quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Em tom de despedida

Sim, sou Nery, como todos os Nerys que vocês virão um dia a conhecer.

Um Nery que não gosta de injustiças, um Nery que luta pelo que quer e que tem orgulho da família que está por trás.

Sim, sou também um Catão, um eterno boêmio, na essência.

Um Catão que adora artes, um Catão que é visionário. Que se doa para poder ajudar a todos sempre que possível, e quase sempre que impossível também.

Por fim, sou Flávio, um cara que mescla o Catão e o Nery com algumas pitadas de emoção e aventura.

Malabarista a depender da ocasião. Ator sem formação. Palhaço de coração. Cantor de chuveiro. Músico meia boca. Boleiro mesmo sem tanta bola assim. Amigo segundo Mia (um dia eu acabo acreditando e fico convencido!). Motorista sem habilitação. Vendedor sem tato para tal, porém esforçado.

Sou essencialmente isso tudo o que vocês conhecem.

Mas sou também um pouco do que vocês não conhecem, ou melhor, um pouco do que poucos conhecem.

Sou um eterno apaixonado. Amante a moda antiga. Talvez um último dos românticos.

Sou amante de leitura, literatura, amante da arte de escrever.

Sou o avesso do verso.

O meu melhor ângulo.

Sou assim.

Mas não seria se não existissem vocês.

Família, que são os que estão comigo aonde vou, que me apóiam que se orgulham por eu ser quem sou. Meu porto seguro, ou melhor, minha ilha segura.

Meu pai, meu herói.

Minha mãe, minha heroína.

Minha irmã, minha melhor amiga, minha maior cúmplice.

Minhas avós e meus avôs, paixões.

Meus “dindos”, minha dádiva.

Não seria assim, se não fossem vocês.

Amigos, bravos, alcoviteiros, cúmplices, boleiros, baladeiros, irmãos que não de sangue, mas sim, todos irmãos.

Não seria assim, se não fossem vocês.

E pessoas que se enquadram nos dois últimos trechos. Pessoas que aprendi a admirar, e que eu sei que aprenderam o mesmo em relação a mim.

Amigos, pela sinceridade, apoio e cumplicidade dos últimos tempos.

Sogros, que colocaria foto na carteira.

Tios e tias, um grande carinho.

Cunhadas, respeito e admiração.

Posso dizer que uma nova família.

Não seria assim, se não fossem vocês.

E agora, direcionando um pouco mais a conversa.

Se não existisse em uma época recente, você.

Pois quando precisei, quando derramei a primeira lágrima, quando te vi derrubá-la comigo, percebi que seria sempre assim, nós dois no nosso melhor ângulo. Você o avesso do meu verso e eu o avesso do seu.

Pois quando criei as minhas asas e achei que aprenderia a batê-las só, descobri que não seria bem assim. Descobri que teria que ter um impulso extra. E este, foi você.

Mostrou-me uma realidade fora da síndrome de Peter Pan. Deu-me oportunidade de amar uma menina mulher muito mais mulher do que menina.

E como Bravos lutamos para ter o direito a ficarmos juntos.

E quanta coisa escutamos e mesmo discordando concordamos para não criar conflitos.

Hoje, somos egoístas, não nos importa o que nos digam, somos nós quem decidimos, e decidimos a pouco, crescer.

Derrubamos juntos as últimas lágrimas, ao menos desse tempo, ao menos dessas reticências que acrescentamos em nossa estória.

Então, sol meu, cresça, brilha, pois assim que eu irei sempre te enxergar e me orgulhar.

Viva, pois em breve irei voltar para brilharmos juntos novamente se for o que quiser ou o que o cara lá de cima quiser. Amo você.

Não seria assim, se eu não fosse você.

E para lembramo-nos de dias alegres

“Venha de manhã molhar os pés na primeira onda, abra os braços devagar e se entregue ao vento, pois o sol virá avisar que de noite ele será lua, para poder te iluminar, Ana, céu e mar. E quando o sol e o vento se encontrarem novamente, será o dia do casamento, a luz apagada no farol será o sinal, só não precisamos da chuva, então Ana, aproveita o carinho do mundo, os quatro elementos de tudo e deita diante do mar, pois apaixonado irei enviar-te as conchas mais belas, os tesouros de barcos e velas que o tempo voltará a entregar. Então não chora assim meu sol, estarei sempre perto, quando quiser é só chamar viu, quando quiser é só pensar, que eu venho pra te escutar, que eu venho pra te acalmar, prometo.”

Pois é, a vida é assim, pelo menos o pouco que aprendi dela até hoje, justa sempre, escrita nas entrelinhas e ainda por cima em linhas tortas. Não só a minha, a de todos nós.

Todos têm desejos, segredos, uns as expõe como acabei de fazê-lo, outros se omitem e pensam.

Sem mais delongas, obrigado Deus!

Pois se não fosse Você, não seria assim!

Um comentário:



  1. Nó na garganta, no corpo e agora na mente.
    Estado de choque, só me vem uma coisa a mente,

    Obrigada.

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