sábado, 26 de setembro de 2009

Vida.

Respirar.

Olhar em frente. Seguir em frente.

Cuidado! Olha o buraco!

Outro tropeço.

Levantar, respirar.

Olhar novamente pra frente, e outra vez, seguir adiante.

Cuidado! Mais um desafio.

Outra vez no chão.

E torna a levantar-se, respirar.

Seguir adiante.

Cautela. Muitos perigos ainda virão.

Muitos chãos ainda pela frente.

Mas é só levantar e respirar.

Nada mais do que isso.

Pois a hora que não mais o fizer,

Será a hora que não mais viverá.

A graça da vida são as rasteiras que ela nos dá.

A graça das rasteiras é ver o chão mais próximo.

A graça de ver o chão mais próximo é saber se erguer novamente.

A graça de se erguer novamente é saber que a vida estará lá,

Pronta para te aprontar outra das suas.

Não desista nunca, apenas viva!

domingo, 30 de agosto de 2009

Ao meu melhor ângulo!


Me falta poesia na mente.


Distante de ti, mesmo tão próximo, me falta inspiração.




Na memória estamos nós.


No cristal da bola não vejo outro futuro.




Tento, em tua mão, ler o que virá pela frente.


Mas quando a toco leio o meu desejo de te ter novamente.




Me faltava brilho antes de ti.


Agora me sobram raios a iluminar os meus caminhos.




Era assim. Eu ali, você lá.


Agora? Tudo numa coisa só.




E quando penso que posso te perder, logo cá está você.


Logo volto a te querer.




Mas é teu olhar que me inspira a novas conquistas.


Diárias, Horais, Minutais, Segundais.




É a senhorita que me faz sorrir.


Como quem mistura a Ana com o Mar.




E quando acordo, corro para te deixar um bilhetinho.


"Bom dia amor, você me faz feliz."




E a nossa canção volta a tocar.


"É só fechar os seus olhos que eu irei te beijar."




E tudo que parece tão simples volta a complicar.


Pois a cada instante sem você, o sentimento torna a aumentar.




E a cada instante com você, o que sinto apenas cresce.


E descrente de não te ter mais, agradeço à estrela maior o tamanho do amor por você.




Que seja assim então.


Nós dois na mesma direção, mesmo que em direções opostas.




Pois se os dispostos se atraem e o opostos se distraem.


Que sejamos eternamente dispostos e opostos.




Que sejamos eternamente o que somos.


Nós dois no nosso melhor ângulo.


sábado, 29 de agosto de 2009

Vida em rascunho.



“Trago a ti, aqui, em um pedaço de papel desenhado a lápis, o que eu chamo de rascunho da minha vida.


Trago a ti os momentos alegres e tristes os quais passamos, e deixo marcado nesse rascunho as gotas de lágrimas derramadas, fazendo com que ao invés de borrões surjam efeitos gráficos inimagináveis.


Trago a ti os dias de sol em que estávamos juntos, mas sem deixar de rabiscar com dois traços um guarda-chuva para que nos cubra em meio às tempestades que surgirão.


Trago a ti as canções mais belas e desafinadas que toquei junto ao meu violão tentando alegrar-te nos momentos difíceis.


Trago a ti a minha voz de apoio e a minha esperança de que a ouça novamente.


Trago a ti todos os sorrisos que eu puder trazer para te fazer sorrir novamente e com ele deixo rabiscado aqui neste rascunho efeitos que deixam nossos olhos brilhando como sempre brilharam ao te receber de braços abertos.


Trago a ti palavras sem nexo, letras jogadas em meio ao pedaço de papel amassado, rabiscado, borrado, mas que em seu sentido real, cada uma delas demonstra o mais puro sentido da vida.


Trago a ti a esperança de haver sempre vida em meio a vários rabiscos e borrões, palavras soltas, olhares e sorrisos, choros, tempestades, alegrias e tristezas. Esperança de sempre haver uma vida em rascunho sendo transformada e moldada a cada instante em uma obra de arte.”

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Ao TM.

Prevalece.
Pré-valesse. Vale no pós também.

Ah! Se não prevalecesse.

Mas é assim, como o pratododia, é assim como tudo o que é bom.
Sempre vale.

Prevalece.

Não separa.
Não repara.
Mas da pedra mais alta eu avisto o meu anjo mais velho.
E as lágrimas percorrem.
Vale muito, tanto antes quanto depois.

Prevalece.

No peito, ao ver a minha Ana e lembrar do nosso mar.
Aperta, na garganta, um nó.
Vários deles entre nossos laços.
Amigos ao lado, a frente, atrás. Valem, e como vale!
Mais parece poesia.

Prevalece.

Ela, sempre. A poesia sempre.
Os momentos.
Sempre valem.

O cidadão de papelão, ele é o mérito, e também o monstro.
Ah! E a boneca? E os bonecos? Belos. Valem.
E quando a batida aumenta, vale ainda mais.

Prevalece, sempre, a poesia, a música, a mágica.

Pois eles, sempre prevalecem!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Fases.

Já quis ser, quando criança, um super herói. Queria saber voar, ser forte, deter vilões.
Descobri que para voar, apenas pagando.
Deter vilões, só se fosse ganhando mal.
A única coisa que consegui de um super herói, foi ser forte.

