domingo, 12 de junho de 2011

Existe razão?

Foto: Autor Desconhecido

Quem um dia poderia dizer que haveria razão nas coisas feitas, ditas, escritas ou seja lá como forem definidas, pelo coração?
Poderia até achar estranho, mas era melhor não comentar, não era como na canção que ela havia de ter tinta no cabelo, não essa menina. Mas o brilho no olhar existia, e foi de repente que a encontrara. Por instantes até pensou em gritar – “Mônica? Mônica?” – Mas não haveria razão já que ele não era Eduardo.
Então continuou a pensar. Seu foco deixara de ser o evento a ser registrado, mas sim aqueles belos olhares que volta e meia o miravam. Na verdade não a ele, mas o que acontecia por perto. Por um instante conseguiu uma fotografia e ela parecia de longe ter escutado o clique da câmera, olhara no mesmo instante, e mostrou-se encabulada.
As coincidências com a canção poderiam até parar por ali, mas não, depois de mostrar-se encabulada, ela riu. Ele então ficara achando que ela o procuraria para saber um pouco mais sobre o, é, esquece, ele não era um “boyzinho” como na canção, mas ainda assim estava tentando impressioná-la.
Ao olhar o relógio ele se pegou espantado com as horas, sabia que deveria partir para outro compromisso, mas não conseguira. Pegou seu aparato eletrônico que realiza chamada apenas a cobrar e desmarcou tudo o que haveria de ser feito no dia. – “Bem na hora, eu ia me ferrar!”
E ao rodear o olhar para encontrá-la novamente, eis a surpresa, a encantada se foi e não deixou ao menos uma sandália de cristal. Como fazer para a encontrar se nem os telefones haviam sido trocados? Existiria razão?
Para ele sim. Então lembrou-se das imagens capturadas e do avanço tecnológico, tratou de divulgar as fotos, espalhou aos 4 cantos do mundo, até em um filme de Godard ela apareceu. Tentou em alemão, português, italiano e até francês encontrar a Monica da sua tarde.
Quando, eis que surge, não de moto, a melhor informação da semana, o nome real da fantasiosa história daquela tarde abençoada por olhares encantadores.  Enquanto ele ainda jogava futebol de botão, dessa vez só, chegara uma amiga da encantadora e divulgara seu nome como numa ópera.
Ele deixou de beber, cortou o cabelo e decidiu ir trabalhar para encontrá-la. Por fim trocaram telefones e agora, resolveram, talvez por poucos momentos, se encontrar.
E a pergunta que iniciou a história, vem pra terminar, ou ao menos ter a função de um refrão até a história se encerrar. Existirá razão?

Um comentário:

  1. Hum! Para o coração não existe razão, ele se joga de cabeça nas emoções.

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PAPOS E SUPAPOS

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