quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Sem fim não há título (5ªparte)

E cada vez mais o jovem soldado sentia a partida da Lila.
Cada instante separado daquela brilhante pérola tornara-se um mártir.
Até que, por conta do destino, os dois voltam a se encontrar. O medo constante do "não mais ter" mexia com o jovem guerreiro que voltou a lutar pelos seus objetivos.
Superou as adversidades. Superou mares. Afrontou a saudade.

Era uma segunda-feira quando a jovem Lila resolveu que não era mais a hora de se manter distante.
O peito havia chamado a atenção da bela donzela, a sensação da perda que se tornara iminente ao se aproximar a data da partida acabou por corroer a razão da jovem Lila e isso a fez desejá-lo.

O jovem, enquanto isso, havia decidido que ao encontrar a Lila na mesma segunda-feira não iria mais agir, iria apenas aguardar.

Fora sim o destino, ao vê-los descontentes com a situação, resolveu pregar uma peça no jovem casal, a peça mais bela, que não haveria de ser escrita por ninguém, nem pelo melhor dos autores.

Tornou o dia completo de desejo, sinceridade e amor, e transformou esses sentimentos em um único ser, um elo.

A história, então, passara de um fim questionado para um recomeço incomparável, onde brilharia em um novo cântico o novo sentimento.

Era a vez de surgir um novo personagem no conto, nomeada de Mary Ana, com seus cabelos cacheados e os olhos que se fechavam ao sorrir, fora ela a responsável pelo renascimento do tal amor que havia se escondido entre o jovem casal.

Após a chegada da pequenina, os olhos do casal voltavam a brilhar novamente, o desejo parecia nunca tê-los deixado, o amor estava novamente repleto.

Pareciam novos amantes, com novos olhares e novas descobertas.
Com adrenalina renovada.

"Façamos tudo por enquanto em sigilo, não precisamos de olhares indiscretos sobre nós."
Dizia a bela Lila.
"E quando voltares, retomaremos o que é nosso de direito, o que ninguém nos conseguirá fazer esquecer."

Os olhos brilhavam ao jovem guerreiro enquanto pronunciava tais palavras.

Enquanto do outro lado os olhos do jovem guerreiro quedaram-se úmidos, o sorriso cada vez mais bobo surgia sempre mais e mais forte e com a certeza do sim.

"Eu volto em breve minha princesa, volto para você, volto para vocês, para que o nós esteja novamente completo."
E acariciando o ventre da jovem Lila, o guerreiro chorava, orava, irradiava amor.

O beijo do "até logo", o olhar saudoso antes da partida e o abraço do "não vá agora" foram os últimos instantes de amor do jovem casal naquele dia, porém ficara mais certo do que o sempre que não seriam os últimos.

"Lila, aguarda-me que voltarei o mais breve para que no nosso próprio refúgio, nosso próprio ninho, possamos enfim nos amar à eternidade."

Amo-te!


Um comentário:

PAPOS E SUPAPOS

Mi Papos y Su papos!

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