Era para ser apenas mais um dia, não seria um dia comum por decisões tomadas anteriormente, mas seria apenas mais um dia.
Mas ao sentir a tua presença, todo o planejamento anterior foi por água abaixo.
Desmoronou-se.
Fomo-nos entregando ao viver e conseqüentemente vivemos mais.
Entregamo-nos ao amar e também nos amamos mais.
Mas algo faltava.
E enquanto a água corria dentre os corpos, enquanto ferviam nossos olhares, surge algo emblemático.
Seus olhos me acariciavam e me levavam ao apogeu.
E sem muito entender acabei por compreender por gestos.
Tocamos-nos e pude sentir algo novo, que sobressaía.
Era a dona de uma lágrima, que se tornaria cântico aos meus ouvidos.
Lágrimas de alegria por vir fazer parte das nossas vidas.
Era ela, de cabelos cacheados e olhos gateados.
Era assim quando surgiste para mim em primeiro plano.
Não era mais um sonho. Tornara-se uma estrela que brilhava cada instante mais forte.
Era uma realidade.
Quando surgira na imaginação não havia tamanha perfeição.
Senti, então, após breves momentos no nosso refúgio, o nó na garganta.
O choro tentando soltar-se, e o grito da mesma forma, calando-se.
Não haveria reação, mas era eu.
Ajoelhei-me, mirei a minha mais nova proeza e chorei.
Transformei em melodia o nosso amor. A mais bela delas.
Nossa prosa se tornara verso e que não mais seria o nosso avesso, mas sim o complemento final da poesia.
E que poesia linda dariam as nossas histórias.
Poesia que terás nome de verso de cântico, verso onde o Mar e a Ana se unem e se tornam um só.
O melhor verso já construído e que não necessita de palavras para expressá-lo.
Necessita apenas de uma onomatopéia.
E quando esse pranto for escutado a quilômetros de distância, estarei pronto com todo o meu instinto para defendê-lo.
Então que venha dos céus a força que precisamos.
Que venha do nosso amor tudo o que precisaremos.
Pois o que mais queríamos está por vir, está a nos olhar, e que nos fará brilhar mais.
Aguardo-te ansioso.
Amo-te como jamais amei alguém.
Viva! Pois nos teus braços viverei. Nos teus braços, por fim, depois de anos, descansarei.
Obrigado sol meu, por fazer-me brilhar em meio a tantas nuvens e tempestades.
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