domingo, 27 de fevereiro de 2011

Honra, mérito e amor!

Tive tanto medo. Haviam horas em que eu não sabia mais o que fazer. Olhava todos ao meu redor e me faltava um pedaço.
Pude observar tanto medo nos olhos dos meus companheiros.
Nossos peitos estavam sendo alvejados, nossos sonhos eram dilacerados a cada nome citado antes da partida.
Em formação olhávamos uns aos outros, éramos meninos saindo de casa.
Respirava muito fundo.
E quando começavam a querer rolar as lágrimas eu as continha, num esforço único.
Cerrava forte os punhos.
A cada passo dado em direção ao ponto de encontro para a nossa partida eu deixava para trás uma gota do meu sangue.
E se eu não conseguisse voltar não tinha a certeza se estaria com o meu dever cumprido.
Não queria partir com honra e mérito sem ter tido a honra e o mérito de te ver crescer.
E quando estávamos lá, levantando vôo, todos havíamos lembrado o quão criança somos ainda e passamos a chorar compulsivamente.
Quanto mais distante de casa, maior a dor no peito.
Mas eu haveria de ser forte, eu teria que passar por todos aqueles obstáculos para poder te ver novamente.
Teria que superar o medo, as adversidades para olhar-te nos olhos outra vez.
Então encorajei-me. Lembrei-me que certa vez o meu pai havia dito que ter coragem é ter medo com vontade de superá-lo.
Meu medo era te perder ou que você me perdesse.
E a minha coragem era ter que lutar a favor de tantos outros jovens pais como eu, pois acabei por perceber que era por você e por todas as outras crianças que eu deveria voltar, com honra, com mérito.
Assim o fiz. A cada bomba lançada, a cada arma disparada, a cada ferida, eu lembrava do seu sorriso, do seu pedido e me erguia novamente.
Levantava os meus amigos que iam caindo no chão.
Sempre firme.
Até que por fim, anunciaram a nossa vitória, ganhei a minha medalha de honra.
Meu mérito ainda estaria por vir.
Hoje desembarco com a sensação de dever cumprido, mais homem do que nunca. Ao menos era o que eu pensava até te ver correr aos meus braços.
Ajoelhei-me.
Te peguei com os mesmos braços que me sustentaram firmes em meio a todo aquele terror.
Chorei compulsivamente. Estava novamente em casa. Com honras, méritos, mas acima de tudo, com amor.
Obrigado minha pequena guerreira, minha força.
Minha maior coragem!

Foto: Blog Bloínquês


****58ª Edição Visual do Projeto Bloínquês.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Aos 11.

Era fim de tarde naquele lugar que não havia nada para fazer a não ser ler, escrever e observar.
Então resolvi fugir de casa, apenas para observar o mar.
Carreguei comigo dentro da mochila um caderno, uma caneta e minha barraca.
Não pude deixar de levar uma lanterna, afinal estava escurecendo.
Após uns quinze minutos montando a barraca na areia da praia (na verdade foi um pouco mais, mas quero mostrar que consegui fazer como diz na caixa que ela veio), entrei na barraca e fiquei admirando o ir e vir das ondas.
Reparei lá no horizonte, distante da praia, uma luz solitária.
Levantei-me e briguei comigo por não ter levado o binóculo com visão noturna que comprei pela internet.
Enfim, fiquei forçando a visão.
A luz estava se aproximando, nem rápida nem devagar, apenas aproximava-se.
Foi tempo suficiente de sentar e começar a escrever sobre ela.
Vez ou outra a perdia com o movimento do mar.
Ora ela estava no alto, ora não.
Reparei no céu e vi uma luz nem tão distante nem tão perto, que também se perdia no movimento das nuvens.
Estava claro que seria de um avião.
Não acredito mais em OVNI's, na verdade acho que nunca acreditei.
Ela não parecia se aproximar, mas também não parecia se afastar, apenas sumia vez ou outra.
Voltei o olhar para a tal luz no meio do mar. Ela se aproximara o suficiente para eu enxergar uma pequenina embarcação.
Havia dentro algo que se movia. Um ET não deveria ser né?
Fiquei parado olhando. Tentava fazer sinal de fumaça com a lanterna! (Inteligente!)
Claro que não conseguiria escrever SOS com a luz da lanterna, mas mesmo assim continuava.
E de lá, no barquinho, a luz parecia querer me dizer algo também.
Olhei o céu rapidamente, e a luz que brilhava antes, resolveu parar de brilhar.
Busquei o barco e a luz parecia ter se apagado.
Fiquei realmente assustado e comecei a acreditar que OVNI's e ET's poderiam estar tentando me enlouquecer.
De repente, atrás de mim surge uma luz forte, que chegou a me cegar.
Não houveram meias palavras. Não houveram palavras.
Eu tentava revidar com a minha lanterna, mas nem afetava a luz que vinha de onde ainda não sei e para onde muito menos.
Um estrondo, forte, de porta batendo.
Me assustei, me enfiei na barraca e fechei tudo! (Inteligente outra vez! Como se a barraca não abrisse por fora!)
Me encurralei no meu próprio esconderijo.
Ouvi o zíper da barraca ser aberto, a essa altura eu já estava de olhos fechados e rezando até para o São Longuinho me achar e me tirar dali antes de eu ser capturado.
Algumas risadas.
"Flávio, você é abestalhado? Sai dessa barraca, volta pra casa que está na hora da janta menino!"
Acabaram com a graça. Estava tão divertido brincar de invasão espacial.
Porque os adultos cismam em terminar com a brincadeira das crianças bem na melhor hora?
Droga!
E pra piorar. Sopa de cebola com repolho!
Preferia ter sido abduzido!

Noite.

(Foto: Google Imagens)

Não é noite, mas parece.
Pareço estar vivendo numa penumbra.
Todos os movimentos necessitam de cautela para não pisar novamente em nenhum caco.
No chão estão os vários espelhos que devo ter quebrado, pois já se passam mais de sete anos de azar.
Cada movimento errado significa um novo talho na sola do pé.
Essas feridas vão maltratando.
E sem mais delongas deixo aqui marcado que vou partir.
Não quero mais ter essa angústia no peito.
Cansei de ser taxado como o peso.
"Nossa, mais um pedaço de vidro encravado no coração."

Não é noite, mas parece.
Um breu por completo assombra até a minha sombra.
Até ela me deixou para trás.
Me deixou um bilhete que dizia.
"Vai agora enquanto ainda é tempo, foge, você sobreviverá!"

Não é noite, mas deveria ser.
Para que ao menos no canto do quarto eu pudesse sentar e chorar.
Chorar a raiva, a vergonha.
Chorar sem ser incomodado.
E na canção.
"Não acomodar com o que incomoda!"

Não é noite, mas poderia.
Pois nela ao menos eu tenho certeza que ao fechar os olhos, nos sonhos, eu veria cores.
Nos sonhos eu veria o teu brilho.
Poderia ser a noite para me fazer respirar fundo sabendo que o ar da manhã tocaria a minha face ao despertar-me.
Onde eu levantaria e não sentiria o peso que tenho sido.
"Não faz nada!"

