segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O Teatro dos Sonhos.


Ontem, me esqueci da luz da cozinha acesa e também de fechar a geladeira.

Esqueci todas as janelas abertas. Esqueci onde estava a nossa fé, onde a guardei.
Não salvei as conversas nem os meus textos da madrugada. As mais belas mentiras, nada, meu computador não salvou.
Então faz um favor. Não conta para ninguém que teu afeto me afetou. Fato!
Saí de casa e escalei a pedra mais alta só para te enxergar e deitar-me no teu colo para confessar-me. Dizer-te que preciso de você inteira e da minha outra metade de volta.
O nós criou o perdão e o pecado, a dor e o prazer, o certo e o errado.
Criou um orgulho bobo de nos esconder do que prevalece em nós.
Esse orgulho vai me negar de novo um abraço. Hoje, amanhã, semana que vem, sempre!
Então nas lembranças vou buscar o meu perdão e o meu rancor.
E o que resta fica sem sentido, eu fico perdido e sem direção, buscando um porto pro meu coração. Abraçando a dor, assim eu irei.
E é só a menina passar que alguma coisa acontece em mim.
E ela passa de manhã pra molhar os pés nas primeiras ondas.
Corro para observar e ela está sempre de braços abertos se entregando ao vento.
O sol chega e vai embora. A lua chega e continua a iluminá-la, o céu e o mar.
Parece história que nos contam na cama antes da gente dormir.
Lá, na nossa casinha apertada, aquela mesma que falta graça, mas sempre sobra espaço.
Onde, por acaso, ainda tem o gosto seu. Lá, onde recomeço, me despeço.
Um beijo e uma dor. Boa sorte minha bailarina.
Dor? Não! Não há de ser nada. Foi só a estrela que escolhi que não cumpriu com o que eu pedi.
É. Ela caiu no mar e se apagou. Era o milagre que eu esperava. Mas não rolou.
Talvez você, bailarina, possa trazer o que é meu. Segura nas mãos, firme.
Segura a minha vida, não deixa que ela escorregue e que me cause mais dor.
Mas viva da tua maneira, lembra do teu valor! Amanheça cada dia brilhando mais forte.
Eu acho que tenho certeza daquilo que quero agora. Quero a história que nem passou direito por nós ainda.
As vezes minto, tentando ser metade do inteiro do que sinto.
Sou capaz de fazer da minha briga o meu abrigo. Mas continuo a busca, pois quem busca nunca é indeciso. Busquei quem eu era, e você me mostrou que não sou sozinho no mundo.
Cuida de mim então, enquanto não me esqueço de você!
Linda boneca de pano. Tudo em volta não espera. Todo chão se abre e no escuro se acostuma.
Esquecemos da cor que tinha o céu, como a saudade ou uma frase perdida. Então, dorme medo meu!
Às vezes um “não sei” pára e bate o coração, pura disritmia, saudade!
Eu não sei na verdade quem eu sou, mas sempre encontro um sorriso. O meu paraíso é onde estou.
Pergunto de onde veio a vida, pois por onde entrei deve haver uma saída. Na verdade ninguém sabe onde é, mas a fé sustenta essa idéia.
Enquanto isso eu fecho a porta para não escutar briga. E canto minhas canções para a briga não me escutar. Traio a minha sina, distraio a minha decisão. Falo e faço coisas que às vezes não faço.
Mas de uma coisa tenha certeza. Eu vou cuidar de você. Vou te guardar comigo minha menina.
Guardarei as tuas cores e contarei histórias dos dias depois do amanhã, pois os seus passos eu já sei de cor. Lembro do nosso abraço e da nossa primeira dor e ainda não enxerguei em nenhum dos dois o fim.
No primeiro abraço, um beijo e o meu braço eu não sabia mais qual era. Foi fantástico, parece que havia vindo do céu apenas para trazer o que é meu.
Corremos para a varanda, onde o ar andava depressa, mas que foi embora com a conversa a nossa pressa de ficar.
A noite chegou sendo o descanso do sol. E agora ela chega e é a distância de quem está só.
Mas tudo bem, me acostumarei.
Enquanto houver você do outro lado, aqui do outro eu vou conseguir me orientar.
Só enquanto eu respirar vou me lembrar de você, vou me lembrar de nós dois.
Pode o metrô parar, o metro aumentar, posso trabalhar mais que forçado, morrendo comigo na mão, pois vou lembrar-me de você!
Tem horas que eu me pergunto por que não nos juntamos tudo numa coisa só.
Pois você aparece de repente e coloca na minha frente a dúvida maior.
E quando acontece, me vejo sozinho aos prantos, e sei que espero no mundo alguém que me faça esperar pelo agora.
Tua saudade, que fosse metade minha. Brinco com a dona esperança como se fosse o poeta real dessa história.
Então tento escolher a palavra mais bonita para poder dizer coisas do coração.
Se o texto é curto, tento aumentar para te convencer!
E quando o nó cegar o pluraliza, deixa desatar em nós.
Quando o tempo não passar, cada hora será como uma semana, cada novo “alô” será muito mais bacana cada carta que eu nunca recebi é sempre um motivo para lembrar que sou tão perto de você, de nós!