Já quis ser, quando pré-adolescente, um jogador de futebol. Queria ser campeão do mundo, ter fama, ter dinheiro.
Descobri que para ser campeão do mundo, tinha que ter sorte.
Ter dinheiro, depende de muito trabalho.
Fama, é possível, depende das suas pretenções.

Já quis ser, quando adolescente, um músico. Queria estar no palco, ser o centro das atenções, estar entre os melhores.
Descobri que para ser o centro das atenções, temos que ser fúteis.
Para estar no palco, ser bom o suficiente.
Levo comigo que para estar entre os melhores é preciso ser humilde e reconhecer o seu talento.

Já quis ser, quando saindo da adolescência, um hoteleiro. Quis ser um trabalhador, um cara normal, ter uma vida simples.
Descobri que para ser um cara normal, eu tinha que ser igual a grande maioria.
Para ter uma vida simples, eu teria que renegar minhas vontades e desejos.
Tirei desse meu momento que para ser trabalhador eu precisaria trabalhar muito com as coisas que eu realmente gostasse de trabalhar.

Hoje, como adulto, a única coisa que penso é em ser feliz. Ser um artista, um trabalhador e um amante.
Descobri que para ser artista teria que me tornar palhaço, malabarista, músico e fazer com isso tudo, as pessoas sorrirem.
Para ser trabalhador, teria que ter muita dedicação.
E amante, valorizar a família, os amigos e encontrar a pessoa certa.

E vocês me perguntam se eu sou realmente feliz?
Descobri que para dar essa resposta, basta eu me olhar no espelho, sem máscaras, sem fantasias, e se o sorriso surgisse, a resposta estaria dada.

Assim eu respondo:

- Estou sorrindo!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Um segundo.

Noite gélida sem teu beijo.

Lua escondida por dentre as nuvens.

Lá distante se vai.

Um lenço a abanar.

Como em tom de despedida.

Tom maior ou menor.

Cheio de magia.

Sustenidos, bemóis.

Tom sem som.

Toques sem tatos.

Apenas suspiros.

Respirações forçadas nos ouvidos.

E sem pesares peso meu sentimento.

Divido-o em casas.

Forço as escalas.

Descubro teu suspiro novamente.

É assim.

Sim.

Um piscar de olhos.

Tua ausência.

Um segundo sem ter.

Uma nota a se tocar.

Uma pausa que não existe.

Uma canção que recomeça.

O piscar se torna refrão.

Repentino.

Refém, te digo.

Sim.

É assim.

Um segundo a te tocar.

Os olhos cerrados.

Sem suspirar.

Um último pedido.

Para com isso.

Sem pausa.

Contínuo.

O sentimento não para.

A voz não cala.

A música não desafina.

O toque se toca.

E é assim.

Sim.

Um segundo a pensar.

Mais um segundo a te amar.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Saudade (Aos céus)

Tudo me lembra teu sorriso.

Era lindo demais me pintar e te fazer sorrir.

Mais bonito ainda quando me dizia o quão maluco me achava,

Mas mesmo assim, comigo e minhas peripécias, ainda babava.

Era tão bom sair contigo de braços dados.

Sentia-me imponente e forte.

O teu apoio.

Enquanto, na verdade, era em você que me apoiava.

Importante eram as vezes em que eu escutava sua voz dizer,

Que era eu o seu mais recente amigo verdadeiro.

Isso até hoje acalma minhas ansiedades.

Meus caprichos são caros, mas o maior deles não tem preço.

Meu amor por você, pela família e por um sol que me ajuda a superar tudo,

Esses caprichos não têm preço.

Era com capricho que te escutava,

Com respeito te entendia.

Hoje entendo o que dizia sobre estar entediada comigo.

Estou assim, entediado como você estava.

A cabeça borbulha pensamentos, vontades.

Mas os braços parecem não querer acompanhar.

Agora me peguei pensando que queria me ver “alguém” um dia.

Que não fosse um doutor da medicina, que fosse ao menos um doutor do sorriso.

Pois sorrir é a essência de viver bem.

Pois bem, sorrio como me ensinou até os teus últimos momentos.

Com brilho nos olhos te guardo no peito.

E a mente, remete a saudade.

A saudade, mesmo apertada no peito, remete a esperança.

Um dia te verei novamente.

Nossos sorrisos se encontraram novamente.

E com ou sem pintura, te mostrarei que, sim, fui alguém,

Que nem a senhora (sim! Senhora, pois agora estás enfim no céu) me ensinou.

Alguém que, sendo ou não doutor, é o que é.

Sem máscaras.

Um alguém real, que ama, chora, sorri, vive!

Saudade boa. Saudade real. Saudade que sorri e chora. Pura.

Agradeço.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Medo! Tolo!

É algo que não se explica,
querer?

Algo ainda não se aplica,
perder?

Medos, tolos.

Observo perante ao mar o seu balançar.
Teu caminhar me leva com ele onde ele vai.

Meu olhar se perde.
Me perco em lágrimas.

Medos, tolos.

Solenes são os seus momentos à minha vista.
Me pego sem pensar, a pesar.

De frente a parede.
Me prendo ao imaginar-te.

Medos, tolos.

Queria sorrir teu sorriso.
Me pego olhando nos seus olhos.