Não! Ainda não é noite, mas se preferir, eu posso fazer ser.
Posso silenciar os meus dedos eternamente.
Calar as minhas vontades e desejos.
Vez ou outra sussurrar para os outros o que fazer para voltar a sorrir, pois do meu sorriso eu já desisti.
Posso sim, fazer o dia virar noite, só depende da minha coragem.
"Coragem é a presença do medo e a vontade de superá-lo."

Ainda não é noite, ainda não é o fim, e não! Não vai ser.
Tenho força!
Fé.
Nem que eu vá com os pés cortados, com vidro cravejado no peito, cheio de dor.
Vou.
Pois não me falta coragem.
Não me falta certeza de que em algum momento a noite para mim, voltará a ser apenas uma parte do dia.
Então, quando essa noite chegar no meu dia, te direi com todo amor do mundo.

"Por todos os dias que me fez passar as escuras e por todas as noites que me fez passar em claro. Eu não te abandonarei. Eu te amo. Durma bem. Boa noite! E obrigado por me fazer forte como sou hoje! Eu te perdoo!"



sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Querer nem sempre é poder.

Não.
Eu não te amo mais.
Não quero mais ter você por perto.
Não tem mais sentido.
Isso!
Essa é a palavra.
Sentido.
Tenho sentido você distante.
E os meus sentidos te querem mais distante ainda.
Distância!
Nossa, essa maltrata.
Se fosse apenas a vontade de te sentir longe! Mas não é.
É pior!
Além de te sentir longe, eu sei que você estará longe.
Tão longe quanto aquele sempre te querer.
Pois é. Coloquei ele lá fora!
Junto com o lixo, mas coloquei nos recicláveis.
Quem sabe não se recicla um dia.
E acaba por voltar né?
Calma! Não! Não precisa parar de ler.
É uma coisa boa não te querer agora.
Te querer longe.
Te mandar para a reciclagem.
Quando voltar, vai parecer que é novo.
E quando é novo é tão fantástico.
É gostoso.
Aquele frio na barriga. A luta para conquistar!
Eu acredito nisso. E você também pelo visto!
Então chega! Estou indo.
Sei me cuidar bem só.
Ao sair, depois de mim, tranca a sete chaves essa nossa porta!
Manda a chave pra mim por correio.
Te mandarei postais dos portos em que eu parar!
Não se preocupe.
Até sinais de fumaça chegarão para te dizer novidades.
Enquanto isso releve o início.
Eu quero aquilo tudo agora, mas saiba que querer nem sempre é poder.
E eu não posso deixar de te querer nem de te amar! Acontece né?
Então, até a volta.
Um beijo.

Dia de colo.

Observando o tempo passar.
Deitado na rede fico a pensar.
No som um samba toca.
E quão sofrido ele é.
Aliás, como todo bom samba é.
Sofrido, cheio de saudades e com muito amor.
É. Hoje é um dia diferente.
Dia de sorte para uns.
E de nem tanta para outros.
Um dia em que um colo resolveria todos os problemas.
E se não os resolvesse, os aliviaria.
Então deito-me na minha vontade.
Enxugo as minhas saudades.
Espero.
Pois num dia desses a única coisa capaz de salvá-lo é a esperança.
E nela eu confio!
Um dia volto a me entregar.
Te sentirei na minha vida eternamente.
Um dia voltará!
Enquanto isso fico no aguardo de um colo para me levantar!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Montanha.

Que montanha fantástica!
Serena, parece música.
Escalar me remete a escalas.
Sem tempos.
Sem pausas.
Escala pura.
Acordes naturais.
Maiores.
E volto a escala.
Volto a escalar.
Volto a montanha.
Fantástica.
E quando olho ao redor.
Várias.
Sobem, descem.
Russas.
Montanha-russa me lembra velocidade.
Adrenalina.
Sangue quente.
Já no alto da montanha, frio!
E volto a montanha.
Enorme.
Coberta de gelo.
Avalanche.
Corre.
Perigo.
Cuidado.
Me remete ao medo.
Te perder.
Saudade.
Enorme.
Igual a montanha.
Então me sento e observo.
Ela lá, serena.
Que nem música.
E a música alta, adrenalina.
Esquenta o sangue.
Ferve e faz desabar uma avalanche de sentimentos.
Medo, te perder me dá medo.
Então, saudade!
Fica.
Senta aqui comigo, e apenas observa a montanha.

Uma noite de sonhos bons e surpreendentemente de sono bom. ;)

Era para ter sido apenas mais uma noite daquelas sem graça iguais a todas as outras.
Ao longo do dia o peito havia sido massacrado por uma angústia. Ansiava por aquelas letras soltas me dizendo coisas, oras tolas, oras não, mas sempre valiosas.
Como todo o pouco tempo tem sido.
Valioso.
E na hora em que me despedia da angústia. No exato momento em que a seta se encaminhava ao alvo. Onde o sair e fechar seriam o desfecho de mais um dia escandalosamente nublado. Eis que surge em minha janela, ainda aberta naquele instante, o brilho trazido pela lua.

Cativou-me tanto que fiquei a te olhar!
Pulei para o encosto do sofá com o violão no colo e fiquei a te dizer bobagens.

Como seria confortante escutar-te a me desejar uma boa noite de sono e sonhos.
Seria fascinante descobrir o quão doce seria esse instante.
Pois iria deixar de fazer parte do campo imaginário e passaria a fazer parte da realidade.
E como é boa a realidade de poder te ter, não próxima o bastante, mas de te ter!
Foi uma noite encantadora. Demorei para pegar no sono.
Fechava os olhos e como num filme onde a imagem vai se aproximando do personagem que está pronunciando algo, você aparecia.
Sonhava ainda acordado.
Como não haveria de ser a noite então? Sonhos ruins? Esses com certeza passariam longe de mim.
Enfim sonhei.
Não com você. Seria muito fácil, mas não foi com você!
Sonhei com o início de um arco-íris bem em cima de mim. Muitas cores. E resolvi por escalá-lo.
Nossa, a cada passo, a cada subida, mais cansado eu ficava, mas desistir para quê?
"No fim dele há de existir um pote de ouro!"
Continuei. Sou brasileiro. Não desisto nunca.
Quando cheguei no topo, senti que havia vencido bastante. Olhava lá do alto cá para baixo e imaginava que era um dos poucos que havia conseguido tal feito. Mas de que adiantava aquela vista? De que adiantava tanta beleza? Tanta cor? Eu estava só. Precisava compartilhar com alguém.
Pensei no pote de ouro e voltei a caminhar.
"Para baixo, todo santo há de ajudar."
Desci como brincadeira de criança. Um escorregador. Joguei-me de cabeça como quem se atira ao mar. Ao chegar no fim do arco íris não havia pote de ouro.
"Gnomos danados, esconderam-no de mim!"
Sentei-me atônito. Não podia acreditar que não havia nada ali.
Até que veio uma pessoa em minha direção e me estendeu a mão.
Era uma mulher. Veio de jeans. Uma blusinha decotada florida. Tênis. Óculos escuro.
Seus cabelos, mesmo presos, bailavam com o vento.
Fiquei paralisado. Enfim havia encontrado o pote de ouro.

