Dessa vez parecia abatido. Cabisbaixo.
Olhares perdidos nos ares.
Donde haveria de estar a sua bravura?
E os olhos se umedeciam cada vez que tentava lembrar de algo.
A sua voz se emudecia cada hora que tentava gritar socorro!
Era angustiante vê-lo sem forças à reação.
E como em um último suspiro após um ferimento letal, o guerreiro se ergue.
Diz-se mais vivo do que antes.
Sorri. Ergue sua voz aos céus e, espantosamente, grita mais alto que o mais alto grito já escutado.
Foram capazes de escutá-lo do outro lado do continente, quiçá do mundo.
E ao escutarem tamanho brado, travaram as respirações.
Sim! O jovem guerreiro estava novamente vivo!
- Viva! - Gritava o povo ao vê-lo chegando montado em seu belo corcel negro.
Imponente. Extravagante.
O jovem guerreiro que olhava à todos com ar de inferioridade decidiu que era hora de reerguer as chamas da sua vida novamente.
Lutou bravamente contra o seu maior inimigo. O seu próprio medo.
Decidiu que era a hora de sair das sombras e crescer.
Não mais precisaria de um porto seguro, nem de outro alguém dando ordens.
Seria ele o general dos seus próprios caminhos.
Daria ordens a ele mesmo e apenas escutaria os conselhos alheios como sabedoria que reconheceu ter herdado ao longo da sua jornada.
E herdar era a sua maior sabedoria. Herdara momentos, palavras que ficariam guardadas eternamente.
Agora é hora de ensinar. Agora é hora de lutar.
E lá se foi o jovem guerreiro. Partiu em direção ao seu destino. E quem quiser acompanhá-lo, que vá, pois como recado ele deixou que não irá parar e muito menos irá voltar.
Como últimas palavras, pelo menos nas entrelinhas, ele deixou aqui.
"Que o brilho do sol seja eterno."
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