?
Se nunca gritou, então me imita!
Chega no precipício e se liberte.
Converse com o seu eu mais distante.
No mínimo ele irá te imitar também.
O chamamos de "eco".
Mas na verdade é outro alguém lá de longe fazendo o mesmo que nós.
Então grito!
Pois no meu grito escuto a tua voz!
No teu grito só consigo escutar a nós!
Grita comigo?

PAPOS E SUPAPOS

Mi Papos y Su papos!

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