"Ah gnomos! Me aprontaram mais uma!"
E ao retirar os seus óculos, lá estava o brilho do tesouro!

Me encantou.
Acordei entusiasmado.
Decidido a ir atrás do meu tesouro de olhos e olhares cativantes.
Te trarei ao meu lado e te guiarei ao topo daquele arco íris onde nos perderemos em nós.
Mas por enquanto, enquanto ainda é cedo, estarei a aguardar mais "boas noites e bons sonhos" como os de ontem!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Aquele estranho dia que não passa.

O dia amanheceu meio nublado.
Eram ainda 7:15 quando me despertei e vi que o dia tinha toda tendência a ser aquele estranho dia que demora a acabar.
Sentei-me na beira da cama, espreguicei-me e levantei.
Muito silenciosa a casa. Os cães não latiam, os pássaros não cantavam, as ondas do mar não bailavam.
Fui até a cozinha, preparei o meu café solitário de todo dia e sentei-me à mesa para observar o vai e vem das moscas.
Ao terminar o café.
"Silêncio! Quero escutar o vazio da vida!"
Sim. Era com as moscas que eu falava! O estranho é que elas obedeceram como cães muito bem treinados.
Sentaram-se enfileiradas sobre a mesa e ficaram imóveis.
Não reparei nelas. Não reparei nem nos pássaros que me olhavam aparentemente assustados.
Resolvi então caminhar pela casa. Uns três giros ao redor dela e percebi que o tempo parecia estar parado, exceto por alguns insetos que passavam por mim.
As árvores não se balançavam como de costume, aliás, não havia balanço nenhum.
Sentei-me no portão de casa, de uma ponta a outra da rua tudo imóvel. Lá no iniciozinho dela não havia mais balanço do mar.
Achei estranho, mas deixei pra lá.
Peguei a bicicleta e fui ao exercício diário. Sai pedalando, fui atrás da civilização. Notei algumas pessoas sentadas na praia a observar o mar. Outras sentadas frente a porta de casa. Outras nas janelas. Todas com um único objetivo, deixar a vida passar.
Era tudo muito imóvel para mim.
Acelerei a bicicleta, o máximo que as pernas aguentavam, para tentar dar mais movimento as coisas.
Quanto mais acelerava, mas rápido deixava para trás aquela imobilização.
Foi quando de repente à minha frente, eis que surge uma criança, bela, de sorriso frouxo e cabelos que voavam mesmo sem o vento.
Encantou-me.
Freei a bicicleta e sentei-me para observá-la.
"Silêncio.Não percebem que quero escutar o som da vida!"
Quando dei-me conta, esse tal som, era o pulsar do meu coração!
Estava então pronto para novamente amar!

A ti.

Te devo o melhor cinema.
Um chocolate quente com conhaque num dia frio.
Me cobre, por favor, as aulas de malabarismo para que eu não esqueça.
Não posso deixar passar também a possível dança no meio do nada ou na frente de tudo.
Te cobro apenas umas pequenas aulas que não seriam tão valiosas quanto o tempo ao seu lado.
Então com tanto dever não sei nem por onde começar.
Começo aqui, cumprindo a primeira promessa.
Baseado em teu olhar.
E que olhar fora aquele?
Direcionado à mim!
Pois não diga que não.
Se me enviaste aquela foto, aquele olhar com certeza era para mim.
Um que de rebelde, um que de malícia.
Um alfabeto inteiro para descrevê-lo?
Não conseguiria nem se iniciasse uma tentativa.
Não que faltem adjetivos na nossa língua ou por falta de inspiração.
Mas pelo simples fato dele ser indescritível.
Perco-me no tempo então tentando criar uma descrição para ti.
Não sai nada!
Parece morna a inspiração hoje.
Mas é de tamanho encantamento.
Se me faltam palavras me sobram sentidos!
E é no fechar dos olhos que eles se aguçam.
Te escuto risonha em meio a algumas de minhas tolices.
Te sinto emudecida em meio as minhas astúcias.
Te vejo extasiada ao fim desse texto.
Mas só no sentir não me permitirei ficar.
Não nos permitirei pensar.
Então, que venham os filmes, o fim de semana na ilha.
Que venham nossos momentos de danças desvairadas no meio de todos acompanhadas de empurrões e beliscões.
E que chegue o fim de semana com shows formidáveis e dvds para descansar.
Que venham momentos novos, nossos!
Pois os meus já estão monótonos desde a nossa distância no meu dia-a-dia.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

(ex)Rotina de domingo

Raiar do dia.
Deliciosa sensação.
Um frescor que toca a face.
Um som que emudece o mundo.
"Bom dia amor!"
E o dia segue.
Hora de trabalhar.
Mas hoje é domingo.
Então volta a deitar.
"Café na cama? Te amo paixão!"
Depois de comer, carinho para relaxar.
O calor começa a surgir.
Ar condicionado para refrescar.
"Que tal uma praia?"
Levantamos para a roupa trocar.
Um banho gelado antes de sair.
Beijos molhados.
Olhares abobados.
"Princesa!"
Olhou-me nos olhos.
Frio na barriga!
Vestimo-nos e partimos.
No caminho aquela música.
"...Descobri que te amo demais..."
Na praia.
Um mergulho.
Água fresca.
Uma caminhada.
Todos olhando admirados.
"É muito amor!"
Um monte de mini acarajé.
Coca cola gelada.
Na volta pra casa.
Mais música escutada.
"...Close your eyes and i'll kiss you..."
Hora do almoço.
Yakissoba. Oba!
Ar condicionado ligado.
"Que isso amor? Tá tarado?"
Sorrisos.
Gemidos.
Cansaço.
Abraços.
Cochilos.
Meu peito seu travesseiro.
E no ouvido baixinho.
"Eu amo você."
E agora?
Sonho acordado!

Fugas!

Sentava-me todos os dias no mesmo lugar. Ficava a observar a sua entrada na sala e a tua saída.
Em meio aos intervalos corria para que pudesse ter a tua melhor visão.
Fora assim durante os primeiros meses até que por ventura ocorreu a chance de sentar-me ao teu lado.
Conversamos alguns breve minutos antes do início dos trabalhos, sorrimos um para o outro.
Teu riso me fez parar. Um ar angelical, suave. Senti uma enorme culpa por tentar-me tanto. Tal volúpia que me envolvia se fazia contrária ao teu sorriso.
Peguei-me por diversas vezes no mesmo dia ignorando-me. Pois queria-te por inteira, mas ao mesmo tempo contentaria-me apenas com o teu sorriso.
Os dias se passaram e os risos aumentavam, os toques de mãos, as trocas de olhares. Tudo crescera.
Em alguns minutos sentia que não era só minha a vontade de ter a ti por perto. Porém em outros imaginava que poderia ser algum imaginário a iludir-me.
Um certo dia, ao ver-te cabisbaixa, sentei-me ao teu lado, ainda fora da classe, conversamos, nos olhamos e por fim um simples beijo fez acender o desejo insaciável de ambos.
Fugimos de onde estávamos para um local mais reservado.
Um parque, a noite, onde não haviam muitos pedestres. Nos atracamos e quando menos esperávamos estávamos nos tocando mais intimamente e nos deliciando com beijos ardentes.
Mas por um breve instante, alguns segundos, fui capaz de reencontrar aquele ar celestial em seus olhos.
Foi quando controlei a situação e continuamos nosso ato pecaminoso com mais discrição.
Encorajei-me em olhar-te nos olhos. Toquei a tua face com suavidade. Parecia quer decorá-la com a ponta dos dedos. E despi nossas vergonhas de lado.
Olhava-te no olho enquanto observava-te revirá-los.
Encorajava-me com os seus sussurros em meus ouvidos.
Apertava-lhe a cintura acompanhando o teu movimento.
Até que, com um último suspiro, te senti arranhar as minhas costas. Pôde enfim abrir-te os olhos e encarar-me. Aquele brilho celestial fora expelido ao meu sorriso.
E naquela noite tentadora pude por fim ter a certeza de que era o nosso amor se consolidando sem palavras.
Olhei-a nos olhos novamente, toquei a tua face por uma última vez e espero tal momento se repetir até hoje.
Até breve!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Medo particular.

