segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Basta uma onda.


Olha!

É o mar.
Em seu constante movimento de ir e vir.

Hipnotiza.
Faz sonhar.
Orar.
Chorar.
Sorrir.
Lembrar.

Sim!
Nele nos perdemos, nos achamos.
Por fim, nele, nos chamamos.

Nos dedicamos tanto que quando menos esperamos ele volta a nos derrubar.
Ou a nos levantar.

Aquele que nos perdemos em sua horizontalidade.
Mas que quando o olhamos deciframo-nos internamente.

Pois quando sorrimos, sempre queremos ir em direção a ele.

E quando choramos, o sentimos escorrer em nossos rostos até chegar ao nosso lábio.

Queremos sempre contar as sete ondas para um ano melhor.
Sempre mergulhar de cabeça para lavar a alma.

Mas sempre que o vemos atormentado, fugimos.

Espera, esse é o mar ou o meu peito?

Doce confusão. Ou melhor, salgada!

Pois quando estamos dispostos a sorrir, porém ainda frágeis, basta uma onda, por menor que seja, para nos derrubar.

Em compensação, quando estamos no nosso ápice, a maior delas nos joga nas alturas.

E seguimos assim, nesse constante movimento de, ir e vir.

Mas espera, esse não é o mar?
Que seja, o mar, o meu peito, que seja o que for.

Pois em apenas uma onda eu posso me decifrar, eu posso te decifrar.
Em uma única onda, nós podemos sempre voltar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

PAPOS E SUPAPOS

Mi Papos y Su papos!

Popular Posts