De frente a você.
Me construo em amar-te.

Medos? Tolos?

Medos sim, mas tolos não.
Te perder é, no momento, algo a não se pensar.
E não pensar é entregar-me.
Me ponho em suas mãos.
Me entrego a te amar.

Medo! Não me deixe tolo!

terça-feira, 21 de julho de 2009

Tempos de Sol

Era certo tipo de infidelidade do tempo comigo.
Ele costumava passar e não deixar rastros.

Não dizia boa noite e se queixava de tudo o que eu fazia.

Era uma inquietude com as minhas escapadelas.
Ele costumava escapar de mim sempre.

Não dizia nem boa noite e sempre escapava.

Era tão só quando eu estava por perto.
Ele costumava deixar a solidão demorar mais para passar.

Não dizia nem boa noite para me deixar mais só ainda.

Era tão, tão...
Ele costumava...

Não dizia...

Mas agora ele é tão, tão generoso.
Agora ele caminha lado a lado comigo.

Diz boa noite todos os dias, pois a certeza de que pela manhã ele voltará a brilhar não para de crescer nunca.

Sol meu!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Cotidiano

Essa semana ocorreu um fato engraçado.

Conheci umas pessoas de uma cidadezinha distante. Um sotaque engraçado, um certo “oxente”.

Nós saímos para passeios turísticos, daqueles que sempre fazemos quando chega alguém pra te visitar, daqueles que normalmente são chatos, mas que você faz de tudo para melhorar.

Fomos a pontos turísticos, mas nada foi tão interessante quanto a ida ao shopping.

Primeiro nós saímos de casa as 19:50 para tentar assistir um filme que começaria as 20:30. Tudo bem, até havia tempo para chegar, mas, não contávamos em encontrar tanta criança reunida em um único local.

Afinal, o que está acontecendo com os pais de hoje em dia? No meu tempo de criança, cinema era coisa rara, e quando eu ia ao cinema era na matinê, tipo, sessão das 15 horas.

Hoje não! O cinema com lotação máxima esgotada para um filme de animação para crianças as 20:30 e também as 21 horas. Ou seja, ou as crianças mandam nos pais hoje em dia, ou as crianças reprimidas de antigamente como eu, resolveram invadir o cinema no horário em que não podíamos ir anos atrás. Mas ao avistar tanto pirralho correndo de um lado para o outro, prefiro acreditar na primeira opção.

Tentamos adivinhar o horário desse mesmo filme no cinema próximo ao que estávamos. Decidimos ir o mais rápido possível para lá. Ao chegarmos, a surpresa, a sessão havia acabado de começar (20:55), mas que diabos! Porque números quebrados? Porque 1,99 se você nunca recebe 0,01 de troco.

Olhamos o horário da próxima sessão e mais uma surpresa, próximo horário, uma hora depois, 21:55. Desistimos novamente do filme e resolvemos ir andando até a casa.

O caminho de volta foi divertido.

“Não tem perigo voltar andando a essa hora não?” – me perguntou a visitante moradora da cidadezinha do interior.

“Claro que não, vai passando o relógio ai, e o celular também. É melhor manter eles comigo.” – precisavam ver a cara com que ela me olhou!

Após dizer que era brincadeira ela tentou me assustar, e conseguiu.

Tudo o que se faz na cidade dela, é resolvido na violência. A velha história daquele velho dito popular. “Aqui se faz, aqui se paga!”

Só não imaginava que isso se aplicaria a objetos e a você mesmo.

Ela me disse que o povo na cidade dela tem mania de falar batendo nas coisas.

“Olha mãe, um cachorrinho!” – da uma porrada no cachorro.

“Caim Caim Caim!” – sai o pobre coitado correndo.

“Que lindo filho!” – porrada no muleque.

Ela ainda me contou que tem mania de bater palmas quando está falando no telefone.

Imaginem a cena.

“Alô!” (clap clap clap)

“Oi amor!” (clap clap clap)

Me peguei pensando em como as pessoas andam, falam no celular e batem palmas ao mesmo tempo. Tipo, celular no ombro e na orelha, suspendendo o ombro para pressionar o celular contra o ouvido e assim, mãos livres para as palmas.

Está achando isso estranho? Imagina no banheiro, o celular toca, a pessoa atende, e, palmas, mas onde deixar o celular? Vai apoiar na perna e o celular cai dentro da privada.

“Oh amor, desligou o telefone na minha cara e não atendeu mais depois. O que houve?” (porrada nele).

“Fiz merda!” (clap clap clap)

Passa o cachorrinho! Bicuda nele! “Caim Caim Caim”.

E quer mais? Quando eles não encontram no que bater, eles se batem.

Isso mesmo. Quer descobrir se a pessoa é daquela cidade, repara se ela tenta te dar uma porrada, ou se ela mesma se bate. Se a pessoa fizer isso, pode ter certeza de que é dessa cidade.

Eu achei estranho, mas me lembrei de uma cena que me fez acreditar nela.

Um jogador de futebol, famoso, nascido na tal cidadezinha, participando de um jogo da seleção brasileira, momento solene. Hino nacional tocando, jogadores perfilados cantando, uns com as mãos para trás, outros com uma delas assentada no peito, e esse jogador em especial, se esmurrando no peito.