Mal abri os olhos pude reparar a porta do quarto entreaberta. Um feixe de luz passava por ela.
Olhei a janela e ainda estava escuro. Apressei-me em verificar as horas e não passavam das quatro da madrugada.
Levantei-me e fui caminhando em direção a porta. Ao empurrá-la percebi que a luz vinha da cozinha.
Ainda sonolento tentava me lembrar o que havia feito antes de adormecer.
Quando cheguei na cozinha te avistei, abaixada vasculhando a geladeira.
Pus-me a rir.
"Ladra de geladeira. Estás faminta a essa hora?"
Mas você parecia não me dar atenção.
Ou fingia não me ouvir.
Observava um certo desespero nos teus gestos, e comecei a ficar preocupado.
Caminhei na sua direção.
Foi quando de repente, em um movimento rápido, você se virou e passou ao meu lado sem nem me ver.
Saiste correndo em direção ao resto da casa.
"Ela está brincando comigo, não está me vendo?"
Te persegui pela casa, e você ainda fingia não me ver.
A campainha tocou, foste a porta atender. Era um outro homem.
Fiquei curioso.
"Como? Quem será esse?"
Ambos então começaram a correr a casa. Ela gritava com ele. Mas eu não conseguia escutar nada do que ela falava.

"Nossa! É um assalto? Ele deve estar me roubando."
Comecei a gritar desesperado. Clamava socorro aos vizinhos. E parecia que ninguém me escutava.

Até que na porta surgiu o Seu Fernando. Pálido. Ofegante.
Veio na minha direção.
"Graças a Deus seu Fernando. O senhor me ouviu. Há um homem lá dentro, ele deve estar me roubando. Estão tentando me roubar."
O seu Fernando correu para dentro da casa a procura dos dois.
Corri em direção a eles.
Na porta surgiram outras pessoas, pareciam curiosas, agora ele não tinha mais para onde fugir.
A casa estava cercada.
Procurei o meliante, mas não os via mais. Fui até o quarto.
Quando cheguei, ela estava deitada chorando. Se ele tivesse encostado um dedo nela, eu o mataria.
Seu Fernando vinha saindo do banheiro todo ensopado.

"Seu Fernando? O que o senhor fez? Matou o bandido?"
Corri a porta do banheiro.

Lá estava o rapaz todo de branco me segurando no colo.

"Como pode ser possível. Eu estou aqui!"
Olhava para trás e a minha amada chorava.

Agarrou-se no meu casaco. Um preto que havia deixado de recordação para ela antes da minha partida.

"Agora me lembro! Cheguei ontem de viagem. Nos amamos. Deitamos para dormir. Ela me pediu o meu perfume para reviver o meu casaco. Depois disso, ela se virou, deixou o casaco na mesa de cabeceira e me abraçou, sussurrou no meu ouvido. - Tão melhor abraçar o original - . Depois de três anos de espera eu havia retornado."
Entrou pela porta uma amiga nossa. A abraçou. Choraram por um tempo juntas.

Eu caído no banheiro e eu aqui assistindo.
E ela: "- Ele voltou amiga, voltou e se foi na mesma noite. Me disse apenas boa noite. Olhou nos meus olhos, respirou fundo, uma última vez ajeitou os meus cachos. Não precisava dizer mais nada. Sabíamos que éramos um do outro. Nos amamos. Sempre nos amaremos."
Ajoelhei-me no chão. Levantei as mãos aos céus e fechei os olhos.
Minha última promessa de vida estava cumprida.
"Te amei até os últimos minutos do meu existir!"
(Silêncio-me!)

Assim que sou.

Era pra ser uma bela amizade.
Existia vontade. Existia carinho. Existia sinceridade!
Era pra ter sido.
Mas não foi. Não vai ser.
Por eu não saber me expressar.
Por não saberem me entender.
O que era pra ser uma bela amizade, tornou-se distante e frio.
Era pra ser uma bela demonstração de respeito.
Existia acima de qualquer outro sentimento, respeito.
Era pra ter sido.
Mas não foi. Não vai ser.
Por eu respeitar demais.
Por não saberem me respeitar.
O que era pra ser uma bela demonstração de respeito, tornou-se antipatia.
E agora?

Para que o que acima foi descrito possa voltar a ser, depende de você!
Por eu saber ser orgulhoso.

Por não conhecerem esse meu lado.
Acredito que não voltará a ser.
Meus calos me doem.
Os pisaram com força.
Senti.
No canto então irei me recolher.
Pois o carinho e o respeito que havia por uma possível grande amizade, esses agora não virão mais de mim.
Por eu ser quem eu sou.
Por você não me conhecer.
Não vou atrás de você!
E se doer em você como dói em mim, me desculpe, mas não sei ser de outro jeito que não o jeito que queria te apresentar mas você não deixou.
Então. 
Fica bem. 
E se passar um dia do meu lado, por favor, não vira o rosto, me cumprimente, pois irei te tratar com carinho, respeito e sinceridade, como sempre fiz.

Pois, é assim que sou!

(p.s.: pediram para eu não ficar chateado, mas não seria eu se não ficasse!)

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Viver será uma grande aventura!

F. "Viver...será uma grande aventura!" diz:
*hmmm
*eu tenho me decepado aos poucos...
*as canções que ouço e que tocam me levam ao passado e eu choro...
*as visões que tenho do presente e do futuro...me levam atrás no tempo...e desmorono...
*quando cai a chuva e o vento uiva lá fora...eu sento no canto escuro do meu quarto e me ponho a lembrar...vazo...
*e quando não há mais o que fazer então é a hora que tenho para mais um pouco viver esse amor unilateral...
*esse amor de um lado de cá que maltrata apenas a imagem que tenho no espelho
*a imagem que era do meu avesso deixou o meu eu sozinho e por vezes desapareço...
*fico sem imagem...como um fantasma...um vampiro...nada que reflita...
*sem luz...jogado às sombras...tenho caminhado e visto que a minha sombra já me largou e correu para onde ela não crescerá...
*e de tamanho egoísmo nem tentou me arrastar como muitas vezes fiz com ela...
*cá estou eu...jogado as traças...
*num canto escuro de um sub mundo chamado amor...a esperar a hora de sorrir de novo...e por fim...amar.

