segunda-feira, 25 de maio de 2009

Nossos escuros momentos!

Após tanto te esperar, eis que volta para amar-me novamente.
Aquela tarde do sequestro ficou na minha memória, aquele beijo de despedida me fez imaginar como seria o próximo encontro as escuras.
Em mais uma fuga, em meio a um dia chuvoso, te encontrei.
Assustada pela minha presença em seu lar, por estarmos sozinhos, resolvemos então nos esconder em um local escuro.
E aquele filme me veio à mente outra vez. Não! Não o filme o qual estávamos assistindo, mas nossos momentos de fuga, nossos momentos secretos de indecência.
Sentados em meio a multidão fingíamos não nos preocuparmos com os olhos ao nosso redor e, discretamente, nos amávamos, nos tocávamos, nos sentíamos como a muito não fazíamos.
Nossos olhos se procuravam, mas no lugar deles, eram chamas que encontrávamos. O que esperar de dois sóis fingindo estar a sós?
"Medo? Alguém pode chegar!"
Acalmamos com beijos, tateamos nossos desejos, deixamo-nos em sintonia conosco, porém fora do ar de quem quisesse entender.
Logo, como que em troco, quem partiu dessa vez fui eu, mas não resisto, não existo sem você perto.
Retornei no dia seguinte.
"Medo! Alguém pode chegar!"
Sim, poderiam nos ver facilmente onde estávamos.
Mas nosso amor é cauteloso, nossos momentos são tão nossos que ninguém sente quando eles estão acontecendo.
E lá estávamos nós, a olhar um pequeno planeta distante, com seus vulcões, com a sua rosa e com o seu pequeno "baobá" que insistia em crescer, tudo ao mesmo tempo apimentando nosso segredo.
Deliciava-me com as suas desnudas pernas ao meu lado, macias, quentes, apenas com os olhos, sem toques. Minto. Mas não digo.
Teu cheiro me fez suspirar mais vezes do que o de comum. Teu ar de pureza se transformava a cada segundo me transformando também. Insaciável.
Sinto-te pura e prezo por tal pureza, com isso deixo guiar-me onde queiras ir.
Agora nos levantamos, nos sentamos à mesa e nos deliciamos com guloseimas que nos foram preparadas e que por nós são encaradas como sobremesa.
Partimos para um passeio sem tantas paixões, apenas com o nosso amor em seu estado mais puro ao lado. Sabíamos que quando voltássemos ainda haveria breves momentos para nos gravarmos ainda mais em nossas memórias.
Dito e feito. Logo mais a noite nós voltamos ao nosso escuro mundo "dulitário" e não mais solitário.
Nos entregamos novamente. Seu vestido se balançava seguindo o ritmo do teu corpo, e, em um rápido instante, se contraía.
Amamos. Nós. Novamente. Sós. Sóis.
"Amo você sol meu. Em breve brilharemos em nossos escuros momentos novamente."



segunda-feira, 18 de maio de 2009

Destino.