Das duas uma, ou ele estava fazendo uma auto massagem cardíaca já prevendo uma possível parada cardíaca, ou ele havia nascido na tal cidade.

Pois é...

Deixei o pessoal na casa em que eles estão e vim andando para a minha casa.

No meio do caminho avistei dois suspeitos vindo na minha direção, um cachorro e uma pessoa prestes a ser assaltado (eu mesmo).

Resultado?

Chutei o cachorro! Enfiei a porrada no primeiro que me disse boa noite e gritei para o outro – Sou de Juazeirooooo! – logo depois sai correndo me esmurrando até me sentir protegido.

domingo, 19 de julho de 2009

O Círculo - Sem fim.

Do inicio segue ao fim,

Do fim enxerga-se o inicio.

Do meio não se vêem as extremidades,

Nas extremidades não há mais meios.

Segue assim em uma rota infundada.

Uma rota que tentou-se afundar,

Afundou, afogou, mas a tona voltou, voltará.

Pois do fundo se vê a luz.

E se conseguimos ver a luz,

É porque um novo fundo vai existir.

Constantes idas e vindas.

Segue assim em uma rota prevista,

Incerta, mas a vista.

Prazo não se há, nem se parcela.

Pra que parcelar?

Se, a vista não tem prazo para acabar.

Durável, auto-sustentável?

Ato sustentável.

Assim são seus atos,

Sua vida,

Como em uma grande rota imprevista,

Como num círculo, sem começo nem fim.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Arte.

Arte? Sim! Arte.

Minha arte de estar presente onde você estiver.

De fazer-te sorrir a distância.

De sonhar ter tido a ti e agradecer por ainda estar aqui, e de ali poder estar também.

Minha arte de expressar o que eu sinto.

De demonstrar-te o que eu quero.

O quanto eu te quero.

Minha arte de chorar te vendo partir.

De encorajar-te a ir.

De esperar o teu retorno grudado ao teu peito, ao teu consolo.

Minha arte de temer o previsível.

De prever-te junto aos meus temores.

De ignorar medos e tempos e junto a ti sorrir.

Sim! Minha arte.

Minha parte de ti.

Teu pedaço de mim, meu amor sem cortes.

Sim! Sem partes.

Por inteiro. Artes!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Sem fim não há título (3ª Parte) ...

E no dia em que comemorariam seu centésimo dia juntos. Lila parte para reencontrar uma parte dela que havia se distanciado. Sua amiga, sua irmã.
Nosso jovem guerreiro sentiu aquele forte aperto no peito, mas segurou-se e fez com que Lila viajasse feliz prometendo-lhe que a esperaria sempre, ali, no mesmo lugar.
Para escapar da saudade nosso amigo guerreiro põe-se a escrever lembranças.
"Lembro-me como se houvesse sido ontem aquele 8 de Março. Um dia inicialmente triste, um desabafo, uma lágrima de saudade, a coragem de expor a todos os meus sentimentos. E você, Sol meu, lá estava ao meu lado, ao longo do dia."
Apenas para deixar claro, o jovem soldado havia sido ferido em uma batalha naquela data. Um ente querido e muito próximo dele acabou partindo para outro plano, superior ao nosso.
"Ah Sol, fazes tanta falta quando parte. Recordo-me do seu sorriso, das suas palavras. Sentiria minha falta quando eu partisse. E hoje cá estou eu, solitário, aguardando o teu brilho novamente."
Marcante aquela data, tanto para o guerreiro quanto para Lila.
"Tive asas por alguns instantes minha princesa. As tive, mas logo resolvi as guardar novamente. Tão mágico foi nosso momento. Um carinho no rosto, um sorriso com um brilho no olhar. Uma canção que por ti foi recebida por uma lágrima, e pronto, a certeza de que te amaria por muito, mas muito tempo."
Sim, eu posso confirmar, não estava presente no momento, mas, sim, naquela canção, naquela lágrima, nossos jovens se entregaram a chama ardente que os envolvia há muito tempo.
Algo mágico e inexplicável aconteceu naquele instante. A tristeza de momentos antes, dava lugar ao crescimento de um sentimento que o jovem soldado havia certeza ter banido do seu existir.
"Como é bom amar-te, como é bom calar o teu "nunca" com carinhos, olhares, sorrisos. É bom ter nossos desejos transformados em realidade. Viaja sim Sol meu, pois aqui estou eu a te aguardar. Pronto para no fim da tua viagem te abraçar, olhar nos teus olhos e te dizer, "amo você!". Cantar no teu ouvido novamente, deitar as armas as quais não me pertecem mais e erguer a todos que queiram escutar, o tom desafinado da minha voz a expressar o quanto admiro você."
É, e assim aquele jovem soldado passou seus dias sem Lila, a recordar os momentos únicos em que viveram.
"Meu sorriso, desde aquele dia 8 até o dia 18, apenas crescia, aumentava graças ao teu brilho.
Como poderia eu, deixar com que fugisse da minha vida? Essa possibilidade não mais existe.
Lembra minha princesa? Naquele dia 18 fugimos, nos enclausuramos em meus aposentos. Nos entregamos aos nossos momentos, nossos sentimentos. E sem pestanejar, coloquei-me diante de ti, olhando-te nos olhos, "namoro? Tem certeza?", sim amor, era aquio que eu queria! E tanto quis que hoje estou aqui, só, esperando o teu retorno, escrevendo e escrevendo e escrevendo."
Nosso jovem não mais conseguia parar de pensar, escrevia ao longo do dia e quando a noite ia chegando , nosso soldado se colocava a descansar pois acreditava que o tempo passava mais rápido se a noite passasse mais rápido com os olhos fechados para ela.
E toda noite, hoje, o jovem guerreiro se deita acreditando que o tempo pasará mais rápido para que possa reencontrar sua domadora de fogo, e para que isso aconteça, basta que ele feche os olhos para Lila voltar a brilhar.
...Continua...