Nossa jornada.

A noite.
Ventos uivantes.
Janelas rangindo.
Portas batendo.
Árvores secas derrubando seus galhos.
Faltava a luz.
As velas apagaram-se.
Os olhos dormiram.

Amanheceu.
Brisas gélidas.
Sereno da manhã.
Calmaria no horizonte.
Folhas e galhos secos quebrados no chão.
Luz do sol.
Velas derretidas pela metade.
Os nossos olhos se olharam no despertar.

A noite.
Corpos quentes.
Te amei.
Te cobri.
Te acalmei.
Te beijei.
Te coloquei pra dormir.

Amanhã.
Repetirei.
Te irei acariciar.
Estarei por perto.
Te beijarei a testa.
Fecharei os teus olhos.
No meu peito dormirás.

Sempre.
Viverei.
Estarei.
Amarei.

Um dia.
Morrerei ao seu lado.

Bem simples.

Com as suas mãos juntas as minhas,
esqueço a dor de crescer.
Me dá a tua mão?
Não abandono você.

Me faltava coragem,
até te abraçar.
Me dá o teu abraço?
Não te deixo soltar.

Me faltava carinho,
até te sentir.
Me dá o teu colo?
Não te deixo fugir.

Me faltava esperança,
até te olhar.
Me dá a tua força?
Não me deixa parar.

Me faltava o querer,
até te encontrar.
Me dá o teu peito?
Te tento a gostar.

Me faltava o sentir,
até te beijar.
Me dá o teu beijo?
Te ensino a amar.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Em busca do nosso amor.

E lá fora uiva o vento
se desaba em gotas o nosso amor
onde não há mais o teu calor
entristeço e choro esse momento...

Se não fosse por orgulho
eu me estufaria o peito
te gritaria todo o desejo
esperando-te em nosso leito...

Atravessaria aquele mar
sem medo de não te ver
te encontraria no chover
na doce cascata do te amar...

Por fim então ao te olhar
esqueceria todo rancor
me colocaria a nadar
em busca do nosso amor.

Despeço-me com amor.

*eu queria tanto te ver. queria tanto poder te olhar nos olhos mais uma ultima vez.
*queria ver esse seu sorriso se abrir.
*e as suas bochechas rosadas reaparecem para mim.
*sentir o teu cheiro.
*o teu gosto.
*queria que pudéssemos nos ver.
*mas já que a distância não permite.
*sinto feliz em poder te sentir.
*aqui.
*na minha alma!

*para você, de mim, com carinho!

*não diz. não precisa. você nunca precisou dizer. basta não esquecer de um palhaço que te sorri sempre que te olha. como da primeira vez!

*onde estiver. o que estiver passando. no fim sempre se lembre. com o teu sorriso encantaste e conquistaste um amigo, um amante, ou qualquer outra definição que possamos ter. importante é no fim você sempre se lembrar do sorriso. pois é ele quem vai te levar ao alto novamente. mesmo que nos momentos mais difíceis. então. ficarei bem onde eu estiver. fica bem. sempre!

(e era isso que eu precisava fazer no dia de hoje, apenas despedir-me de ti!)

(com amor!)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Contemplando o paraíso.

Um dia lindo e agora a parada ao pôr do sol.
Contemplo.
Com um templo perdido como esse, um lugar que se fosse no deserto chamaria de oásis, mas que por ser aqui não recordo-me de outra definição senão paraíso.
Um recanto. Perdido. Agora achado!
As águas correm diante dos meus olhos, mostrando no caminho, de onde elas vem, para onde devo ir. E enquanto elas rolam lá, cá em minha face corre outra água. Começara com uma lágrima, uma simples gota.
Sim! Estou vivo. Vivendo cada instante intensamente.
Por breves momentos esqueço do mundo.
Apenas choro.
Não é tristeza. Não é lembrança e nem saudade.
Apenas a certeza da vitória.
Os amigos de mochila me cercaram e questionaram-me o que eram essas lágrimas.
As palavras jorraram para fora dos lábios.

"Meus amigos viajantes, caros andarilhos, não estão vendo lágrimas, essa visão é superficial, estão vendo alma. De quem agora está em calma. Estão a ver a paz. Observem. Escutem. Parem alguns segundos do mundo de cada um de vocês e sintam a vida. O gosto está na boca. O toque está no corpo inteiro. O cheiro está no nariz. Então respirem fundo, deixem que o vento toque vocês, abram as bocas e sintam o gosto da vida! Lutamos tanto por ela lá naquele mundo de onde fugimos andando, e cá descobrimo-a solta, leve, completamente tangível aos nossos sentidos. E sabe o que é melhor? Aqui ela é de graça. Não temos que pagar ou nos sacrificar para viver. Apenas parar e sentir! É sonho, mas é sonho real. Aqui é onde a fantasia de todos os dias se torna realidade. Não se espantem se cruzarem com uma onça conversando com uma borboleta que repousa em seu focinho, pois nossas fantasias aqui são reais. Aqui saberás como voar. Saberás sorrir e chorar. Sem se esforçar! Esse é o momento sublime da viagem. Esse é o ápice de qualquer vida. É quando sabemos que podemos morrer que continuaremos vivos. É praticamente renascer. Aqui é viver. Aqui é o real amar. Então amigos, apenas sintam! Vivam! Cá estamos nós."

Foi quando olhei ao redor e estavam todos em seus cantos, perto e longe um do outro, os olhares se perderam e se acharam.

Não sei se as palavras foram as corretas, mas foi o que para falar e depois delas, silêncio!
O canto dos muitos pássaros e do vento. O som das águas.


Por fim me levantei, fiz gesto de devoção à natureza, ajoelhei-me, beijei o solo.
Consegui erguer-me rapidamente, a tempo de saudar o paraíso com palmas.
Acredito que era o único som que poderia emitir para que aquele lugar e os habitantes dele sentissem que estávamos ali a admirá-los.
Todos se juntaram a mim.
Por fim um abraço em cada um dos amigos, montamos as nossas barracas e concordamos que a noite seria longa e que ali, juntos, seria a noite mais longa e perfeita das nossas vidas.
E por sorte haveria música. Um violão surgiu.

Apresentei a eles o meu grupo predileto, O Teatro Mágico, com o cântico de um anjo, o mais velho deles.
Pois no momento, "só enquanto eu respirar, vou me lembrar de você!".

Um bom fim de dia para todos amigos distantes!
Até mais ver.

p.s.: e há quem um dia me negou viajar assim, pois não acreditava que seria bom! Pena!

Primeira parada.

O galo nem havia tentado nos despertar nós já estávamos deixando a civilização para trás.
Os primeiros passos foram curtos. Todos muito sonolentos.
Decidimos que não iríamos levar nada de comida, iríamos nos aventurar a moda antiga.
Retirar nosso sustento da natureza.
Então partimos.

