A grande verdade é que não sei mais me apaixonar.
Não sei mais rir e chorar.
Não sinto mais as pernas tremerem, as mãos com aquele suor.
O coração não para, não dispara, não altera.
Se sinto falta?
Não sei responder.
Sei que as vezes sinto que me transformei.
Alguns dizem que num monstro.
Mas me transformei.
Na verdade me blindei.
Me sinto fechado para balanço por tempo indeterminado.
E não balanço por nada mais.
Sinto a solidão a me afetar sim, em muitas vezes.
Mas, logo depois, toda aquela força me toma novamente, e me sinto outra vez blindado.
Tenho sido um canalha, admito. Mas sou um canalha sincero.
Não uso ninguém, não me aproveito das situações.
Em todos os momentos tenho sido honesto com as pessoas que se aproximam.
E repito para mim e para todos que se aproximam de mim: "Eu não presto."
Isso tudo tem explicações plausíveis.
Essa tendência a me entregar a vida alheia, a esquecer da minha.
Sempre fui assim. Sempre agi assim.
Me relacionava, me entregava de corpo e alma à vida da companheira, e no fim, desmoronava.
Sina?!
Sim.
Então me blindei. Não quero isso novamente. Não quero isso de "para sempre".
E de uns meses para cá, tem sido exatamente assim.
Até já arrisquei umas tentativas de esquecer a blindagem. Me machuquei antes mesmo de começar a me apaixonar.
Cansei.
Hoje estou cá, cansado, enjoado de olhar nos contatos e pensar que poderia ter dado certo.
Sinto falta, mas não quero mais.
Quero seguir em frente.
A sina agora é seguir só.
E antes que pensem e citem que "ninguém é feliz sozinho".
Eu digo, posso não estar feliz, mas ser feliz, serei sempre!
Boa noite.
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