quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

O que sinto por você!

Parece meio infantil eu sei.
Chega a ser ridículo em alguns momentos.
Mas fazer o que?
É assim que ele é.
Sempre a procura de carinho, como criança pequena e mimada.
Mas também parece muito velho.
Querendo ser respeitado de tanto que respeita.
Protegendo sempre que pode, seja em seus braços ou mesmo distante.
Amando para em troca nem sempre ser amado.
Desejando apenas que seja aceito pelo próximo.
É contraditório. Porém muito simples de ser entendido.
Chega a ser muito confuso por tamanha facilidade.
Percebe? Até eu estou me contradizendo.
É muito fácil confundi-lo e ser confundido por ele.
Quando está muito presente, “ele enche o saco”.
Quando não está, faz muita falta.
Muitos o querem, poucos o têm.
E os poucos que o têm sempre não querem tê-lo.
A partir desse momento ele se sente solitário inútil...
E mesmo assim, ele insiste em voltar, ou seja, é insistente.
E de tanta perseverança ele consegue germinar.
Depois que brota ninguém mais quer o deixar morrer.
Normalmente, morrem antes do que ele, e em muitos casos, ele não morre nunca.
Isso o torna infinito imortal...
Por isso ele é único. Impossível brotar duas vezes.
E quem diz que o teve muitas vezes, é mentiroso.
Flores parecidas existem ao longo do mundo, mas nunca iguais.
Algumas delas são venenosas. Outras não.
Esse não. Ele sempre faz bem. O veneno está nas daninhas que se parecem com ele.
E muitas são elas, cuidado, pode ter uma bem perto tentando te pregar uma peça.
E em peça ele não entra. Não é ator. Não sabe fingir.
É sempre sincero, real...
Não é moeda, não pode nem ser comprado por ela.
Trata-se de um sentimento, e eu o tenho por você.
Basta entendê-lo e aceitá-lo, pois nada além dele eu poderei te oferecer.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Viva o circo!

Olha que bonito todo colorido o circo chegando.
Trazendo alegria às pessoas só no entrar na cidade.
Podemos ver as crianças sorrindo e apontando.
“Olha só! Os elefantes andando um atrás do outro segurando o rabinho do elefante da frente!”
E a magia continua.
Lá vem o gigante da perna de pau como se fosse o maestro daquela linda sinfonia de alegria.
Parece reger o coro dos palhaços que logo em seguida vem fazendo suas traquinagens.
Muitas cores misturadas aos flashes das máquinas fotográficas e ao brilho dos olhos dos expectadores.
Falando em brilho, lá vem o mágico! Fazendo surgir flores de onde não existiam. E aquela cidade quase abandonada se torna uma grande mágica de felicidade.
Um circo completo, com pierrô e colombina, eles estão bem ali, chegando à esquina.
E em meio ao carnaval em que se fez com a chegada do circo, eis que surgem os malabaristas e acrobatas.
“Olha, aquele ali engole fogo, e o outro cospe. Que legal mamãe!”
Tudo o que vem passando encanta as pessoas que os observam chegando.
“Nossa! Olha a barba daquela mulher!”
As gargalhadas das pessoas pareciam um cântico de anjos.
Os aplausos e sorrisos transformavam aquele momento em algo único.
Olha o mestre de cerimônia, em cima do último carro alegórico.
Uma charretezinha puxada por um burrinho, cheia de equipamentos de som.
“Venham acompanhar a estréia da nossa trupe. Do nosso circo! Hoje à noite. Única apresentação.”
E a cidade então resolve parar de funcionar para olhar a apresentação do circo. Lona montada, todos sentados ansiosos.
Mas, lá no fundo, por baixo das arquibancadas, escondido, choroso, há algo.
Era um menino, em prantos!
“Por que está assim? Venha sorrir conosco!” – Disse o mestre de cerimônias.
E com um olhar tristonho, ele responde!
“Eu já sorri bastante com vocês, mas a cada minuto que passa vocês estão mais distantes da nossa cidade. E nós, precisamos da sua energia.
A energia da lona, as traquinagens do palhaço, faz com que a nossa sofrida vida aqui na nossa cidade vá embora por alguns momentos.
As flores que brotaram com a chegada do mágico logo irão morrer, e nós ficaremos novamente sem cores na nossa cidade.
O calor que os malabaristas trouxeram com o fogo irá se dissipar em nuvens logo.
E eu? Bom, irei me recolher ao meu leito do hospital novamente, e verei a vida passar, e não os verei novamente. Eu fugi de lá quando soube que o circo estaria aqui. Tenho o sonho de fazer as pessoas sorrirem, mas como? Se eu mesmo não consigo sorrir!”
E o mestre de cerimônias com os olhos em lágrimas, mas com o sorriso estampado no rosto, responde.
“Então, você conseguiu me fazer sorrir. Tenho certeza que fará muitas pessoas ainda sorrirem. Se conseguiste encontrar forças para levantar da cama do hospital e vir atrás de nós, é porque tens força para fazer o que quiser. Transforme toda essa força em dedicação e irás ficar melhor, e com a sua melhora irás fazer muitas outras pessoas sorrirem.
E se por acaso não nos vermos mais, leva contigo o que irei te falar agora.
O circo, a alegria e a energia da lona, sempre estão com todos nós. Basta procurarmos aquela coisinha lá no fundo do nosso peito, aquela chamada felicidade, pois é isso que o circo representa.”
O menino deu um abraço apertado no mestre de cerimônias e correu no sentido contrário do circo, como se fosse em direção a algum lugar.
Assustado, o mestre de cerimônias levanta e vai atrás do garoto. E se dá conta de que o menino desaparecera.
Ao amanhecer, antes do circo partir, o mestre de cerimônias vai até a casa de saúde da cidade para procurar o menino, ele queria presenteá-lo.
Ao chegar recebeu o seguinte bilhete do pai do menino.
“Obrigado por me fazer acreditar! Onde estou agora não mais irei chorar, não mais sentirei dores, apenas alegrias e aquela coisinha que ficou no meu peito escondida por tempos, mas que ao ver o circo descobri que ela existia de verdade, a tal da Felicidade. Papai e mamãe estão felizes, eu não choro mais e eles também não. Continue espalhando o circo pelo mundo, pois assim como eu precisei, muitas crianças, adultos e velhinhos, também precisarão. Viva o circo!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Cult.