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Sem fim não há título (2ª parte)

[100 dias...100 dias de sol...100 dias de risos bobos...100 palavras para descrever o sentimento]
...
E lá se encontrava aquele bravo guerreiro novamente. Rumo a outra batalha. Seguindo o mar. Seguindo ao mar. Distante de tudo em seus pensamentos, avistando o horizonte que o aguardava.
"O que será que encontrarei lá? Um horizonte tão distante que a cada dia que passa me parece mais próximo!"
Desde o dia 11 de Julho do ano anterior, prestes a completar hum ano do encontro com a jovem Lila, que o jovem soldado não consegue desviar dela e daquele encontro os seus pensamentos.
Os pensamentos não paravam, e ali logo em frente, um pedaço de terra solto em meio à imensidão azul que o cercava. Um pedaço de chão chamado de refúgio pelo nosso bravo soldado. Era onde ele se entregava as suas habilidades de fuga, onde o jovem admitia estar, sem acomodar com o que incomodava.
Eram constantes os momentos de vazio, solidão e escassez de pensamentos antes que, como um sol que voltava a brilhar, ela, sim, Lila, que ressurgia na vida do jovem guerreiro. Trazia com ela os raios emitidos pelo seu sorriso encantador e que perfuravam as nuvens negras que se faziam presentes no dia a dia do soldado.
Em meio as lágrimas, sorrisos voltavam a surgir. Em meio a tristeza surgiu novamente a inspiração de sorrir apenas por sorrir.
O sorriso do jovem guerreiro é tão alto hoje, mas tão alto, que até mesmo as pessoas mais distantes a ele podem escutar tamanha alegria, tamanha cantoria.
Em prosas, versos, canções, nosso guerreiro admite à sua felicidade o quanto é bom tê-la por perto.
"Sol meu, Amor meu, tanto no ar quanto no fogo me faz teu admirador. Teus singelos raios soltos sobre mim transfomaram-me em um ser que não sei se sei ser. Transformaram-me em um algo ou alguém que sempre quis, sempre sonhei. Respiro teu calor e envolvo-me nele. Atraco minhas embarcações no teu cais para não mais sair. Não direi jamais, mas, enquanto houver brilho e calor, estarei próximo a ti, e pelo que sinto mais vários dias virão por aí, e esses cem dias de hoje se tornarão muitos dias ao teu lado. Digo isso sem medo de errar."
Era notório o sentimento puro e sadio do jovem soldado pela senhorita domadora de fogo.
Era alma, era brilho, era chama.
Era uma nova era na vida dele. Era simples.
É, simplesmente, amor.
...Continua...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

À 4 pessoas que admiro muito...

Brota e gira para o sol
Segue assim o teu existir
Encantando
Cantando seguem a te ouvir
Em sustenido e bemol
Respeitando
De longe a soprar
Bate o vento que te levará
Avoando
Segue teu horizonte
Aterriza quando quiser voltar
Esperando
Esperança há de existir
Existência há de esperar
Avisando
Aliado ao nosso convívio
Vivo nossa aliança
Esbravejando
Admirando
Amigo.
(Admirar - Flávio Catão)

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Sem fim não há título.

[ Invasão da namorada pra deixar 'presente'. - Feliz hoje pra gente! ]


Um Soldado amargurado de suas guerras acabara de chegar numa aconchegante cidadezinha,

Repleta de pessoas bonitas e elegantes. Sente uma movimentação de euforia na cidade.

A única coisa que não se dispunha na cidade era de tristeza,

Pois aquele povo festeiro realizava saraus até as tantas da noite, até em Quartas-feiras!

Mas esta noite é especial. É o primeiro sábado do início do verão,

O baile esta repleto de crianças saltitando de um lado para o outro,

De donzelas abanando sagazmente seus leques a procura de rapazes solteiros,

Estes bebiam e boemiamente cortejavam-nas.

E assim punham-se todos na busca da procura de seus amores.

Passando defronte dessa alegoria, o soldado foi convidado para se juntar à festa, por uma mulher, de face angelical, que parecia o aguardar na porta.

Ficou extremamente entusiasmado com ela, e assim passou horas a fio conversando e incríveis momentos por entre as paredes do cortejo, não pareciam que havia apenas algumas horas que se conheciam! Mas com o tempo se tornou maçante ela se cansou!? Ele se cansou?! Ambos se cansaram!

E assim se pôs em direção à mesma porta pela qual entrou e quando estava colocando suas botas para fora...

