quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Descanso em paz!


Me consome.
Deteriora a minha mente.
Entra pelas veias chega ao coração e é bombeada para o resto do corpo criando uma dependência única e inexplicável.

Chega a ser fantástico o sentimento.
De tão fantástico acaba por machucar.

Corrói.

Vai destruindo aos poucos.
E quando percebo estou eu caido em algum canto.

Ajoelho-me e ergo as mãos aos céus.
Choro.

Peço que me livre, que me deixe viver.
Mas no entanto apenas sobrevivo.

Sorrio sem esperanças.
Não há mais!

Não haverão sorrisos ao redor.
Minhas futilidades me levaram ao ápice da inexistência a minha volta.

Solidão.
Frio.

Tento me erguer.
As pernas tremem, o frio aumenta.
Um sentimento inexplicável.

A vontade de abrir os olhos aumenta intensamente.
Me pego num barco indo em direção as pedras.
Sem controle.

Sensação de medo? Não! Apenas pavor.

As pálpebras se contraem fortemente.
Lágrimas começam a correr.

Grito!
"Me tirem daqui. Me acordem!"

Estou preso observando de longe o contorcionismo do meu corpo.
Nada posso fazer.

A distância aumenta.
O corpo não mais reage.

Silêncio!
"Parem de gritar! Não me sacudam!"

O desespero está no ar.
No corpo imóvel.
Nos batimentos que não batem mais.
Nas lágrimas ao redor.

Observo tudo aquilo.
Choro.

Minhas lágrimas se tornam chuva.
Será dádiva?

Faz chover emoção onde não mais há.
Chora!

No fim os olhos não se abrem, os batimentos não batem mais, o pulso deixa de pulsar, o frio é constante.

Dor. Solidão. Vazio.
As pedras se tornaram meu habitat e o barco afundou.

"Sorte que sei nadar e voltarei nadando. Senão nessa, quem sabe em outra vida!
Não se destruam. Não deixem a correnteza levá-los às pedras.
Não afaste as pessoas. Ame. Viva. Sorria!
Se por fim ver-te sozinho, lembra que te amei, que te vivi e que te sorri sempre!
Volte atrás. Seja humilde. Reconquiste!
Pois estarei nadando para te encontrar novamente."

Descanso em paz!


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PAPOS E SUPAPOS

Mi Papos y Su papos!

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