Pronome de segunda pessoa do singular acompanhado de verbo na terceira pessoa do mesmo singular, ou seja, você.
Gostaria de te dizer que é aquela que me atrai, que me cativa, que me encanta, onde encantar-me, nesse caso, nada mais é do que seduzir-me, criar mágicas onde eu possa me perder.
E sabemos que criar mágicas é o mesmo que criar efeitos que contrariem as leis naturais das coisas. Criar um efeito surpreendente, como Vossa Mercê conseguiu em mim.
Criou um efeito inigualável, o de sentir. Criou em mim, a sensibilidade de querer-te sempre bem. Um conhecimento imediato que pode também ser chamado de intuição. Onde o maior intuito é sempre o de alegrar-te, que nada mais é do que, te fazer contente, satisfeita.
Minha satisfação maior no momento é a sorte de ter te encontrado. Não por acaso, ou destino, pode até ter sido, mas acredito mais em ter tirado a sorte grande, como quem ganha em um prêmio da loteria.
E que prêmio esse hein? A combinação de diferentes coisas, no caso pessoas, de modo que formou um todo, quase perfeito. A ligação dos nossos esforços e pensamentos. Quase um casamento, um elo entre alma e corpo. Um certo tipo de afeição que encontraremos nas nossas dedicações recíprocas, ou seja, um certo tipo de amizade.
Amizade essa que pode ser confundida com o tal do amor, por tamanha afeição viva por alguém. Um sentimento apaixonado por outra pessoa, no caso, você. Um zelo, uma dedicação que vai além da esperada por ambas as partes, além da imaginada por nós.
É praticamente um render-me em culto a adoração da sua imagem, um gostar exageradamente de ti, um ser apaixonado por “vós micê”.
Isso tudo tão “Cult” para dizer em poucas palavras como as que vêm a seguir.
Eu adoro você!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Resposta.