Um lenço lhe caiu sobre seus pés, ele o pegou e quando foi levantando os olhos... Uma menina engraçada, lhe sorrindo as misérias já vividas.

E só desta forma permaneceu no local. Conversaram por alguns míseros segundos, mas já sentiam que se conheciam há muito tempo, porém ambos decidiram permanecer na amizade. Mas não foi isso que ele foi procurar no baile e novamente pôs-se a tentar sair do local.

Em vista disso, já sabes, ele apenas tentou! Mas não conseguiu abandonar a festa, algo o chamava para ficar, era o seu amigo, um velho companheiro Carlos.

“Fique! Preciso de duas coisas! A 1ª Que púnhamos os papos em dia, a 2ª daqui a alguns instantes verá!”

Conversa vai, conversa para, conversa vem... Conversa interrompida

Uma chama no ar, e a multidão se assusta e se encanta,

Uma graciosa criatura aparece, trajando uma segunda pele rubra que luzia sua face.

E um rechonchudo começou a gritar:

“Senhoras e Senhores, respeitável público, fazemos parte do gran circ e gostaria de lhes apresentar o espetáculo Pur-Agraciat. Com a domadora de fogo!”

Com graça e ginga, ela ia de um lado ao outro com suas tochas,

Passeando o fogo pelo corpo como se gostasse da sensação do queimar,

"Mas veja! Ela não se queima’’

Diziam as vozes assustadas e encantadas com tal feito.

Conduzia com maestria aquela festa, animando e excitando o público.

O soldado, pasmo pela domadora perguntou ao companheiro quem era.

E ele respondeu com tom de soberania:

“Era o que eu queria que você visse. Ela é minha companhia desta noite.”

E a exibia como um troféu.

A fim da apresentação ela foi até os dois.

Deu um inocente beijo em Carl como o chamava,

E apresentou-se: “Sou Lila”. E encantado o soldado responde: “Prazer...”

Depois de algumas bebidas, a conversa que era a três, passou a dois,

De tanto beber, Carlos debruçou-se por cima da mesa e dormia pesadamente.

O sol nascia e não havia um passante na rua.

“Quer que eu te acompanhe até sua casa? Posso Carlos?”

“Pode!” Disse claro e alto, e cochichou o medo entre os ouvidos de Lila, que responde;

“Ficaria grata.”, voltando-se ao soldado encabulada e continua: “Não se preocupe.”, passando a mão por entre as curvas do rosto do seu enamorado.

No caminho uns bêbados jogavam-se na calçada na frente da domadora que assustada segurou-se no guerreiro que lhe tomou a mão fingindo-se de namorado.

Ao chegar a casa dela, ele abriu o portão num ato de cavalheirismo e ela disse:

‘Eu NUNCA vou ficar com você! Prometi isso a Carlos hoje!”

“Vamos nos casar ainda!” – Respondeu seu soldado, tão firme quanto ele segurava uma arma nas batalhas da guerra.


...Continua...


[ Espero que goste. TE AMO! ]

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Nossos escuros momentos!

Após tanto te esperar, eis que volta para amar-me novamente.
Aquela tarde do sequestro ficou na minha memória, aquele beijo de despedida me fez imaginar como seria o próximo encontro as escuras.
Em mais uma fuga, em meio a um dia chuvoso, te encontrei.
Assustada pela minha presença em seu lar, por estarmos sozinhos, resolvemos então nos esconder em um local escuro.
E aquele filme me veio à mente outra vez. Não! Não o filme o qual estávamos assistindo, mas nossos momentos de fuga, nossos momentos secretos de indecência.
Sentados em meio a multidão fingíamos não nos preocuparmos com os olhos ao nosso redor e, discretamente, nos amávamos, nos tocávamos, nos sentíamos como a muito não fazíamos.
Nossos olhos se procuravam, mas no lugar deles, eram chamas que encontrávamos. O que esperar de dois sóis fingindo estar a sós?
"Medo? Alguém pode chegar!"
Acalmamos com beijos, tateamos nossos desejos, deixamo-nos em sintonia conosco, porém fora do ar de quem quisesse entender.
Logo, como que em troco, quem partiu dessa vez fui eu, mas não resisto, não existo sem você perto.
Retornei no dia seguinte.
"Medo! Alguém pode chegar!"
Sim, poderiam nos ver facilmente onde estávamos.
Mas nosso amor é cauteloso, nossos momentos são tão nossos que ninguém sente quando eles estão acontecendo.
E lá estávamos nós, a olhar um pequeno planeta distante, com seus vulcões, com a sua rosa e com o seu pequeno "baobá" que insistia em crescer, tudo ao mesmo tempo apimentando nosso segredo.
Deliciava-me com as suas desnudas pernas ao meu lado, macias, quentes, apenas com os olhos, sem toques. Minto. Mas não digo.
Teu cheiro me fez suspirar mais vezes do que o de comum. Teu ar de pureza se transformava a cada segundo me transformando também. Insaciável.
Sinto-te pura e prezo por tal pureza, com isso deixo guiar-me onde queiras ir.
Agora nos levantamos, nos sentamos à mesa e nos deliciamos com guloseimas que nos foram preparadas e que por nós são encaradas como sobremesa.
Partimos para um passeio sem tantas paixões, apenas com o nosso amor em seu estado mais puro ao lado. Sabíamos que quando voltássemos ainda haveria breves momentos para nos gravarmos ainda mais em nossas memórias.
Dito e feito. Logo mais a noite nós voltamos ao nosso escuro mundo "dulitário" e não mais solitário.
Nos entregamos novamente. Seu vestido se balançava seguindo o ritmo do teu corpo, e, em um rápido instante, se contraía.
Amamos. Nós. Novamente. Sós. Sóis.
"Amo você sol meu. Em breve brilharemos em nossos escuros momentos novamente."



segunda-feira, 18 de maio de 2009

Destino.