Alguns carros que passavam, paravam e nos perguntavam onde iríamos, se queríamos ajuda.
Bem diferente da cidade grande, onde eles passariam por cima da menor poça de água possível apenas para ter o prazer de nos molhar.
Rejeitamos todas elas, pois o objetivo é ser andarilho.

Mochilas nas costas, barracas checadas e fomos.
Segundo o Marcel.
"Partemos amigos, atrás do que viemos, a felicidade!"
Até nessas horas ele tenta dar um ar poético as coisas.

Todos acharam estranho o meu caminhar descalço.
Eu percebia os olhares maliciosos de quem torcia para que eu me queimasse ou furasse o pé para pedir socorro!
Afinal era uma das apostas entre nós, quem seria o primeiro a pedir socorro.
Quem perdesse iria ter que carregar a barraca dos outros durante um período para aliviar a carga de cada um!
A Maria não se conteve e veio me perguntar.

"Estou descalço pois prometi a mim mesmo que não deixaria a dor da saudade interferir na aventura, então com a dor do pé eu esqueço a da saudade, até calejá-lo, depois de feito, a saudade também ficará esquecida por um período."


Foi o momento cômico da caminhada. Todos se entre-olharam e riram.
Quando olhei para trás a Maria e o Marcel haviam sentado em uma pedra e estavam retirando suas botinas.
Comecei a rir. Estávamos nós três descalços pertubando o Fernando.

E lá fomos nós quatro caminhando até a entrada da trilha.
Ao chegar na primeira parte da caminhada o Fernando pediu que parássemos um pouco pois ele iria fazer uma coisa.

Ficamos parados esperando. Eis que surge ele todo pintado de rambo com uma bandana na cabeça.
Todos rimos muito. Até que o Marcel não aguentou e soltou a primeira piada.

"O Bel Marques, o carnaval ainda vai demorar, e vai ser lá em Salvador, se perdeu por aqui foi?"


Continuamos a caminhada, agora todos devidamente calçados pois estávamos entrando na mata fechada. Logo ao chegar no início da trilha encontramos um casal que parecia estar sem coragem de seguir adiante.
A Luciana e o Matheus haviam decidido que seria a aventura da vida deles e que precisavam fazer aquilo para acabar com o rótulo de patricinha e mauricinho do grupo de amigos. Uma história bem encantadora por sinal. Com calma a contarei depois aqui, eles já me autorizaram.

Seguimos todos juntos.

Vocês não fazem idéia das belezas desse lugar. A energia.
Sensação de liberdade.
Um banho de rio.
Tudo aqui é muito real e tudo ai, onde vocês devem estar lendo agora, é muito fantasioso.
Viver onde os homens colocaram o dedo, definitivamente, não é bom.
Estamos descansando após um almoço muito divertido.
Vinte minutos de pescaria, as mulheres (frescas por sinal) encarregadas de limpar os peixes enquanto nós fomos atrás de frutas. E o Fernando tentando acender uma fogueira. Peixe frito enrolado em folha de bananeira.
Por sinal, delicioso!

Pois bem, é hora de levantar acampamento, a noite em algum lugar que pararmos tentarei conexão novamente para contar-lhes mais da viagem. Por enquanto fiquem com a palavra de descrição escolhida por todos nós em comum acordo e com a palavra de cada um de nós que expressa o sentimento do hoje.

FANTÁSTICO!


Flávio: Vida!
Matheus: Energia!
Luciana: Adrenalina!

Fernando: Cansativo!
Maria: Alucinante!
Marcel: FODA! (((hahahaha)))



Até breve...

p.s.: Internet via satélite é fantástica. Adorei isso!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Fuga e despedida.

Acordei cedo para fugir.
Arrumei a mochila, amarrei a barraca nela.
- Beijo pai, beijo mãe. Um dia eu volto. Quando eu chegar em algum lugar eu ligo, não se preocupem! Estarei bem.

Na mochila coloquei algumas mudas de roupa. Um caderno, um lápis e uma caneta. Borracha eu não uso, não apago nada que acontece na minha vida, então é sempre em frente.
Estou levando algumas fotos na memória do meu computador. Pessoas especiais. Pessoas que eu carrego na memória e busco inspiração em seus sorrisos.

Pé na estrada. Literalmente. A principio descalço para sentir a dor da saudade na sola dos pés até calejá-los e não mais doer.

Primeira carona, uma conversa bem agradável, uma viagem tranqüila e rápida.
-Até logo, muito obrigado amigo. Deus te acompanhe!

Cheguei em uma cidade pouco conhecida, mas como fui deixado na rodoviária, não me preocupei muito em passear, queria logo era partir novamente.
Encontrei um casal que estava indo para uma cidadezinha próxima de onde eu queria chegar.
Conversamos ao longo da carona. Muitas histórias parecidas.
Só me faltava a companheira para termos histórias iguais. Até achei que tinha uma, mas o vento mudou para ela e fiquei só.
-Boa viagem gente, muito obrigado pela conversa e pela carona. Sejam felizes sempre!

Agora cá estou, sentado numa pousada esperando a hora de colocar o pé na mata.
Serão três dias e três noites de caminhada até o meu recanto.
Lá, onde eu me ponho a sonhar desde o primeiro minuto até o momento de acordar na partida.

Já que não sei quando volto e como será a aventura que começa amanhã resolvi deixar algumas mensagens aqui.

Ao meu porto seguro: Amo vocês. Em breve, se tudo correr bem estou de volta, se não acontecer guarda o meu violão para lembrarem-se sempre dos meus momentos mais felizes!

À minha cúmplice eterna: Te cuida. Te amo. Cuida dos pequenos. Sorria e viva sempre!

Aos garotos perdidos: Galerinha contente, nada de líquido esverdeado nem de pão com orégano nem farinha estragada. Fiquem bem!

Sol: Brilha eternamente! Estarei te esperando onde for.

Ao meu espelho: Nem tem muito o que dizer! Tudo o que eu sentir você sente!

A dona da rosa: Lembre-se, viva!

À minha fada e à minha princesa: Obrigado por surgirem e por trazerem sorrisos! Um prazer enorme ter vocês em meu mundo pequenino.

Bom. Hora de descansar que o cansaço de amanhã será longo!
Irei até onde os meus pés descalços aguentarem!
Até breve.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A história da rosa que não sabia falar.

Tenho uma rosa também, lá no meu pequenino mundo, onde me tranco e choro, e sorrio, e vivo. Só que eu acho que a minha rosa, aquela danada, ainda não aprendeu a falar.
Então estive pensando, como fazer para que ela aprenda?
Quem tiver uma opinião, me ajuda!
Enquanto isso, eu resolvi fazer uma viagem. Irei passar uns tempos longe do meu mundinho, tentando encontrar novas pessoas, novos campos, novos sorrisos!
Serão alguns dias.
Soube que onde eu vou tem praia.
Nossa, a ultima vez que fui a uma praia tive uma grata surpresa, vi brilhar no céu lá distante o meu pequeno mundo.
Ele não estava mais tão só. Haviam estrelas e planetas ao redor dele.
Vez ou outra eu podia até ver os cometas cortando o céu próximos a ele.
Descobri que não estou sozinho lá.
Foi quando brotou a minha rosa.
Lá pra onde eu vou, dizem que existem muitas delas, e que as pessoas gostam de presentear-se umas as outras com elas.
Será que devo levá-la para dar a alguém?
Nossa. Sempre que volto naquela praia volto a ter tantas dúvidas.
Conheci uma pessoa lá.
Ela dizia que não era para eu voltar para o meu mundo, e por um tempo eu não voltei, até que um dia ela me trocara.
Abandonei o meu mundinho por ela e mesmo assim fui renegado.
Voltei e não faço mais isso. Quem quiser, que venha até cá.
Então, levarei a minha rosa dessa vez, já que ela não quer falar comigo, quem sabe ela não fala com outra pessoa.
Dormirei e partirei logo surja o primeiro cometa na manhã de amanhã.