(Diálogo.)
- Olá!
- Oi.
- Seja bem-vinda, sinta-se a vontade.
- Não irei demorar.
- Por que a pressa? Não quero que você vá tão rápido!
- Tenho outras coisas a fazer. Mas convença-me a ficar e ficarei.
- Então, se é o que queres, pode partir. Não irei prender-te ao meu lado por muito tempo se é contra a sua vontade. Saiba que sim, é a minha vontade estar perto de você há todos os instantes, mas não o farei se não desejares tanto quanto eu.
Se realmente for melhor para você partir, que o faça agora, pois a dor será infinitamente maior após mais alguns instantes do seu lado. E por favor, bata a porta e a tranque por fora, para que eu não me arrependa de te deixar ir e corra atrás de você. E se por acaso ouvires gritos e batidas na porta implorando que você volte, finja não escutar e siga teu caminho, pois uma hora cansarei de esmurrar a porta e ficarei rouco de tanto gritar.
Mas faça isso apenas se tiveres certeza de que é mesmo longe de mim que ficarás bem. Pois se sair por aquela porta e a trancares, no momento em que eu cansar de esmurrá-la e de gritar, não mais a abrirei novamente. E se quiseres voltar, a fechadura não será mais a mesma.
Estou sim te dando o direito de escolha, não agüentaria te ver ao meu lado, impaciente ou triste. Não consigo pensar no que seria melhor para mim nesse momento. Pois o que me faz bem, é ver você bem. Então, sendo assim. Vá, siga em frente, cabeça erguida e não olhe para trás, pois quando a ver passando ao meu lado sorridente, meu sorriso voltará a aparecer.
- Volto num segundo. Pode deixar a porta encostada!
- Como assim? Você me disse que não iria demorar ao meu lado. Como voltará em um segundo?
- Esqueci a minha mala na portaria, de propósito! Pois eu queria ter certeza de que a pessoa que você é seria realmente a pessoa a qual eu quero estar ao lado quando o circo passar para que possamos fugir juntos daqui. Partirei contigo junto com o próximo circo quando ele aparecer, e se não aparecer, ficarei aqui, admirando os nossos sorrisos bobos e aproveitando os nossos momentos, as nossas lembranças. Pois sempre que eu paro pra pensar em algo, ou em alguém...
Lá vem você!

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Lá vem você!

Está aqui. Está ali. Está em todas as partes.
Não consigo mais não te ver.
É só fechar os olhos que...
Lá vem você!
Está me perseguindo por quê?
Já fiz de tudo pra te desviar. Me esquivo. Salto por cima do muro para não te ver.
Mas...
Lá vem você!
Incrível como há dois meses tudo que me cerca envolve... Você!
É só olhar as fotos, relembrar os momentos...
Ah! E que momentos!
São daqueles assim, que por mais que tentamos esquecer, eles não deixam que isso aconteça.
E por mais que isso aconteça...
Lá vem você!
É, realmente, tentei fugir, tentei não querer-te, tentei me enganar com outras pessoas, mas não adiantou, não adianta.
Sempre que penso em alguém, é em você que me perco.
Ah... E quem me dera soubesse sair desse labirinto, ou pelo menos chegar ao fim dele. Mas não, com você tem que ser mais difícil, afinal, não seria você se não fosse assim.
Giro, caio, levanto, tropeço, mas continuo lá dentro, perdido nos meus pensamentos, nas minhas memórias, nas nossas lembranças.
Continuo, sim, e aprendi que não quero sair. Não sem a sua ajuda.
Então vamos combinar como brincadeira de criança, sabe, daquelas bem bobinhas.
É simples, me ajuda a sair daqui, que eu te levo comigo!
Tão simples quanto o meu querer-te bem.
De tanto ser perseguido por você em meus pensamentos comecei a me entregar.
Agora me entrego em forma de carta, palavras desenhadas em um papel, palavras que anseiam o final feliz de um conto, mas que, para que essas possam ser descritas, eu precisarei da autorização da personagem principal, e novamente... Lá vem você!
É... Você! De uma criança encantadora a personagem principal de um conto. Quem diria hein?
Um conto que conto para quem quiser contar depois. Pois deixarei marcado num papel como e quando eu quis voltar a ser sapo, mas uma princesa insistia em não deixar eu me transformar novamente.
Quebrou o feitiço. Fez com que eu voltasse ao mundo. E agora não mais consigo voltar de onde eu vim.
E, olha! Tenho que admitir. Não preciso nem ser o príncipe dessa história. Basta ser o bobo da corte pra te fazer sorrir.
Afinal, são o que alimenta meus sonhos todas as noites. Seus risos, daqueles bobos, que normalmente damos juntos em meio a alguma besteira que falamos.
Refletida no espelho, segurando a minha mão, sinto-me importante e impotente. Importante, pois parecia sincero o seu segurar de mãos, como quem precisa de apoio. Impotente por ser apenas o velho sapo transformado em bobo, da corte, da sua corte!
Contraditório isso não é? Contentar-me em ser o bobo da corte para te fazer sorrir, e me sentir impotente por ser esse tal bobo. Mas é assim mesmo, meu feitiço faz com que eu me transforme naquilo que precisa no momento.
Risos e choros, alegrias e tristezas, brigas e reconciliações, estarei lá, saltitando para fazer-te bem.
Afinal, sapo pra virar príncipe tem de se acostumar a ser bobo de vez em quando.
E eu, como sapo, príncipe e até como Flávio, serei bobo sempre, sempre que fecho os olhos novamente, pois sempre que o faço...
Lá vem você!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Secreto.

