segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Anjos decaídos.

Em meio as nuvens.
Caminhando entre anjos.
Onde todos sorriam, cantavam e dançavam.
Era um festival infernal nos céus.

Muita música.
Alegria o tempo inteiro.

Haviam trovões e raios como efeitos sonoros e luminosos.
Mas nada capaz de nos afastar.

E entre uma nuvem e outra sempre havia um anjo diferente tentando me encantar.
Eu pulava de nuvem em nuvem.

Sorria para todos.
Cantava e dançava em cada uma delas um estilo diferente de música.
Até que avistei uma pequenina nuvem, distante de todos.

Fui até ela.

Quando cheguei percebi que estava vazia e havia nela um bilhete.
Nele dizia que por estar distante o tal anjo se sentia só e resolveu mudar-se.

Foi arriscar a vida na Terra.
Desci correndo para salvá-lo das coisas terríveis que ele encontraria.
Ao chegar encontrei pistas de que ele esteve por aí.

Algumas penas.
E uma auréola quebrada.

O que haveria acontecido?
Voei o mais rápido que me era permitido tentando o avistar.
Dei a volta na Terra por completo por duas vezes.

Não o achei.
Era tarde.
O anjo havia se misturado aos seres humanos.

Voltei aos céus, voltei aquela mesma nuvem e sentei.
Pensei.
Percebi que não passava anjo por aquela nuvem.
Entendi o porque do bilhete e dá partida.

Desci novamente à Terra.
Quando cheguei uma pessoa me estendeu a mão e me disse para acompanhá-la.
O fiz.

Percebi que quanto mais caminhava, mais penas ficavam para trás.
Por fim, enxerguei um mundo fantástico mas que necessitava de ajuda.
Escutei no meu ouvido.

"Não me entregue, eles não sabem que viemos ajudá-los. Estou feliz que tenha vindo me procurar novamente. Te vi passar por duas vezes acima das nuvens à minha procura. Entendi que anjos também tem anjos da guarda. Não preciso voltar, não precisamos voltar."

Rapidamente retirei a minha auréola e a quebrei no chão.
Passei a enxergar aquele ser que estava ao meu lado, que um dia fora anjo, com outros olhos.

Te vi.
Te sorri.
E agradeço a todo instante ao destino de ter abandonado os céus para viver contigo.

Quanto a nossa nuvem. Ela está lá, reservada para nós. Aguardando o nosso retorno.
Enfim pude encontrar a minha alma gêmea, o meu anjo.
Por fim, descobri que os anjos também amam.

Um comentário:

PAPOS E SUPAPOS

Mi Papos y Su papos!

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