"Hoje eu estava andando e...
- Droga, chutei uma caixa. Até que não era grande, mas era uma caixa! Nela poderiam estar os sonhos de alguém. Ou apenas memórias que o dono não mais as queria.
Continuei caminhando, mas aquela caixa não me saia da cabeça. A deixei para trás perdida em algum lugar por perto de lugar nenhum.
- Será que a encontrarei novamente? Não! Não a caixa que chutei, mas sim aquela que eu escondi na outra cidade que vivi! Quando tinha apenas 14 anos de idade.
E no meio da caminhada...
- Senhor, senhor. Por acaso essa caixinha é do senhor? A vi no momento em que a chutou, e desde então não paro de te seguir tentando devolvê-la.
Parei diante de tal radiante beleza, era uma jovem linda.
- Não senhorita, esta caixa não é minha, pode ficar com ela se quiser.
- Mas senhor...
- Não senhorita, não insista por favor, não vejo uma caixa dessa há anos, tenho certeza de que não é minha.
- Então tudo bem, desculpa o incomodo.
Continuei a andar...
- Senhor, senhor!
- Pois não senhorita?
- É que não pude deixar de notar, há mesmo algo em que eu posso ajudar o senhor? Notei um ar meio triste na sua expressão ao ver a caixa.
Pensei muito por alguns instantes.
- Você quer me fazer companhia senhorita? Abriremos juntos essa caixa. Veremos o que tem nela e assim, acabaremos com a nossa curiosidade!
- Então tudo bem senhor, mas te garanto uma coisa, não estou nem um pouco curiosa para saber o que há nessa caixa.
Juntos caminhamos. Eu e aquela linda jovem. Seu belo e rígido corpo embaixo daquele vestido que se balançava com o vento me hipnotizava, mas eu estava realmente ansioso com a caixa.
Encontramos um banco, em meio a uma pracinha deserta. A luz do poste falhava, piscava como se estivéssemos em um baile. Aliás, baile é "coisa antiga", como se estivéssemos na balada.
- O senhor não vai abrir a caixa? Estou tímida de tanto que me olha!
- Er... Desculpa minha jovem, me encantei com a tua beleza e não mais me importo com o conteudo da caixa.
- Obrigada pelo elogio, mas vamos abrir a caixa, agora quem está ansiosa sou eu.
Paramos por alguns instantes nos olhando, e depois estudando a caixa. Ela parecia não ter abertura. Até que a bela moça colocou suas mãos suavemente sobre a minha e...
- Posso tentar?
Respondi que sim na mesma hora, hipnotizado por tamanha quentura naquelas mãos suaves. Peguei-me imaginando tantas coisas e em questão de segundos, não era apenas o corpo dela que se mostrava rígido por baixo da roupa.
- Pronto. Está... Mas que papel é esse?
"Que vocês sejam felizes eternamente. Pois foi com essas alianças que me senti a pessoa mais amada do mundo, e que retribui da mesma forma, como não haviam mais herdeiros para repassá-las, aqui vos repasso de maneira secreta, para que se amem da mesma forma que eu e minha falecida esposa fizemos.
Ass.: Sr. Destino."
Como poderia alguém brincar com o destino e a sorte de alguém daquela maneira? A jovem moça então, ao perceber o meu olhar, completou e me respondeu!
- Eu imaginei que eles fossem agir assim após a minha partida, não pude ver a dor da minha mãe antes de ela falecer e fugi, corri pra bem longe, pra uma cidadezinha lá longe. Morei numa casa onde anos atrás morava uma família que se mudou para cá, achei muita coincidência. Encontrei nessa casa uma caixinha, vazia, na verdade, essa mesma caixinha. A enviei para o meu pai com os dizeres. "Desculpa pela minha fraqueza, eu amo tanto vocês que não aguentaria a dor de vê-los partindo.". E hoje, quando enfim tive a coragem de voltar, em frente a casa do meu pai estavam carregando a mudança dos móveis para a casa dos meus tios, e essa caixinha caiu no chão e o senhor a chutou. Confundi achando realmente que o senhor fosse o dono, mas...
E sem pestanejar, sem pensar em mais nada, eu a beijei.
- O que é isso?
- Pois então minha jovem, me perdoe, não pude resistir. Quando me contaste que morava na cidade de onde vim, e que na casa em que morava havia tido uma familia que veio para cá, e que encontraste essa caixa vazia, logo me dei conta de que essa caixa era realmente minha. A deixei para trás dizendo que não acreditava no destino, e que se ele realmente existisse ele me mandaria o grande amor da minha vida ao meu encontro, desde então, nunca me apaixonei. E estranhamente, no momento em que eu chutei a caixa, eu me distraia com a sua beleza. Você passou bem no instante em que a chutei, e durante alguns passos me lembrei da minha velha caixinha. Obrigado por me trazer meus sonhos e meus desejos novamente.
Então levantei-me e comecei a caminhar. Olhei para trás e a jovem estava ainda com o papel na mão.
- O que houve senhorita? Desculpa se te assustei.
- Não senhor, aliás, como devo chamá-lo? Já que o destino nos uniu, não quero um desconhecido na minha vida. Creio que o senhor se enganou quanto a esta caixinha ser sua, há nela um nome escrito, mas é um nome de mulher.
- Sim. É verdade. Há mesmo. Foi o nome que a mamãe disse que colocaria na filha mulher se um dia ela a tivesse. Mas não o fez. Marcella. Belo nome não?
E sem pestanejar, aquela linda jovem se atirou nos braços do destino e após outro beijo.
- Prazer, Marcella!