"Hoje eu estava andando e...
- Droga, chutei uma caixa. Até que não era grande, mas era uma caixa! Nela poderiam estar os sonhos de alguém. Ou apenas memórias que o dono não mais as queria.
Continuei caminhando, mas aquela caixa não me saia da cabeça. A deixei para trás perdida em algum lugar por perto de lugar nenhum.
- Será que a encontrarei novamente? Não! Não a caixa que chutei, mas sim aquela que eu escondi na outra cidade que vivi! Quando tinha apenas 14 anos de idade.
E no meio da caminhada...
- Senhor, senhor. Por acaso essa caixinha é do senhor? A vi no momento em que a chutou, e desde então não paro de te seguir tentando devolvê-la.
Parei diante de tal radiante beleza, era uma jovem linda.
- Não senhorita, esta caixa não é minha, pode ficar com ela se quiser.
- Mas senhor...
- Não senhorita, não insista por favor, não vejo uma caixa dessa há anos, tenho certeza de que não é minha.
- Então tudo bem, desculpa o incomodo.
Continuei a andar...
- Senhor, senhor!
- Pois não senhorita?
- É que não pude deixar de notar, há mesmo algo em que eu posso ajudar o senhor? Notei um ar meio triste na sua expressão ao ver a caixa.
Pensei muito por alguns instantes.
- Você quer me fazer companhia senhorita? Abriremos juntos essa caixa. Veremos o que tem nela e assim, acabaremos com a nossa curiosidade!
- Então tudo bem senhor, mas te garanto uma coisa, não estou nem um pouco curiosa para saber o que há nessa caixa.
Juntos caminhamos. Eu e aquela linda jovem. Seu belo e rígido corpo embaixo daquele vestido que se balançava com o vento me hipnotizava, mas eu estava realmente ansioso com a caixa.
Encontramos um banco, em meio a uma pracinha deserta. A luz do poste falhava, piscava como se estivéssemos em um baile. Aliás, baile é "coisa antiga", como se estivéssemos na balada.
- O senhor não vai abrir a caixa? Estou tímida de tanto que me olha!
- Er... Desculpa minha jovem, me encantei com a tua beleza e não mais me importo com o conteudo da caixa.
- Obrigada pelo elogio, mas vamos abrir a caixa, agora quem está ansiosa sou eu.
Paramos por alguns instantes nos olhando, e depois estudando a caixa. Ela parecia não ter abertura. Até que a bela moça colocou suas mãos suavemente sobre a minha e...
- Posso tentar?
Respondi que sim na mesma hora, hipnotizado por tamanha quentura naquelas mãos suaves. Peguei-me imaginando tantas coisas e em questão de segundos, não era apenas o corpo dela que se mostrava rígido por baixo da roupa.
- Pronto. Está... Mas que papel é esse?
"Que vocês sejam felizes eternamente. Pois foi com essas alianças que me senti a pessoa mais amada do mundo, e que retribui da mesma forma, como não haviam mais herdeiros para repassá-las, aqui vos repasso de maneira secreta, para que se amem da mesma forma que eu e minha falecida esposa fizemos.
Ass.: Sr. Destino."
Como poderia alguém brincar com o destino e a sorte de alguém daquela maneira? A jovem moça então, ao perceber o meu olhar, completou e me respondeu!
- Eu imaginei que eles fossem agir assim após a minha partida, não pude ver a dor da minha mãe antes de ela falecer e fugi, corri pra bem longe, pra uma cidadezinha lá longe. Morei numa casa onde anos atrás morava uma família que se mudou para cá, achei muita coincidência. Encontrei nessa casa uma caixinha, vazia, na verdade, essa mesma caixinha. A enviei para o meu pai com os dizeres. "Desculpa pela minha fraqueza, eu amo tanto vocês que não aguentaria a dor de vê-los partindo.". E hoje, quando enfim tive a coragem de voltar, em frente a casa do meu pai estavam carregando a mudança dos móveis para a casa dos meus tios, e essa caixinha caiu no chão e o senhor a chutou. Confundi achando realmente que o senhor fosse o dono, mas...
E sem pestanejar, sem pensar em mais nada, eu a beijei.
- O que é isso?
- Pois então minha jovem, me perdoe, não pude resistir. Quando me contaste que morava na cidade de onde vim, e que na casa em que morava havia tido uma familia que veio para cá, e que encontraste essa caixa vazia, logo me dei conta de que essa caixa era realmente minha. A deixei para trás dizendo que não acreditava no destino, e que se ele realmente existisse ele me mandaria o grande amor da minha vida ao meu encontro, desde então, nunca me apaixonei. E estranhamente, no momento em que eu chutei a caixa, eu me distraia com a sua beleza. Você passou bem no instante em que a chutei, e durante alguns passos me lembrei da minha velha caixinha. Obrigado por me trazer meus sonhos e meus desejos novamente.
Então levantei-me e comecei a caminhar. Olhei para trás e a jovem estava ainda com o papel na mão.
- O que houve senhorita? Desculpa se te assustei.
- Não senhor, aliás, como devo chamá-lo? Já que o destino nos uniu, não quero um desconhecido na minha vida. Creio que o senhor se enganou quanto a esta caixinha ser sua, há nela um nome escrito, mas é um nome de mulher.
- Sim. É verdade. Há mesmo. Foi o nome que a mamãe disse que colocaria na filha mulher se um dia ela a tivesse. Mas não o fez. Marcella. Belo nome não?
E sem pestanejar, aquela linda jovem se atirou nos braços do destino e após outro beijo.
- Prazer, Marcella!

