Era uma coisa linda, cheia de graça.
Vivia a passar de um lado para o outro. Num indo e vindo danado.
Parecia estar a procura do mar.
Mas sempre num balanço tão doce.
Um corpo dourado, cabelos aloirados.
Uma escultura do sol de Ipanema, Copacabana, Barra, Porto da Barra, Farol da Barra, não importa exatamente de onde, mas sim, parecia ter sido esculpida à mão.
Não sou capaz de descrever em apenas um poema o seu balançado.
Mas sou capaz de dizer que é a coisa mais linda que já vi passar.
E mesmo assim, observando-a, continuo sentindo-me tão só.
Tudo parece tão triste.
Uma beleza que não é minha, mas que também vive por ai sozinha.
Queria poder dizer à ela que basta que ela atravesse o meu caminho e o meu mundo, inteirinho, se torna mais repleto de graça.
Fica muito mais lindo.
Será que é ...
Vou esperar para confirmar!
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
domingo, 21 de agosto de 2011
Dia mundial de defesa da Amazonia (20.08.2011)
Eram quase duas horas da tarde, e a chuva só fazia aumentar o ímpeto de alguns guerreiros.
Cerca de cinquenta no início se reuniram em meio a uma famosa praça, formaram um grande círculo e em silêncio choraram.
Não um choro externalizado, cada um em seu íntimo, era um choro saudável. Era possível sentir em cada olhar, em cada respiração aquela necessidade de gritar, de parar o que não era nem para ter começado.
Após um grande abraço no monumento principal daquela praça, eles partiram.
Cânticos eram entoados aos milhares de cantos das ruas por onde passavam.
Eram observados de perto, de longe e até de muito longe.
Fora assim aquela tarde de sábado chuvoso.
Coincidentemente, em meio à um dos pontos chaves da caminhada, uma lembrança à uma santa, parada obrigatória. E a descoberta que em outros tantos cantos do mundo haviam pessoas que estavam fazendo o mesmo.
Seguiram adiante e só pararam quando a luz caiu.
Fora emocionante do início ao fim. Receberam aplausos e palavras de conforto.
Se é certa a conquista ainda não sabemos, porém, mais certa do que a conquista é a veracidade de sentimentos em cada um dos presentes, é a força que cada, à sua maneira, externalizou o seu grito, o seu choro.
Em frente sempre, guerreiros da paz.
E no último grande círculo, o silêncio novamente. O respeito!
Coragem!
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Carta à Rebeca
Sabe, senti a tua falta hoje.
Não tanto quanto a alguns meses atrás, quando apenas nos falávamos a distância e a vontade de te ver e te ter só fazia aumentar.
Mas senti muito a tua falta hoje.
Tá! Tudo bem! Não foi tanta.
Foi algo assim, não conseguia nem sentir tanto o frio que fazia, e quando o vento insistia em abrir a porta e entrar os meus pensamentos já tinham corrido pela janela para tentar te achar.
Um dia chegaram a me dizer que para encontrar o paraíso seria necessário morrer, ainda bem que não descobriram o teu olhar, pois nele encontrei todas as respostas para as perguntas que sempre me fiz.
Torço para que eu seja um dos poucos a encontrá-lo, se não ganhei a vida eterna, ao menos felicidade eterna terei enquanto por perto você estiver.
Quem disse que não daria para misturar riacho doce e sal do mar estava totalmente equivocado, busco a tua doçura para equilibrar a minha pressão.
Mas para onde correu você? Donde foi desaguar?
Recorri ao nosso ponto de encontro para tentar te encontrar, ver se deixaste pistas.
Vasculhei cada canto do nosso momento. Percorri todos os esconderijos dos nossos segredos.
Refiz as cenas. A despedida. Sua corrida para fugir dos meus abraços e chegar cedo em casa.
Uma cinderela mais moderna e com uma família mais rigorosa na educação, afinal não eram nem seis da tarde, mas já havia a necessidade de sair correndo escadas afora para não perder a carona na carruagem.
Não adiantou muito. Voltaste de abóbora.
Enfim deixaste cair, não um sapato de cristal ou uma sandália, mas sim um brinco.
Agora correrei todos os reinos possíveis para encontrar-te, e acredite, até que eu fique cego te encontrarei, pois decorei cada detalhe do seu rosto com a ponta dos meus dedos.
Reinara no meu mundo, fará de mim talvez um sapo, bobo da corte ou até mesmo um príncipe, não sei ainda, mas de uma coisa tenho certeza, serás a minha eterna princesa!
Adoro você!
(Inspirado na canção "Chinelo de Cristal" do Pirigulino Babilake)
terça-feira, 9 de agosto de 2011
O outro lado do mundo.
O tudo era apenas um lado do mundo.
O lado que eu queria enxergar.
Se existia outro eu com certeza desconhecia ou pelo menos fingia não conhecer.
Ai veio a casa, a luz, meus pais, meus irmãos.
Surgiu Deus, a igreja, a culpa e agora veio a dor.
Tudo parecia incompleto e mesmo assim eu ainda fazia parte do mundo.
Só depois de ver o outro lado dele é que cheguei a mim mesmo.
E cá estou eu.
Sem casa, sem luz, sem pais e até sem irmãos.
Sem Deus, igreja.
Mas cheio de culpa e dor.
Tudo parece ainda incompleto, mas me sinto parte do mundo agora.
Estravazei. Vazei.
E enquanto as lágrimas corriam soltas face abaixo.
Surgiu novamente a casa, os pais, a luz e os irmãos.
Deus chegou de uma forma diferente e trouxe consigo um novo conceito de igreja.
A culpa e a dor se aliaram contra o sorriso estampado no rosto mas não obtiveram sucesso.
E agora, com os dois lados do mundo na mão, me sinto parte do seu mundo.
Lutarei por ele. Por nós. Por mim.
O lado que eu queria enxergar.
Se existia outro eu com certeza desconhecia ou pelo menos fingia não conhecer.
Ai veio a casa, a luz, meus pais, meus irmãos.
Surgiu Deus, a igreja, a culpa e agora veio a dor.
Tudo parecia incompleto e mesmo assim eu ainda fazia parte do mundo.
Só depois de ver o outro lado dele é que cheguei a mim mesmo.
E cá estou eu.
Sem casa, sem luz, sem pais e até sem irmãos.
Sem Deus, igreja.
Mas cheio de culpa e dor.
Tudo parece ainda incompleto, mas me sinto parte do mundo agora.
Estravazei. Vazei.
E enquanto as lágrimas corriam soltas face abaixo.
Surgiu novamente a casa, os pais, a luz e os irmãos.
Deus chegou de uma forma diferente e trouxe consigo um novo conceito de igreja.
A culpa e a dor se aliaram contra o sorriso estampado no rosto mas não obtiveram sucesso.
E agora, com os dois lados do mundo na mão, me sinto parte do seu mundo.
Lutarei por ele. Por nós. Por mim.
(Inspirado na canção "Depois de Ver" do Pedro Pondé)
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