...na manhã seguinte...

Vamos rosa, vamos encontrar a tua vontade de falar e a minha vontade de...Vontade de que mesmo?
Ah! Sim. Vontade de conhecer um novo sorriso.

...algumas horas depois...

Nossa rosa, mal chegamos e já encontrei a pessoa certa para você. Tomara que ela te aceite e cuide bem de você. E por favor, trate ela bem. Sorria quando ela a segurar.
Não, não faça essa carinha para mim, ela irá gostar de você. Tu estás radiante essa manhã.
Olá senhorita, bom dia. Vim de lá do meu mundinho apenas para encontrar a pessoa certa que irá cuidar da minha rosa e ensiná-la a falar.
Segure-a com suavidade para não machucá-la, suas pétalas são frágeis. Mostre a ela que terás cuidado e ela te sorrirá.

...a jovem estampa um sorriso na face, as bochechas se pegam rosadas...

Que sorriso encantador. Nossa! Vim dar a minha rosa à você para que ensine-a a falar e recebo o sorriso a qual eu tanto sonhava em troca.
Acho que terei que voltar para o meu mundo agora. Não posso ficar e correr o risco de ser rejeitado novamente.

...a jovem o olha no fundo dos olhos e diz...

"Não vá. Se eras o teu sonho encontrar o meu sorriso, meu sonho era te encontrar novamente, aqui nessa mesma praia. Sonhava em encontrar alguém que viria de tão longe e me presentearia com uma rosa falante. Pois sim, ela fala, desde que me entregou-a que a escuto falando para ir contigo aonde você fosse. Você é que de tão ferido não conseguia escutá-la. Então, por favor, realiza o meu sonho e me leva contigo para o teu mundo. Aliás, o nosso mundo. Agora somos dois, como a rosa que sempre terá o cravo à acompanhá-la."

Nosso cometa partirá apenas cedo de amanhã. Até lá, ficaremos aqui, nessa praia, quietinhos a olhar o mar. Esperaremos o momento certo de ir. Pois será o último cometa de ida, e para voltar, se desistires, só poderá ser depois de uma vida inteira. Tens certeza de que queres ir?

...a jovem abaixou a cabeça, esticou as mãos e devolveu a rosa ao seu dono e disse...

"Então, segure-a, irei segurar a tua mão todo o percurso, pois tenho medo de altura."

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O Teatro dos Sonhos.


Ontem, me esqueci da luz da cozinha acesa e também de fechar a geladeira.

Esqueci todas as janelas abertas. Esqueci onde estava a nossa fé, onde a guardei.
Não salvei as conversas nem os meus textos da madrugada. As mais belas mentiras, nada, meu computador não salvou.
Então faz um favor. Não conta para ninguém que teu afeto me afetou. Fato!
Saí de casa e escalei a pedra mais alta só para te enxergar e deitar-me no teu colo para confessar-me. Dizer-te que preciso de você inteira e da minha outra metade de volta.
O nós criou o perdão e o pecado, a dor e o prazer, o certo e o errado.
Criou um orgulho bobo de nos esconder do que prevalece em nós.
Esse orgulho vai me negar de novo um abraço. Hoje, amanhã, semana que vem, sempre!
Então nas lembranças vou buscar o meu perdão e o meu rancor.
E o que resta fica sem sentido, eu fico perdido e sem direção, buscando um porto pro meu coração. Abraçando a dor, assim eu irei.
E é só a menina passar que alguma coisa acontece em mim.
E ela passa de manhã pra molhar os pés nas primeiras ondas.
Corro para observar e ela está sempre de braços abertos se entregando ao vento.
O sol chega e vai embora. A lua chega e continua a iluminá-la, o céu e o mar.
Parece história que nos contam na cama antes da gente dormir.
Lá, na nossa casinha apertada, aquela mesma que falta graça, mas sempre sobra espaço.
Onde, por acaso, ainda tem o gosto seu. Lá, onde recomeço, me despeço.
Um beijo e uma dor. Boa sorte minha bailarina.
Dor? Não! Não há de ser nada. Foi só a estrela que escolhi que não cumpriu com o que eu pedi.
É. Ela caiu no mar e se apagou. Era o milagre que eu esperava. Mas não rolou.
Talvez você, bailarina, possa trazer o que é meu. Segura nas mãos, firme.
Segura a minha vida, não deixa que ela escorregue e que me cause mais dor.
Mas viva da tua maneira, lembra do teu valor! Amanheça cada dia brilhando mais forte.
Eu acho que tenho certeza daquilo que quero agora. Quero a história que nem passou direito por nós ainda.
As vezes minto, tentando ser metade do inteiro do que sinto.
Sou capaz de fazer da minha briga o meu abrigo. Mas continuo a busca, pois quem busca nunca é indeciso. Busquei quem eu era, e você me mostrou que não sou sozinho no mundo.
Cuida de mim então, enquanto não me esqueço de você!
Linda boneca de pano. Tudo em volta não espera. Todo chão se abre e no escuro se acostuma.
Esquecemos da cor que tinha o céu, como a saudade ou uma frase perdida. Então, dorme medo meu!
Às vezes um “não sei” pára e bate o coração, pura disritmia, saudade!
Eu não sei na verdade quem eu sou, mas sempre encontro um sorriso. O meu paraíso é onde estou.
Pergunto de onde veio a vida, pois por onde entrei deve haver uma saída. Na verdade ninguém sabe onde é, mas a fé sustenta essa idéia.
Enquanto isso eu fecho a porta para não escutar briga. E canto minhas canções para a briga não me escutar. Traio a minha sina, distraio a minha decisão. Falo e faço coisas que às vezes não faço.
Mas de uma coisa tenha certeza. Eu vou cuidar de você. Vou te guardar comigo minha menina.
Guardarei as tuas cores e contarei histórias dos dias depois do amanhã, pois os seus passos eu já sei de cor. Lembro do nosso abraço e da nossa primeira dor e ainda não enxerguei em nenhum dos dois o fim.
No primeiro abraço, um beijo e o meu braço eu não sabia mais qual era. Foi fantástico, parece que havia vindo do céu apenas para trazer o que é meu.
Corremos para a varanda, onde o ar andava depressa, mas que foi embora com a conversa a nossa pressa de ficar.
A noite chegou sendo o descanso do sol. E agora ela chega e é a distância de quem está só.
Mas tudo bem, me acostumarei.
Enquanto houver você do outro lado, aqui do outro eu vou conseguir me orientar.
Só enquanto eu respirar vou me lembrar de você, vou me lembrar de nós dois.
Pode o metrô parar, o metro aumentar, posso trabalhar mais que forçado, morrendo comigo na mão, pois vou lembrar-me de você!
Tem horas que eu me pergunto por que não nos juntamos tudo numa coisa só.
Pois você aparece de repente e coloca na minha frente a dúvida maior.
E quando acontece, me vejo sozinho aos prantos, e sei que espero no mundo alguém que me faça esperar pelo agora.
Tua saudade, que fosse metade minha. Brinco com a dona esperança como se fosse o poeta real dessa história.
Então tento escolher a palavra mais bonita para poder dizer coisas do coração.
Se o texto é curto, tento aumentar para te convencer!
E quando o nó cegar o pluraliza, deixa desatar em nós.
Quando o tempo não passar, cada hora será como uma semana, cada novo “alô” será muito mais bacana cada carta que eu nunca recebi é sempre um motivo para lembrar que sou tão perto de você, de nós!

