sábado, 5 de fevereiro de 2011

Encontro.

O que havia atrás daquelas lentes escuras?
Era um enigma.

Seria um privilégio enxergar-te?
Não sei se era o dia certo, mas assim mesmo fui.

Então enxerguei-a.
E que cores fantásticas saiam da sua vista.
Levantei aquelas lentes com uma sensação de medo.

Não sabia o que me aguardava.
Não queria imaginar.

Mas o brilho continuava.
Me tentava.

Isso. Tentação. Mas eles ainda estavam cobertos.
A mão trêmula foi até as lentes e as retiraram.

Te deram luz.
Me deram mais luz.

Um brilho.
Um olhar.
Pronto.

Estava eu novamente encantado.
Não conseguia parar de te olhar.
Não conseguia falar.
Comunicação só quando você saia de lá.
E quando voltava, silêncio para te admirar.
Parecia que só existia mais gente ao redor quando você saía.

"Me perdoa!"
Dessa vez você quem me deixara sem palavras.

Singela.
Linda.
Discreta.

E eu? Inquieto.
Te olhava de rabo de olho.
Encarava a todos.
Fugia sem sair do lugar.

Era o momento certo.
O momento de me calar.
O instante exato de ali querer ficar e torcer para não acabar.

E na hora do adeus a incerteza do que aconteceu.
A dúvida.
O medo.

Estava quieto. Fiquei quieto. Ficarei assim.
Mas mesmo quieto ficarei, de longe, ainda a te querer.

Então, espero, e esperarei.
Anote.

Um dia deixarei de ser amigo.
Aguarde!

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