sábado, 31 de janeiro de 2009

A Carta.

Meu Bem,
Eu sinto demais a sua falta. O mundo parece ter perdido todo o sentido sem você por perto, parece que eu estou enlouquecendo. Recolho-me em um cômodo da casa e vejo a vida passar, o tempo passar. A Janela é a minha tevê, apesar de eu não querer ficar preso nela. A cada passo que eu dou, eu sinto que o mundo é cada vez menor. Olho tantas fotos e jornais, olho tantos lugares, mas nada, nada muda.
Lembra quando você me disse: “Sou Sua Mulher.”? Por que se afastar agora então? Pra tentar me proteger? Eu sempre estive contigo pra sorrir, e vou estar para chorar também. No seu abraço eu sou forte, eu sei ser.
Nada é Igual! Eu sei disso, tudo é muito novo para mim. Os corações que não querem mais bater no mesmo sentido, sem motivo algum. É tão difícil entender o nosso final.
Lamentei demais, pensei até na morte, mas me levantei. Vi a sua sorte, não te falta Amor de Graça. Por que para mim faltará então?
Sou Muito Romântico, e sei que a minha palavra, cantada, escrita, falada, pode acabar espantando, pode ter te espantado. Mas acontece que eu não posso me deixar levar por um papo que já não dá para agüentar. Acho que nada restou pra guardar, ou até mesmo para lembrar, de tudo, muito ou pouco, que houve entre nós.
Pare Com Isso! Não desconfia de mim, não me olha assim.
Se eu pudesse ficar um pouco mais, só pra ver se fica em mim tudo o que te faz tão bem. Isso é o que me faz bem. Sonhei com um mar, tantos planos pra me salvar. Tantos planos para te salvar. Tonto Mar. Tão tonto quanto eu, sem saber o que fazer o que te falar.
Tudo tão incompleto e eu ainda faço parte do mundo. Eu só cheguei a mim mesmo, Depois de Ver você partindo. Antes era apenas um lado do mundo, o outro eu desconhecia.
Posso te ajudar a curar suas feridas se você precisar. Posso te ensinar a andar novamente. Vou te mostrar todo bem e todo o mal, te mostrar as suas armas. Posso te dar o meu Machado, e te ensinar a fazer o que eu faço. Esse é o lado que eu desconhecia. Posso te mostrar como ele funciona.
Então! Deixa eu te proteger, deixa eu te fazer sorrir novamente. A vida não é sofrer. Te vi linda, como sempre. Você mudou demais, mas, continua linda.
Eu não sei por quanto tempo ainda vou ficar sem ter você. Mas enquanto estiver sem ti, estará ainda dona do meu amor.
Feliz!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Bravo!

Sou devoto do meu Deus. Tenho a minha própria fé. Busco nela as minhas forças. Respeito as suas preces. Entendo a sua religiosidade.
Não julgo não me queixo. Tudo e todos têm o seu tempo, a sua razão.
Não me enervo. Trago a calmaria, pelo menos eu tento.
Sou homem, sou moleque, sou criança, sou todos em um só.
Quero ser grande. Quero ser igual ao meu pai, igual ao meu avô.
Respeito. Quero ser respeitado.
E quanto aos direitos e deveres? Os cumpro.
E quanto às regras? Quando necessário, as quebro.
Sou forte. Quero ser mais ainda.
Quero ser teu. Quero ser rei, príncipe, mas, eternamente, bobo da corte.
Quero usar terno, mas sempre de sunga por baixo.
Quero andar a pé.
Quero te ver chorar e sorrir, estarei lá para te ajudar.
Choro e sorrio, são minhas especialidades.
E quanto ao fogo? Minha fonte de energia.
Sou amigo, único, real. As vezes consciente.
Tenho medo, tenho esperanças.
Tenho música gravada na pele.
Meu nariz vermelho? O melhor presente.
Meus amigos? Os novos e os velhos estão sempre comigo.
E os que se foram? Estou sempre com eles.
E a família? Vivo por ela.
Paixão é a minha arte de viver. Minha vida é a paixão pela arte.
Travessuras, traquinagens. A arte em sua essência mais pura.
Minhas mulheres? Avós, mãe e irmã.
Sou livre, só me faltam asas. Tenho uma mochila e uma barraca. Ah se eu pudesse voar!
Meu palco é qualquer lugar.
Tive você, e você, e você. Tive seus olhos e terei novamente.
Te admiro e respeito. Sempre em frente, apesar dos pesares.
Não tenho preconceitos, e nem conceitos.
Tenho pretensões, sonhos, não tenho planos. Já os tive, deixo acontecer.
E mesmo que pensem o contrário, sou fiel, acredito em você, apesar de querer mudar isso.
E meus mestres? Bom, são mestres!
Tenho um amor secreto, amor de pai que me faz chorar. Um arrependimento secreto, que me fez crescer.
Não tenho mais segredos. Tenho dívidas, as quitarei.
Uma fase boa? O apoio de um “Círculo”.
Minha máscara? Minha fuga.
Uma vez um Bravo, eternamente Bravos.
Nós, vocês, eles e elas, e por fim.
Eu.
Bravo!

sábado, 24 de janeiro de 2009

Cortinas.