Parece feita de grão em grão a nossa felicidade, parece uma perfeita combinação, enfim, a soma de duas metades. Mas como entender que nós dois nos encontramos só de passagem?
Que vontade de te ver! Será que a sorte virá trazendo um beijo teu? Serás vida então, muito bem vinda!
Admiro o que há de lindo, o que há de ser você. Viva, bem viva em mim.
É tempo de dar colo, de decolar, vamos comigo? É o que tem que ser. Será! É ser essência, é ser muito mais.
E que prevaleça a nossa poesia. E se não houvesse a poesia eu iria só até o fim, daria tudo e mais um pouco de mim.
Falta tanta coisa pra dizer que nunca consigo.
Sei lá. Juro por Deus, teu nome é lindo pra mim! Diva, dona dos meus milagres!
És um pranto do avesso, és um anjo do in verso, atrevo-me a travesso, pra perto do peito teu.
Teu cuidado e tua maneira, teu sagrado e as tuas besteiras, entre tanto amor.
Sou assim, um tanto disperso, às vezes desapareço, pois depois recomeço, mas antes me esqueço. Só não esqueço de ser o teu avesso.
Nossa sina.
Não quero acordar, pois o sonho sempre parece verdade quando você está. E o mundo, perfeito!
Nele, teu beijo, que parece mordida, a mordida que era carinho, o carinho que era briga, mas no fim a briga sempre trazia sorriso.
Hoje, só me resta o choro, de pura alegria ou não, tem dias que parecem noites sem o sol, e a tristeza sempre é poesia.
Mas acordo e tenho motivo para viver de novo, tem novo que quer ser motivo. Então desisto de descobrir o verdadeiro sentido das coisas, é querer saber demais.
Será assim, só lembrança, pois força não há mais.
Me desfaço em versos soltos no papel, pulo o muro, e agora que cheguei na pedra mais alta e não te achei, pulo.
Era a peça que faltava, então em você me inspiro para continuar a respirar e sigo em frente.
Não tem mais sol, nem tem solução.
Não tem cura.
É quando apago as luzes e fica tudo escuro. Mas o medo não me vence.
Apenas desligo a TV e durmo, pois num passado remoto perdi meu controle.
Mesmo que me digam que estou errado, acredito que errado é aquele que não vive o que diz!

4 comentários:

  1. Bom texto. Veja meu blog: luzesnacabeca.blogspot.com

    ResponderExcluir
  2. Seguindo seu blog, ;), abraços, continue assim!

    ResponderExcluir
  3. Caraaaca Flávio! Que maravilha!! Como tu conseguiu reunir todas as músicas do TM num texto assim?? Ameeei! Parabéns!
    Já vi que temos várias coisas em comum!
    Adorei tu estar no meu blog, passa sempre por lá viu!
    To te seguindo e estarei sempre por aqui tb!
    Bjão!!

    ResponderExcluir
  4. Ah e vou divulgar teu texto para alguns amigos que gostam do TM. Certamente irão adorar tb!!

    ResponderExcluir

PAPOS E SUPAPOS

Mi Papos y Su papos!

Popular Posts