domingo, 19 de junho de 2011

Zé Valente

Ôviram lá no Ypiranga! Sabia não?
Num sabiam ser era grito ou a zuada dum avião
Mas era alguém com uma pechêra
Pedindo liberdade
Pro povo da cidade
Dizendo que num guentava sofrê mais não.

Contavam os moço mais vivido
Que era um brado forte
Que veio lá do norte
Montado num jeguin sofrido
Com a sua pechêra estendida
Um sujeito tal de Zé Valente que veio pela gente
Atrás de uma tal de sorte.

E lá trás daquele sujeitin
Um sol forte com raios fúlgidos na cabeça
Brilhava iluminando o novo mundo?
Mais parecia um oásis aquele mundão de concreto
Pra quem donde veio num via nem teto

E descendo pelas bêra daquele movimento
Era luz branca vindo e as vermelha indo
Os jegue dos ôtro cabra tudo fazendo zuada
Perguntando se era palhaçada
Aquele sujeitin de jeguin andando fora da calçada
Por nunca ter visto tanto cimento

Então uma sinhá o parô
Vestida parecendo do cangaço
Miro os óio do sujeitin e só faltô jogá o laço
- Tá fazendo o que por aqui homem do mato?
Foi o que ela quis dizê
Antes de dispará o tapa que o derrubô.

Então o Zé Valente se alevantô
E meio se debruçando nos carcanhá
Tentô começá falá
Quando aquela bendita sinhá
Cum ôtro golpe o derrubô

O Zé deixô de sê valente
Se aprumou no seu jeguin
Saldô a sinhá com um xauzin
Abaixô as orêia e a cabeça
Desistiu da sua sorte
E voltô pra sua gente

Lá onde o Zé se esconde
Donde o povo vai ser tirado
Pelo povo do cangaço(senado)
Pra matá o Xingú
A vontade é de mandá
Todo mundo toma no ...

domingo, 12 de junho de 2011

Existe razão?

Foto: Autor Desconhecido

Quem um dia poderia dizer que haveria razão nas coisas feitas, ditas, escritas ou seja lá como forem definidas, pelo coração?
Poderia até achar estranho, mas era melhor não comentar, não era como na canção que ela havia de ter tinta no cabelo, não essa menina. Mas o brilho no olhar existia, e foi de repente que a encontrara. Por instantes até pensou em gritar – “Mônica? Mônica?” – Mas não haveria razão já que ele não era Eduardo.
Então continuou a pensar. Seu foco deixara de ser o evento a ser registrado, mas sim aqueles belos olhares que volta e meia o miravam. Na verdade não a ele, mas o que acontecia por perto. Por um instante conseguiu uma fotografia e ela parecia de longe ter escutado o clique da câmera, olhara no mesmo instante, e mostrou-se encabulada.
As coincidências com a canção poderiam até parar por ali, mas não, depois de mostrar-se encabulada, ela riu. Ele então ficara achando que ela o procuraria para saber um pouco mais sobre o, é, esquece, ele não era um “boyzinho” como na canção, mas ainda assim estava tentando impressioná-la.
Ao olhar o relógio ele se pegou espantado com as horas, sabia que deveria partir para outro compromisso, mas não conseguira. Pegou seu aparato eletrônico que realiza chamada apenas a cobrar e desmarcou tudo o que haveria de ser feito no dia. – “Bem na hora, eu ia me ferrar!”
E ao rodear o olhar para encontrá-la novamente, eis a surpresa, a encantada se foi e não deixou ao menos uma sandália de cristal. Como fazer para a encontrar se nem os telefones haviam sido trocados? Existiria razão?
Para ele sim. Então lembrou-se das imagens capturadas e do avanço tecnológico, tratou de divulgar as fotos, espalhou aos 4 cantos do mundo, até em um filme de Godard ela apareceu. Tentou em alemão, português, italiano e até francês encontrar a Monica da sua tarde.
Quando, eis que surge, não de moto, a melhor informação da semana, o nome real da fantasiosa história daquela tarde abençoada por olhares encantadores.  Enquanto ele ainda jogava futebol de botão, dessa vez só, chegara uma amiga da encantadora e divulgara seu nome como numa ópera.
Ele deixou de beber, cortou o cabelo e decidiu ir trabalhar para encontrá-la. Por fim trocaram telefones e agora, resolveram, talvez por poucos momentos, se encontrar.
E a pergunta que iniciou a história, vem pra terminar, ou ao menos ter a função de um refrão até a história se encerrar. Existirá razão?

quarta-feira, 8 de junho de 2011

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Carta aos leitores

Pôr do sol no Museu de Arte Moderna (MAM) Salvador/BA
Meus caros colegas blogueiros e leitores,

Infelizmente não tenho tido muito tempo para postar meus textos por aqui. Estou em um momento diferente da vida e por enquanto estou me dedicando a algo que veio complementar o que eu costumava fazer de melhor, escrever.
Como alguns de vocês já sabiam eu tinha como hobby predileto a fotografia e resolvi levá-la mais a sério a partir de agora.
Então estou me dedicando a essa nova mania e para não abandonar o blog, irei postar ao invés de textos, algumas das minhas fotografias esperando que vocês possam dar-me o mesmo carinho de sempre!

Um grande abraço e beijo virtual à todos.

Flávio Catão.

PAPOS E SUPAPOS

Mi Papos y Su papos!

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