quinta-feira, 10 de março de 2011

30 segundos.

Foram trinta segundos.
Pode pensar que é pouco não é?
Mas hoje tive a certeza que não.
De olhos fechados, a mente funcionando.
Queria acordar.
Queria respirar.
Mas não conseguia.
O corpo não obedecia.
Não escutava e não falava!
Não havia resposta de mim mesmo.
Era angustiante.
Era agonizante.
O medo.
Depois de alguns segundos.
Calmaria.
A mente não mente.
Apenas sente.
Senti a sua falta!
Sentia falta de nós.
Voltei a me entregar.
Com medo de não poder mais.
E num piscar de olhos veio o clarão.
Meus olhos se esbugalharam.
O peito se encheu do que faltava!
Ar.
Escutei eles dizendo: "Está tudo bem agora!"
E no peito cheio de ar ainda havia espaço.
Ainda há.
Aquela metade que se foi e não mais voltou!
Quero-a de volta!
Quero inspirar e sentir o peito novamente entupido de tanto você!
De tanto amor!
Quero respirar a vida. 
E se preciso for, parar de respirar sempre por trinta novos segundos para sentir-me completo outra vez ao acordar.

Um comentário:

  1. Essas coisas que nos completam são sempre tão boas. Acredito que as pessoas nunca são completas, mas as coisas nos completam. interessante, mas falo em completar em parte, como se fôssemos divididos em diversos pedacinhos e, sendo cada pedaço parte de nós, certas coisas fossem nos conquistando, pedaço por pedaço - cada pedaço sendo conquistado por completo :D

    Belo texto. Aliás, amo esta sua característica maravilhosa de escrever os textos pulando uma linha à cada frase. Cada uma tem um agir e isso faz meu pensamento reagir para comigo mesma. É super interessante!

    Abraços e parabéns pelos encantadores textos que você escreve!

    Com amor,
    |Cynthia|

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