quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Primeira parada.

O galo nem havia tentado nos despertar nós já estávamos deixando a civilização para trás.
Os primeiros passos foram curtos. Todos muito sonolentos.
Decidimos que não iríamos levar nada de comida, iríamos nos aventurar a moda antiga.
Retirar nosso sustento da natureza.
Então partimos.

Alguns carros que passavam, paravam e nos perguntavam onde iríamos, se queríamos ajuda.
Bem diferente da cidade grande, onde eles passariam por cima da menor poça de água possível apenas para ter o prazer de nos molhar.
Rejeitamos todas elas, pois o objetivo é ser andarilho.

Mochilas nas costas, barracas checadas e fomos.
Segundo o Marcel.
"Partemos amigos, atrás do que viemos, a felicidade!"
Até nessas horas ele tenta dar um ar poético as coisas.

Todos acharam estranho o meu caminhar descalço.
Eu percebia os olhares maliciosos de quem torcia para que eu me queimasse ou furasse o pé para pedir socorro!
Afinal era uma das apostas entre nós, quem seria o primeiro a pedir socorro.
Quem perdesse iria ter que carregar a barraca dos outros durante um período para aliviar a carga de cada um!
A Maria não se conteve e veio me perguntar.

"Estou descalço pois prometi a mim mesmo que não deixaria a dor da saudade interferir na aventura, então com a dor do pé eu esqueço a da saudade, até calejá-lo, depois de feito, a saudade também ficará esquecida por um período."


Foi o momento cômico da caminhada. Todos se entre-olharam e riram.
Quando olhei para trás a Maria e o Marcel haviam sentado em uma pedra e estavam retirando suas botinas.
Comecei a rir. Estávamos nós três descalços pertubando o Fernando.

E lá fomos nós quatro caminhando até a entrada da trilha.
Ao chegar na primeira parte da caminhada o Fernando pediu que parássemos um pouco pois ele iria fazer uma coisa.

Ficamos parados esperando. Eis que surge ele todo pintado de rambo com uma bandana na cabeça.
Todos rimos muito. Até que o Marcel não aguentou e soltou a primeira piada.

"O Bel Marques, o carnaval ainda vai demorar, e vai ser lá em Salvador, se perdeu por aqui foi?"


Continuamos a caminhada, agora todos devidamente calçados pois estávamos entrando na mata fechada. Logo ao chegar no início da trilha encontramos um casal que parecia estar sem coragem de seguir adiante.
A Luciana e o Matheus haviam decidido que seria a aventura da vida deles e que precisavam fazer aquilo para acabar com o rótulo de patricinha e mauricinho do grupo de amigos. Uma história bem encantadora por sinal. Com calma a contarei depois aqui, eles já me autorizaram.

Seguimos todos juntos.

Vocês não fazem idéia das belezas desse lugar. A energia.
Sensação de liberdade.
Um banho de rio.
Tudo aqui é muito real e tudo ai, onde vocês devem estar lendo agora, é muito fantasioso.
Viver onde os homens colocaram o dedo, definitivamente, não é bom.
Estamos descansando após um almoço muito divertido.
Vinte minutos de pescaria, as mulheres (frescas por sinal) encarregadas de limpar os peixes enquanto nós fomos atrás de frutas. E o Fernando tentando acender uma fogueira. Peixe frito enrolado em folha de bananeira.
Por sinal, delicioso!

Pois bem, é hora de levantar acampamento, a noite em algum lugar que pararmos tentarei conexão novamente para contar-lhes mais da viagem. Por enquanto fiquem com a palavra de descrição escolhida por todos nós em comum acordo e com a palavra de cada um de nós que expressa o sentimento do hoje.

FANTÁSTICO!


Flávio: Vida!
Matheus: Energia!
Luciana: Adrenalina!

Fernando: Cansativo!
Maria: Alucinante!
Marcel: FODA! (((hahahaha)))



Até breve...

p.s.: Internet via satélite é fantástica. Adorei isso!

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