segunda-feira, 6 de abril de 2009

Saudades daquela noite.

Brilhou meu dia, hoje, com um sorriso. Um imenso ar de inocência que me tocava as mãos pela manhã.

Sua voz doce me despertou.

E ao abrir os olhos deparei-me contigo. Olhos brilhando.

Noite excepcional.

Entre desejos mútuos nos entregamos, cada minuto da noite parecia se prolongar cada vez mais, e os nossos suspiros fortes pareciam querer eternizar aquele momento.

Vejo-te agora levantar, enrolada no lençol, me pego pensando o tamanho da tua pureza, pois mesmo após àquela noite inteira de luxúria, enrola-te no lençol na cálida manhã de hoje para que eu não a observe nua novamente.

Tamanha inocência essa a sua, acredita mesmo que eu tenha sido inocente demais a ponto de não decorar cada curva do teu belo corpo? Todas as saliências dele estão em mim.

E mesmo assim enrola-te no lençol e mais linda se torna.

Agora olho em direção a janela, cortinas ainda entreabertas, a luz da manhã a querer invadir nosso leito e nos despertar de vez, mas nada é capaz de atravessar as persianas que instalei na minha mente. As fechei de maneira que luz nenhuma possa me despertar daquele sono profundo onde em teus braços eu descanso.

Ouço você me chamar, voz lá longe. Solícito, levanto depressa a ver o que a te faz chamar-me tanto. E quando me aproximo donde estás aumentam os teus gemidos, e aquela noite de prazer me retorna aos pensamentos.

Deparo-me contigo encostada na parede do toalete com a água quente que cai do chuveiro a molhar teu corpo, que sem pudor nenhum já se contrai em prazer. Vejo a tua mão se estender chuveiro a fora, buscando o meu corpo, e quando me encontra, sem mais delongas, ouço aquele suspiro final.

Um abraço sufocante em meio a toda a fumaça expelida pelo chuveiro quente. Três palavras que me hipnotizam, me calam, me deixam sem ar.

Ajoelho-me diante da tua nudez e da tua pureza, recosto os pensamentos nas tuas intimidades, e te digo com inocência e sinceridade. Eu também te amo.

Sem demoras, você sai do chuveiro, se arruma, e parte.

E mais uma vez aqui estou eu, esperando o teu retorno, para que possamos, mesmo que por instantes mínimos, nos amarmos novamente.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Até mais ver.

Não!
Parem com isso! Nada de lágrimas, nada de medos, desesperos! Não precisamos disso.
Nada é finito, tudo é sempre um recomeço.
Se parto agora, hoje, é porque volto amanhã.
Se parto teus corações partindo, os farei sorrirem novamente e, em breve.
A vida é feita de idas e vindas.
Opostos, sim e não, dia e noite, luz e escuridão.
Não!
Não esbugalhem mais esses olhos.
Sorriam, pois são esses sorrisos os quais irão comigo aonde eu for.
Seus sorrisos são o meu combustível, e se eles faltarem, irei parar no meio do caminho e não saberei voltar mais.
Sorriam sempre. Não meçam a tristeza por eu estar indo, mas sim a alegria por saber que em breve estarei de volta.
Não!
Não olhem mais o relógio. Deixe com que os ponteiros rolem a vontade. Deixa com que o tempo passe por si só.
E se por acaso acabar a bateria dele, lembra que o maior relógio do mundo está em todas as partes, o tempo não para, como diria o poeta.
Não vou parar.
Sempre em frente. Sorrindo e brilhando. Como vocês me ensinaram.
Sim!
Agora eu vou! Sorrindo, sem sombras. Sem dúvidas!
Sem sombra de dúvida voltarei. E sorrirei ainda mais.
Apresso meu passo e os darei um após o outro, tentando não mais tropeçar.
Com seus gestos aprendi a ser mais forte.
No seu abraço sou mais forte, sei ser.
Agora as asas batem sós. E levanto vôo. Sigo o brilho do sol. Sigo vocês, sigo você!
Agora SIM!
Sorrisos estampados.
Alegrias de ambas as partes.
Viva meu sol, brilhem minhas estrelas, e preparem meus dias e minhas noites para que, enquanto eu não voltar, meu céu continue a brilhar.
Brilhem, vivam, sorriam.
E, por mim, apenas peço que não se esqueçam de vocês. Pois a partir de vocês eu saberei quem eu fui e quem deverei sempre ser.
Até mais ver.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Bravos, Prometeu (22.03.2009 - Encontro de Malabaristas)

E lá vêm eles. Bravos. Caminhando em direção a mais uma conquista.
Em suas mãos vem a marca registrada do início de tudo.
Chegam ao local do confronto com sorrisos estampados. Prontos para produzir alegrias. Prontos para com aplausos se sentirem mais vencedores.
Os olhos ao redor secavam-nos, faziam com que se sentissem importantes.
O mundo parecia parar para cada um deles. Aquele momento parecia único. E foi.
A cada passo com aquele estandarte erguido eles sentiam que mais um passo era dado.
Os momentos passados, antepassados, tornavam-se lembranças passadas.
Complexo?
O futuro ainda estava por vir.
Até a noite chegar tudo era festa. Nada de temores. Mas a noite insistia em se aproximar e com ela, a ansiedade.
Agora com a noite já em punhos, a roda do confronto armada, ali atrás na coxia eles se preparam. Se entreolham, se entrelaçam em desejos de boa sorte. E um grito surge do meio da roda.
“Senhoras e senhores, boa noite, sejam bem vindos. Com vocês a primeira apresentação da noite. Eles, os Bravos!”
O apito inicial havia sido dado. Agora, não existia mais passado ou futuro, aquilo ali era o presente, que por mais onipresente que fosse, estava ali, o momento acontecendo.
Entrando em cena podemos avistar que nem todos os presentes eram desconhecidos, porém todos esperavam o ápice, o clímax da noite.
Palmas ecoavam ao longe, aos montes antes mesmo de tal momento ilusionado pela roda.
Um tridente se ergue!
Um brilho intenso surge atrás do tridente, como um sol a iluminar aquele momento.
Três pontas, três bravos, três demonstrações de coragem simultâneas. Um sol por trás fortalecendo a luz.
E, em exatos três segundos contados com um braço erguido bravamente, ejacula-se aos céus o prazer da vitória, o sabor da conquista, a chama que não se apagará tão cedo, o fogo que acalenta suavemente vossas almas.
(Aplausos).
Ecoam, aos ouvidos dos Bravos.
(Aplausos).
Revigoram vossos espíritos para mais momentos iguais àqueles.
Agora eles se retiram, recolhem suas armas, se recolhem a coxia novamente, entrelaçam uns aos outros, se entreolham, e com orgulho, partem, um em cada direção, com a certeza de que estarão ali em breve novamente.

PAPOS E SUPAPOS

Mi Papos y Su papos!

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