As cortinas se abrem e lá vem ele com suas cores enfeitando o picadeiro.
Trazendo magia e encantamento aos nossos olhos.
Fazendo surgir nossos sorrisos.
Lá vem ele, com o seu nariz vermelho a chamar a atenção.
Vem cheio de energia e descarregando em todos que o assistem.
Os aplausos que recebe são a magia do seu sorriso.
As cortinas agora se fecham e ele sai de cena.
Volta a encenar a vida real.
Agora é o momento onde os ombros pesam.
Sabe aqueles sorrisos do picadeiro? Agora se foram.
E aquela energia toda? Pois bem, está esgotada.
Os aplausos diminuem após o encerramento do espetáculo.
E na sua encenação da vida real, alguns sussurros e vaias ecoam na sua mente.
Senta-se no chão, e sem discrição, chora.
E por isso não é discriminado.
Aliás, não é crime e nem pecado.
As cortinas estão prestes a se abrir novamente.
Que venham mais sorrisos.
Que tenha mais magia.
Que traga mais energia.
Que receba mais aplausos.
Pois no fim, elas se fecharão novamente.
E se fechando, que ele tenha força de se reerguer.
Pois as cortinas da vida não irão parar de se abrir e fechar nunca.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

A caixa.

Encontrei uma caixa, daquelas que se escondem de nós durante décadas, e quando a encontramos, somente lembranças estão dentro dela.
Encontrei dentro dela uma carta, daquelas sem sentido, direcionadas a nós mesmos sem que saibamos que no futuro elas nos dirão coisas que nem imaginaríamos que seriam verdades.
Encontrei nessa carta um desejo, que não se realizou ainda, mas ainda é desejo. Por isso não vou contar, vou mantê-lo em segredo já que se trata apenas de um sonho.
Encontrei nesse sonho tantos outros, vários, inúmeros que passaram por mim sem que eu percebesse, e mesmo que os tivesse percebido, ainda não teriam me deixado completamente satisfeito.
Encontrei uma satisfação no meio desses sonhos, essa sim eu posso revelar, encontrei pessoas que me entendessem, demorei pra perceber, mas eles sim me entendem, apesar de eu querer complicar sempre as coisas.
Encontrei também uma complicação, daquelas que você imagina que um dia vai ter, e depois que reencontra a tal carta, você percebe que está em meio a tal complicação, e que a carta parece ter reaparecido só para te mostrar que estás vivendo aquele momento.
Encontrei momentos gravados na carta, momentos que não voltarão. Inesquecíveis, inexplicáveis. Momentos que estão presentes no seu dia-a-dia, mas que são imperceptíveis até que você reencontre a carta.
Encontrei uma carta, e no fim, no papel, eu percebi algo, depois de reler algumas vezes, os olhos pararam de lacrimejar, a vista parou de ser forçada, foi quando percebi, era uma carta em branco, endereçada aos desejos e lembranças de um sonhador.
E quanto a caixa? Ela continua ali, no mesmo lugar, sempre vazia. Esperando ser preenchida com memórias de um alguém que um dia assinou cartas em branco.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Ele

Hei! Olha! Eu cheguei. Estou aqui bem perto de todos vocês.
Estou sempre passando onde vocês nunca enxergam, ou fingem não enxergar.
Sempre rodeio aqueles que temem que um dia eu chegue e sem saber como nem por que, eles fogem de mim.


Hei! Olha! Eu realmente estou por perto. Você poderia parar pra pensar um pouquinho que muito de mim vai te fazer muito bem, e nada de mim um dia vai te machucar.
Porque é sempre a mesma coisa, me ignoram ao extremo, fingem que eu não existo, ou quando sabem que ali estou eu, tripudiam dos meus gestos. Mas quando eu resolvo partir, parece que o mundo vira do avesso e vocês sofrem.

Hei! Olha! Eu agora estou partindo. E eu realmente já passei por isso. Lembra quando eu disse que vocês iriam sentir a minha falta. Que “nada” de mim faria mal a vocês, pois então, esse é o momento.
Pois é sempre assim, depois que eu saio vocês me procuram, depois que eu digo que parti, vocês param de tripudiar e me procuram de verdade. E Não, não estarei embaixo da cama guardado numa caixinha.

Hei! Não olhe mais! Não me procure mais! Por ti eu passei, tentei cultivar minhas sementes, não deram frutos, e parti. Para um lugar tão mais tão distante que nem procurando irás me ver novamente. Sentirás minha presença um dia. E terás certeza de que passei por ti, fui verdadeiro e deixei que o tempo me levasse para que recomeçasse o ciclo novamente.
Por incrível que pareça, não comigo, mas o ciclo se reinicia sempre, e sempre com um irmão mais forte do que eu chegando para me proteger.

Hei! Aqui estou eu! De volta. Pronto para te empurrar nas alturas ou te derrubar nos precipícios. Aqui estou eu, pronto pra te ensinar a lidar com todos os momentos da sua vida. Aqui estou eu, pronto para te ensinar o simples da vida...VIVER!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Brilhos.

Estavam monótonos os sonhos.
Estavam sem cores.
Sonhava tudo em escalas de cinza, como em filme antigo, ou momentos de lembranças. Via uma ou outra cor perdida nesses sonhos, mas não as entendia.
Sentia que o tempo passava, mas os sonhos não o deixavam seguir adiante, sempre traziam aqueles momentos cinza de volta.
Aquele nublado que rodeava os sonhos era cada vez mais forte, cada vez mais sombrio, até que por um momento, um único instante, eis que surge um branco brilhante, de um sorriso cativante.
Os sonhos ali passavam a ter cores mais vivas.

Os momentos não eram apenas lembranças, mas sim visões de esperança, daquelas vistas com olhos de crianças.
Os olhos brilhavam em meio aos sonhos cinza, e fazia com que eles deixassem de serem cinza.
As cores foram mudando com o tempo. Hoje os sonhos brilham como sorrisos de criança, como olhares esperançosos.
Os sonhos brilham pela presença de um sorriso cativante que surgiu em meio aquele quase tempo de negritude.
Os olhos brilham com o brilho dos olhos que contigo sonham.

PAPOS E SUPAPOS

Mi Papos y Su papos!

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