sábado, 2 de maio de 2009

Aquela tarde. (Trecho de Memórias)

Pareceram-me eterno aqueles nossos poucos minutos de fuga em meio aquela ensolarada tarde.
Apenas ao olhar-te com aqueles decotes maliciosos é que me surgiu a idéia do sequestro, da fuga. Até sentia nos seus decotes e nos seus olhares a vontade de ser roubada antes do seu compromisso.
Assim o fiz, levei-a para um daqueles lugares onde não se deve ir. Mas não pude resistir, e quando percebi, lá estávamos nós.
Seus decotes faziam parte do passado já, e em meio a nossa inocência nossas roupas se espalhavam no ambiente.
Nem claro, nem escuro, cortinas fechadas para evitar que alguém pudesse notar a nossa presença, e sem mais demoras, estávamos ardendo em chamas.
Palavras eram gemidas em nossos pensamentos e ditas em silencio em nossos ouvidos. Compreendiámos-nos com olhares e toques. Nem bem sabíamos o que estávamos fazendo, mas estávamos lá, nos desvendando.
Seu cheiro expelia vontades e desejos, e eu, poderia o sentir a quilômetros de distância, mas nem precisara me esforçar tanto, pois você estava ali, inteira ao meu alcance.
Minhas mãos deslizavam sobre a tua pele, macia, quente. Segurava na tua nuca querendo te dizer o tamanho daquele momento para mim, mas não havia tempo para isso.
Suas mãos me buscavam e me levavam a maior intimidade que já havíamos tido.
Por alguns minutos nossos dedos se entrelaçaram e não se soltaram, nossas mãos seguiam juntas para onde quisessem ir, e tive a sensação de que éramos apenas um.
Senti toda a tua inocência ao te abraçar, tive a certeza da pureza dos nossos sentimentos quando nos olhávamos e descobríamos cada sensação nova juntos.
O tempo passara devagar e rápido ao mesmo tempo, parecia que até ele se empolgara conosco, até ele entrelaçara as mãos junto às nossas para aproveitar de tamanho momento sublime.
Aquele ambiente deixara de existir fisicamente para nós, estávamos em outro plano, superior ou inferior, não importa, mas estávamos perdidos em nossas riquezas de sentimentos.
E quando senti a água tocar nosso momento, olhei nos seus olhos, ardiam em chamas, lacrimejavam, assim como os meus, ambos acreditávamos que aquele era o ápice da tarde.
Amávamo-nos sem pudor.
Por fim, deixamos nossos segredos, desejos, sentimentos, nossa tarde desvairada para trás. Saímos de lá como se nada tivesse acontecido, mas com um ar de que nada nos faria esquecer aquele momento.
Deixei-te no local do teu compromisso e fui de encontro aos meus. Friamente nos despedimos. Era de certo um disfarce a quem nos observava, pois nossos olhos brilhavam a vontade de esquecer o lugar que estávamos e nos entregar novamente a luxúria.
Um beijo, um até breve, um sorriso no canto do rosto, e o sussurro apaixonado no ouvido.
"Até breve então amor meu!"

terça-feira, 21 de abril de 2009

Ar.

Ar?
Cadê o ar?
Estava aqui agora mesmo, e parece ter fugido de mim!

Ar! Volta!
Quero respir(AR) teus suspiros.
Quero suspir(AR) no teu respir(AR).
Ous(AR) no teu ouvido a respiração de arrepi(AR) que só você sabe d(AR).

Ar?
Senti ele partindo ontem a noite, e não mais voltou.
Suspiros no meio da noite me remetiam a est(AR) do teu lado novamente. Mas sem ar, sem você, madrugada a fora, cada vez mais só parecia est(AR).

Que falta é essa? Será de ar?
De luz?
No canto da escuridão me lembrei da luz emitida por ti.
Apressei-me em ilumin(AR) e me deparei com teu sorriso novamente.

Ar? Sim, voltou com tua luz.
Brilha meu sol, vivo de ti e do nosso ar.
Sem isso, durmo, sem nem mesmo sonh(AR).
Esperando o tempo pass(AR). Cadê?

Acordei para te lig(AR).
Sonh(AR)? Agora sim!
Am(AR)? Sempre am(AR)ei.

Te amo, meu sol, meu ar!


PAPOS E SUPAPOS

Mi Papos y Su papos!

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