Os olhos brilharam ao te ver.
Sensação estranha para quem há pouco tempo não queria isso.
Os momentos prolongaram-se e agora me encontro nos seus braços.
Não fisicamente, mas lá estou atirado em seu colo.
Surpreso?
Super.
Seu sorriso encanta.
Seus olhos convidam.
Não há muito a ser dito.
És bela sim.
Merece atenção, respeito e carinho.
Merece muito mais do que qualquer um pode oferecer.
Prazer então.
Qualquer um eu posso ser.
Posso oferecer-te mais do que meu abrigo para descansar.
Mais do que momentos sem graças cheios de risos.
Ofereço a minha mão estendida sempre que precisar dela.
Meu ombro para que recoste quando necessário.
Passei a te admirar.
Respeito? Sim o tenho.
Você agora descansa. Ao menos fingi repousar.
E eu? Continuo sentado a te observar.
Velo teu sono.
Repousa em meu leito enquanto eu, desperto, tento te proteger.
Esperto sou eu ao te olhar.
Decoro cada segredo do teu corpo.
Cada curva está gravada como tatuagem.
Para que quando partires eu apenas feche os olhos e continue a olhar-te.
Sonharei contigo.
Anseio pelos próximos momentos.
Momentos nossos, novos.
Em que nos descobrimos.
Quando te acaricio, não tento atentar-te.
Tento controlar-me.
Desejo o teu gosto.
O deixo guardado na minha mente.
Sete chaves serão poucas para que eu o revele.
Uma única chave ganhou hoje.
Seja sábia.
Com ela terás o que quiseres.
Terás um amigo.
Terá um amante, um admirador dos teus gestos.
E eu?
A espera de um milagre!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Eles, parte da vida.

Não me lembro como foi quando vi vocês pela primeira vez.
Imagino uma festa. Todos sorrindo com a minha chegada.
E vocês lá, dentre todos, dois dos mais felizes sem dúvida.
Não tenho lembranças de como foram os primeiros meses da minha vida.
E até mesmo como foram os primeiros anos.
Mas sei, através de fotos, que vocês estavam lá. Sempre.
Começo a ter lembranças claras de fatos a partir do meu terceiro ano de vida.
Cenas incríveis. E vocês? Presentes!
Sim, fizeram parte dos grandes presentes que uma pessoa pode ganhar na vida.
Já sorri e chorei muito por causa de vocês.
Lembro-me como se fosse há cinco minutos. Era “arigó” pra lá, “arigó” pra cá.
Lembranças! Essas são para sempre!
Lembro-me de como nos afastamos também. E mesmo assim, vocês continuavam lá.
Primeiro ele que partiu! Mas será que partiu mesmo? O vejo sempre que eu quero. O tenho sempre que eu preciso. O amo sempre da mesma maneira.
Voltamos a nos aproximar com a sua chegada.
E mais uma vez éramos nós, pra lá e pra cá.
Reconstruímos nossa história em uma parte do tempo em que eu precisei de você e você de mim.
Apoiamos-nos um no outro sempre. Cresci muito com esse tempo. Agradeço.
Carregaste-me no colo por muito tempo, e retribui isso.
Beijou-me em tantas noites antes de dormir, também pude retribuir.
Sinto que estamos caminhando na mesma direção, pois como para mim ele é eterno, será assim com você também.
E eu? Ficarei aqui, firme e forte. Da maneira que vocês me ensinaram. Eternamente grato.
Amor? Aprendi muito com o de vocês. E o passarei adiante.
Como sempre me ensinaram. Sempre em frente!
Amo vocês.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Pranto de menino.

