sábado, 8 de janeiro de 2011

Todo amor que houver...


Eu queria ter tido a sorte de ter um amor tranqüilo.
Mas não seria amor em sua essência, pois não teriam as dificuldades que lhe são concebidas.

Daqueles com sabor de fruta mordida.
Dentadas que vão tentando destruir a fruta, mas que não conseguem acabar com o gosto dela.

Que viveria no embalo da rede.
Num indo e vindo, onde sempre nos encontraremos no fim.

Matando a sede com a saliva.
Sentindo o seu gosto em qualquer gosto, pois o seu, é inesquecível.

Queria ter sido um artista no nosso convívio.
Um palhaço, um poeta, um musico, malabarista, para poder trazer de volta aos palcos os nossos sonhos e sorrisos sempre que necessário.

Transformar todo o nosso tédio em melodia.
Cantando os nossos sufocos e medos e transformando eles em magia.

Ser algum veneno antimonotonia.

Queria poder achar a tua fonte escondida.
Talvez na caixinha que guarda no armário, se ainda não a tirou de lá.
Se o fizesse te alcançaria em cheio, no mel e na ferida.

E o corpo como um furacão.
Boca, nuca, mão e a tua mente.
Nossa. Faz falta. Só isso não! Tudo!

Seria o teu pão, a tua comida.
Seria remédio para te dar alegria.
Seria o que eu sempre fui com mais dedicação.

Quem sabe na eternidade a gente viva.
O inferno e o céu de todo dia.
E com algum trocado posso até dar garantias.
Mas desde já te deixo gravada a maior garantia que tenho a oferecer.

Todo amor que houver nessa vida.


(inspirado em Todo Amor Que Houver Nessa Vida - Cazuza)

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