segunda-feira, 20 de julho de 2009

Cotidiano

Essa semana ocorreu um fato engraçado.

Conheci umas pessoas de uma cidadezinha distante. Um sotaque engraçado, um certo “oxente”.

Nós saímos para passeios turísticos, daqueles que sempre fazemos quando chega alguém pra te visitar, daqueles que normalmente são chatos, mas que você faz de tudo para melhorar.

Fomos a pontos turísticos, mas nada foi tão interessante quanto a ida ao shopping.

Primeiro nós saímos de casa as 19:50 para tentar assistir um filme que começaria as 20:30. Tudo bem, até havia tempo para chegar, mas, não contávamos em encontrar tanta criança reunida em um único local.

Afinal, o que está acontecendo com os pais de hoje em dia? No meu tempo de criança, cinema era coisa rara, e quando eu ia ao cinema era na matinê, tipo, sessão das 15 horas.

Hoje não! O cinema com lotação máxima esgotada para um filme de animação para crianças as 20:30 e também as 21 horas. Ou seja, ou as crianças mandam nos pais hoje em dia, ou as crianças reprimidas de antigamente como eu, resolveram invadir o cinema no horário em que não podíamos ir anos atrás. Mas ao avistar tanto pirralho correndo de um lado para o outro, prefiro acreditar na primeira opção.

Tentamos adivinhar o horário desse mesmo filme no cinema próximo ao que estávamos. Decidimos ir o mais rápido possível para lá. Ao chegarmos, a surpresa, a sessão havia acabado de começar (20:55), mas que diabos! Porque números quebrados? Porque 1,99 se você nunca recebe 0,01 de troco.

Olhamos o horário da próxima sessão e mais uma surpresa, próximo horário, uma hora depois, 21:55. Desistimos novamente do filme e resolvemos ir andando até a casa.

O caminho de volta foi divertido.

“Não tem perigo voltar andando a essa hora não?” – me perguntou a visitante moradora da cidadezinha do interior.

“Claro que não, vai passando o relógio ai, e o celular também. É melhor manter eles comigo.” – precisavam ver a cara com que ela me olhou!

Após dizer que era brincadeira ela tentou me assustar, e conseguiu.

Tudo o que se faz na cidade dela, é resolvido na violência. A velha história daquele velho dito popular. “Aqui se faz, aqui se paga!”

Só não imaginava que isso se aplicaria a objetos e a você mesmo.

Ela me disse que o povo na cidade dela tem mania de falar batendo nas coisas.

“Olha mãe, um cachorrinho!” – da uma porrada no cachorro.

“Caim Caim Caim!” – sai o pobre coitado correndo.

“Que lindo filho!” – porrada no muleque.

Ela ainda me contou que tem mania de bater palmas quando está falando no telefone.

Imaginem a cena.

“Alô!” (clap clap clap)

“Oi amor!” (clap clap clap)

Me peguei pensando em como as pessoas andam, falam no celular e batem palmas ao mesmo tempo. Tipo, celular no ombro e na orelha, suspendendo o ombro para pressionar o celular contra o ouvido e assim, mãos livres para as palmas.

Está achando isso estranho? Imagina no banheiro, o celular toca, a pessoa atende, e, palmas, mas onde deixar o celular? Vai apoiar na perna e o celular cai dentro da privada.

“Oh amor, desligou o telefone na minha cara e não atendeu mais depois. O que houve?” (porrada nele).

“Fiz merda!” (clap clap clap)

Passa o cachorrinho! Bicuda nele! “Caim Caim Caim”.

E quer mais? Quando eles não encontram no que bater, eles se batem.

Isso mesmo. Quer descobrir se a pessoa é daquela cidade, repara se ela tenta te dar uma porrada, ou se ela mesma se bate. Se a pessoa fizer isso, pode ter certeza de que é dessa cidade.

Eu achei estranho, mas me lembrei de uma cena que me fez acreditar nela.

Um jogador de futebol, famoso, nascido na tal cidadezinha, participando de um jogo da seleção brasileira, momento solene. Hino nacional tocando, jogadores perfilados cantando, uns com as mãos para trás, outros com uma delas assentada no peito, e esse jogador em especial, se esmurrando no peito.

Das duas uma, ou ele estava fazendo uma auto massagem cardíaca já prevendo uma possível parada cardíaca, ou ele havia nascido na tal cidade.

Pois é...

Deixei o pessoal na casa em que eles estão e vim andando para a minha casa.

No meio do caminho avistei dois suspeitos vindo na minha direção, um cachorro e uma pessoa prestes a ser assaltado (eu mesmo).

Resultado?

Chutei o cachorro! Enfiei a porrada no primeiro que me disse boa noite e gritei para o outro – Sou de Juazeirooooo! – logo depois sai correndo me esmurrando até me sentir protegido.

2 comentários:

  1. Maria Luisa disse que você é muito besta flávio!

    shusuhsshushushusuhsuh..

    amooor.. vai lamber sabão! =P

    beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeijo,

    p.s: Adoro MUIIITO seus textos, sou sua fãã! :)

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  2. Flora te mata quando ver isso. rs

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