Eis que ecoa em meio a nossa mãe natureza adotiva um choro.
“Mas que pranto será este?” – nos perguntamos.
Sentimentos contrários pairam sobre as nossas mentes.
“Choro de alegria ou de tristeza?”
Até que um de nós recita.

“É choro de menino que briga com a mãe natureza,
Choro de criança que corria solta,
Mas que hoje vive presa.
Menino que carrega a história na mão
E pureza n’alma e no coração.
Menino daqueles acostumado a correr e sorrir,
Mas que hoje vive a fugir.
É pranto, desespero, angústia,
De quem muita terra teve e hoje vive na luta.
Menino que teme em olhar pra frente,
Imaginando que encontrará mais um da gente.
Menino que é difícil sorrir,
Mas que é fácil iludir.
Menino que quando acorda, cresce,
E que quando cresce, foge,
E que quando foge se perde,
E quando se perde, chora.
E que quando chora ajoelha no chão e em desabafo..."

“- Mamãe natureza que me adotou, se a senhora tivesse o dom de ouvir a minha lágrima cair, poderia sim entender uma gota da minha dor. Mas com os anos seu chão se alterou me deixou perdido e não sei pra onde vou. Guia-me para casa novamente, casa da mãe natureza da gente. Aquela casinha de sapê que deixei ao crescer, mas que hoje insisto em rever. Donde a natureza que me cercava era viva e não essas muralhas por homens erguidas. Leva-me aos braços da minha mãe verdadeira e salve-me dessa selva de pedra que me rodeia. E que meu pranto se faça valer, para que esses homens daqui não possam me esquecer. E que sintam que há muito mais pra aprender do que uma única forma de tentar não sofrer. E que nem tudo na vida que é verde trás riqueza, mas que rico é quem ama a minha mãe verdadeira, a minha mãe natureza.”

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Lembranças.

Lembra?! Andávamos juntos para todos os lugares. Íamos sempre à mesma direção. Onde eu estivesse era certeza te encontrar e vice-versa.
Lembra?! Éramos como um só. Se tentássemos nos separar algo imprevisível nos unia novamente. Éramos como pólos distintos de um imã.
Lembra?! Passávamos pelas pessoas sorrindo. Caminhávamos pelas ruas como duas crianças indo ao parque. Diziam-nos que éramos um o outro.
Pois é, eu lembro, e as lembranças que o tempo deixou me fazem sorrir.
Lembra?! Já sorrimos bastante juntos e choramos muito também. E hoje me pergunto “Para que?”. Até que encontrei a resposta.
Lembra?! Te disse certa vez que nada era para sempre. Eu estava errado. As lembranças são.
Lembre-se.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Agonia.

Onde estou?
Que lugar é esse?
Não consigo mais respirar.
Me falta fôlego para gritar.
A ansiedade me deixa temeroso.
O peito dói, aperta, machuca.
Agora vejo as minhas mãos atadas, sem que eu consiga mover nem mesmo os meus dedos.
Minhas pernas acorrentadas a algo que eu não consigo identificar o que é.
As correntes seguem por corredores escuros que parecem não ter fim.
Não consigo enxergar o que está me prendendo.
Quero me soltar. Tento me virar, mas algo mais forte do que eu me mantém de frente para um mundo negro, cada vez mais assustador.
Tento me sentar. Não consigo.
Tento descansar. O corpo não quer.
Escarro vermelho. Não me alimento mais.
Viro o pescoço, tento te acompanhar.
Não dá mais. Você partiu. Fugiu da minha vista.
A minha vida passou agora, diante dos meus olhos, e eu não a identifiquei. A perdi novamente.
A que horas passa o próximo trem?
O peito ainda dói.
Estendo os braços. Ambos. Estou amarrado.
Ninguém para. Ninguém ajuda.
Onde? Quem? Como?
Ajuda!
Agonia!
Por fim. Agonizo.

PAPOS E SUPAPOS

Mi Papos y Su papos!

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