Parece feita de grão em grão a nossa felicidade, parece uma perfeita combinação, enfim, a soma de duas metades. Mas como entender que nós dois nos encontramos só de passagem?
Que vontade de te ver! Será que a sorte virá trazendo um beijo teu? Serás vida então, muito bem vinda!
Admiro o que há de lindo, o que há de ser você. Viva, bem viva em mim.
É tempo de dar colo, de decolar, vamos comigo? É o que tem que ser. Será! É ser essência, é ser muito mais.
E que prevaleça a nossa poesia. E se não houvesse a poesia eu iria só até o fim, daria tudo e mais um pouco de mim.
Falta tanta coisa pra dizer que nunca consigo.
Sei lá. Juro por Deus, teu nome é lindo pra mim! Diva, dona dos meus milagres!
És um pranto do avesso, és um anjo do in verso, atrevo-me a travesso, pra perto do peito teu.
Teu cuidado e tua maneira, teu sagrado e as tuas besteiras, entre tanto amor.
Sou assim, um tanto disperso, às vezes desapareço, pois depois recomeço, mas antes me esqueço. Só não esqueço de ser o teu avesso.
Nossa sina.
Não quero acordar, pois o sonho sempre parece verdade quando você está. E o mundo, perfeito!
Nele, teu beijo, que parece mordida, a mordida que era carinho, o carinho que era briga, mas no fim a briga sempre trazia sorriso.
Hoje, só me resta o choro, de pura alegria ou não, tem dias que parecem noites sem o sol, e a tristeza sempre é poesia.
Mas acordo e tenho motivo para viver de novo, tem novo que quer ser motivo. Então desisto de descobrir o verdadeiro sentido das coisas, é querer saber demais.
Será assim, só lembrança, pois força não há mais.
Me desfaço em versos soltos no papel, pulo o muro, e agora que cheguei na pedra mais alta e não te achei, pulo.
Era a peça que faltava, então em você me inspiro para continuar a respirar e sigo em frente.
Não tem mais sol, nem tem solução.
Não tem cura.
É quando apago as luzes e fica tudo escuro. Mas o medo não me vence.
Apenas desligo a TV e durmo, pois num passado remoto perdi meu controle.
Mesmo que me digam que estou errado, acredito que errado é aquele que não vive o que diz!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Amar é...

Inspirado no blog "Na sua estante" peguei-me analisando o que seria o tal do amor.
Percebi que sozinho não chegaria a definição nenhuma.
Então resolvi pedir socorro a alguns amigos, escolhi onze homens e onze mulheres para me darem a sua definição do que é o amor em frases curtas e sem muito tempo para pensar. 
Cá estão as respostas. Divertidas, sérias, emocionalmente abaladas, porém todas com muita sensibilidade!
Para Elas
  Amar é...
  
  Ingrid diz:
*quando você não consegue explicar ao certo o que sente.
   Anna diz:
*saber que uma pessoa pode te destruir e mesmo assim confiar que isso nunca vai acontecer
   .thaispaternostro diz:
* é quando você abre mão de algo por aquele que amamos.
   Danielli diz:
* ter a dádiva de gerar uma criança
   Camila diz:
*Inexplicavel
   MarySonora diz:
*o q eu tô tentando saber!
 camila felix diz:
*muito difícil isso!
 genifer diz:
*deixar ser
 '                  ISIS MACHADO. diz:
*viver.
  ښ  Mϊ₤₤y Mąchađø   ښ diz:
* ultrapassar qualquer obstaculo para chegar ao lado de quem se ama
 Ane diz:
* conhecer os defeitos do outro e gostar mesmo assim

e para Eles
Amar é...

   João Alves diz:
*tão bom que nao sei descrever
   '' Felipe Fernandes '' diz:
*Jet ski.
   Nilton diz:
*Não ter o que perdoar
   .estopA diz:
*foda
É hora de reagir!!!! diz:
*uma loucura
   Bruno Holtz - Back from a amazing cruise diz:
*viver
   Nando diz:
*a mulher do o mar
Pedro diz:
*cair e saber levantar
Pablo Romaguera diz:
*tudo
Eu protegi o teu nome por amor em um codinome, Beija-flor diz:
*é sentir dor e viver cada minuto como se fosse o ultimo.
Alvar Diego diz:
*o sentimento de ter sintonia, admiração e respeito com o outro.

Impressionante como se cruzam algumas opiniões mesmo que eles não se conheçam. Podemos armar casais de respostas por tamanha semelhança entre elas.

Muitos se pegam sem saber o que falar, outros tentam brincar com a situação, mas no fim, o que é amar sempre fica solto no ar e preso na cabeça de quem tinha que responder com velocidade.

Fato é que, quando pensamos rápido em como definir o amor, não pensamos. As coisas fluem normalmente, as palavras saem.

E é assim que o amor, se não é, deveria ser.

Algo que flua normalmente, que deixa as palavras saírem sem medo das que poderão voltar, é gerar novos frutos para a vida, um sentimento cúmplice.
Amar é cair e saber se levantar, e se não conseguir sozinho se apoiar em quem está do lado.
É viver, intensamente, cada minuto da vida sem ter o que perdoar ou a quem perdoar.
Passar por cima de todos os obstáculos para poder olhar no olho e dizer aquele gostoso "eu te amo".
É não saber descrever, se expressar, gaguejar na hora de declarar.
Pode ser Jet Ski, ou a mulher do Omar, tendo sintonia, admiração e respeito, tudo vale.
Defeito seria não amar por causa de coisas pequenas que possam tentar atrapalhar.
É muito difícil. É saber o que sente e não conseguir traduzir em palavras.
É confiar mesmo quando não deveria. É quando tudo se transforma em vida!
Pois é. Amar pode parecer complexo, pode parecer um monte de interrogações, mas no fim amar é...

Amar?

Para que definirmos o que ele é? 
Sejamos sensatos e passemos apenas a senti-lo e expressá-lo!

Ame!





PAPOS E SUPAPOS

Mi Papos y Su papos!

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