
Respiro fundo.
Não é o momento certo de agir com a emoção.
Ou melhor, não é o momento de agir.
Tento prender os sentimentos.
Engulo a seco todas as versões.
Reflito.
Refletir dói. Incomoda.
Lembrar do que houve. Mais ainda.
A raiva chegou.
Um dia eu cansaria de fingir não escutá-la batendo à porta.
E cansei. Enfim, ela entrou!
Cansei de ser peça do jogo.
Cansei de ser parte da peça que faltava. Pois nunca faltou.
Agora serei a peça que faltará.
Não reconheço.
Não, à muita coisa.
Se me dói o braço, me dói o ombro, me dói também o peito.
São feridas internas.
Músculos que pulsavam e pararam a pouco. Que se romperam.
E o que antes nós, nó.
Agora no singular.
Só.
Decepção.
Não há outra palavra.
Foi-se e não mais voltará.
E se voltar, possivelmente será tarde.
Sim. Tenho raiva. Sou humano.
Não sou anjo.
Sempre deixei claro que não era.
Espero, um dia, que isso saia de mim. Pois dói. E não quero mais dor!"
- Disse o jovem guerreiro.
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