sábado, 28 de janeiro de 2012

Carta de despedida.

Eu tive carro, grana e até um pouco de fama. Tinha até a certeza de que teria você comigo sempre.
Tinha amigos de verdade ao meu lado todos os dias. Meu celular em instante nenhum parava de tocar.
Mas como o mundo, a nossa vida não para de girar também.
E numa dessas voltas que o globo dá, despenquei dos céus à terra e voltei a realidade novamente.
Perdi carro, grana e, bom, a fama eu não perdi por completo, mas ela ficou um pouco deturbada.
E a certeza que eu tinha de ter você comigo para sempre, essa sim desceu pelo ralo junto com todas as outras "maravilhas" que eu tinha.
Os bons amigos que não paravam de me ligar foram perdendo meu número, sendo assaltados, deixando suas agendas e celulares caírem em rios, mar e até mesmo em privadas e com isso, deixaram que a nossa amizade ficasse esquecida por tempos até que por mera coincidência eu pudesse os encontrar por culpa do acaso nas estradas da vida.
Passei por baixos e altos, mas muito mais baixos do que altos, ao longo desse pouco tempo de vida. Senti a alegria da vitória e a certeza da derrota queimando a pele como quando seguramos uma panela quente sem se atentar com a quentura da mesma.
Nos altos aprendi que sempre devemos saber cair e andei treinando bastante para aprender ao menos a habilidade de pensar que não me machuquei após a queda.
Nos baixos eu descobri, aos poucos que, se dependermos dos outros, continuaremos lá embaixo. Doce ilusão de que aquela pessoa que te abraçava e te chamava de irmão irá te estender a mão para te erguer novamente.
Mas nem tudo se perde quando mergulhamos de cabeça lá naquele poço do fundo do quintal, nessas horas aparecem pessoas as quais você não imaginaria que apareceriam e te tiram de lá. Diretamente ou indiretamente, ambos os casos existem.
Existem as pessoas que te enxergam no momento em que está caindo e correm para te puxar e as pessoas nas quais você se inspira para levantar.
Eu, por exemplo, além das pessoas que estão comigo hoje, me ajudando a reerguer-me, me inspirei muito lendo e escutando canções. Senti que se a superação realmente existe eu teria que fazer dela meu sobrenome e levantar-me com a cabeça erguida para voltar onde já estive e mostrar que sou muito melhor do que as coisas que eu tive ou terei.
Hoje, sentado em frente ao mar, lembro-me de tantas pessoas que passaram, de todas aquelas que ficaram e também de todas aquelas que por vontade própria simplesmente partiram, penso em tudo o que passei e sinto a necessidade de dizer a todos que estou feliz.
Posso não ter nada, posso ser até um incompetente como me chamaram a pouco tempo, mas tenho o melhor que qualquer um pode ter e muitos não se atentam. Tenho a vida!
Tenho o poder de moldá-la à minha maneira. Tenho o poder de sorrir no pior dos momentos e de chorar no mais feliz deles.
Tenho o controle de olhar para todos e dizer que, mesmo aos que não querem ouvir, sou feliz assim do jeito que sou e estou.
Tenho meus defeitos, vira e mexe cometo falhas, mas sou capaz de me redimir, sou capaz de assumir as minhas falhas e consertá-las. E graças a, seja lá quem for o seu Deus ou o meu Deus, eu sei que só dependo de mim para seguir adiante.
Então, espero sinceramente e educadamente que vocês consigam o mesmo que eu, até os que não esperam mais nada de mim ou os que esperam hostilidade, espero que vocês consigam no fim de tudo apenas viver a vida em harmonia e acima de tudo, sorrir em paz!
Um grande abraço a todos! Espero ver vocês sorrindo novamente!

Um comentário:

  1. "Tenho a vida! Tenho o poder de moldá-la à minha maneira. Tenho o poder de sorrir no pior dos momentos e de chorar no mais feliz deles." E eu tenho certeza que esses são os melhores poderes que alguém pode ter, lindo texto!

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