sábado, 2 de maio de 2009

Aquela tarde. (Trecho de Memórias)

Pareceram-me eterno aqueles nossos poucos minutos de fuga em meio aquela ensolarada tarde.
Apenas ao olhar-te com aqueles decotes maliciosos é que me surgiu a idéia do sequestro, da fuga. Até sentia nos seus decotes e nos seus olhares a vontade de ser roubada antes do seu compromisso.
Assim o fiz, levei-a para um daqueles lugares onde não se deve ir. Mas não pude resistir, e quando percebi, lá estávamos nós.
Seus decotes faziam parte do passado já, e em meio a nossa inocência nossas roupas se espalhavam no ambiente.
Nem claro, nem escuro, cortinas fechadas para evitar que alguém pudesse notar a nossa presença, e sem mais demoras, estávamos ardendo em chamas.
Palavras eram gemidas em nossos pensamentos e ditas em silencio em nossos ouvidos. Compreendiámos-nos com olhares e toques. Nem bem sabíamos o que estávamos fazendo, mas estávamos lá, nos desvendando.
Seu cheiro expelia vontades e desejos, e eu, poderia o sentir a quilômetros de distância, mas nem precisara me esforçar tanto, pois você estava ali, inteira ao meu alcance.
Minhas mãos deslizavam sobre a tua pele, macia, quente. Segurava na tua nuca querendo te dizer o tamanho daquele momento para mim, mas não havia tempo para isso.
Suas mãos me buscavam e me levavam a maior intimidade que já havíamos tido.
Por alguns minutos nossos dedos se entrelaçaram e não se soltaram, nossas mãos seguiam juntas para onde quisessem ir, e tive a sensação de que éramos apenas um.
Senti toda a tua inocência ao te abraçar, tive a certeza da pureza dos nossos sentimentos quando nos olhávamos e descobríamos cada sensação nova juntos.
O tempo passara devagar e rápido ao mesmo tempo, parecia que até ele se empolgara conosco, até ele entrelaçara as mãos junto às nossas para aproveitar de tamanho momento sublime.
Aquele ambiente deixara de existir fisicamente para nós, estávamos em outro plano, superior ou inferior, não importa, mas estávamos perdidos em nossas riquezas de sentimentos.
E quando senti a água tocar nosso momento, olhei nos seus olhos, ardiam em chamas, lacrimejavam, assim como os meus, ambos acreditávamos que aquele era o ápice da tarde.
Amávamo-nos sem pudor.
Por fim, deixamos nossos segredos, desejos, sentimentos, nossa tarde desvairada para trás. Saímos de lá como se nada tivesse acontecido, mas com um ar de que nada nos faria esquecer aquele momento.
Deixei-te no local do teu compromisso e fui de encontro aos meus. Friamente nos despedimos. Era de certo um disfarce a quem nos observava, pois nossos olhos brilhavam a vontade de esquecer o lugar que estávamos e nos entregar novamente a luxúria.
Um beijo, um até breve, um sorriso no canto do rosto, e o sussurro apaixonado no ouvido.
"Até breve então amor meu!"

PAPOS E SUPAPOS

Mi Papos y Su papos!

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